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Cartaz de divulgação do filme “As Crônicas de Nárnia – O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa”

No início de maio recebi um e-mail da diretora da Ultimato. Falava sobre os últimos detalhes a serem acertados de um evento em Maringá (Vocare), no qual fui como representante da editora. Tratava ainda de um convite para representar a editora em mais um evento: “O Mundo de Nárnia”. Uma primeira olhada no site já me convenceu a participar – muito bem feito, agradável esteticamente e a programação incluía palestras sobre C.S. Lewis, com Gabriele Greggersen, e palestras sobre RPG e romances com Erick Couto. O evento contava também com culinária narniana, uma apresentação da orquestra municipal de Cascavel (da trilha sonora dos filmes de Nárnia), batalhas campais – e tudo organizado por cristãos.

Prat_18_06_15_Capa_Surpreendido_AlegriaConfesso que sou fã de literatura fantástica, especialmente de J.R.R. Tolkien e de C.S. Lewis. Qualquer um pode dizer que é fã hoje em dia, então, para esclarecer, eu sou muito fã, e não tão fã assim. Já li o legendarium de Tolkien (O Silmarillion, O Hobbit, O Senhor dos Anéis) cinco vezes. Já li várias outras obras de Tolkien, e duas sobre Tolkien, mas nunca li a série The History Of Middle-Earth, nem outras publicações dele disponíveis exclusivamente em inglês. Sou membro do fórum Valinor, que discute as obras do autor, mas atualmente não sou muito ativo lá. De Lewis, já li As Crônicas de Nárnia, três vezes, e já li a Trilogia Espacial, uma única vez. Só isso, e metade de sua autobiografia, Surprised by Joy (recentemente publicado em português pela Editora Ultimato como Surpreendido pela Alegria). Além de ser fã do gênero, passei a minha adolescência no meio nerd – não o termo pejorativo que substituiu o antigo CDF (pessoa que estuda demais, é muito inteligente e tem ótimas notas), mas o nerd dos quadrinhos, do Heavy Metal, do RPG e demais jogos ligados à fantasia. Mas “O Mundo de Nárnia” era um evento para o público em geral: crianças, adolescentes, adultos e idosos – não apenas fãs da fantasia ou nerds.

 

Sexta-feira, dia 29/05

Saí de Campinas (SP) dia 29/05, às 19h. Cheguei em Cascavel (PR) dia 30/05, às 10h20. Para alguns, uma viagem impraticável – quanto mais carregando duas caixas de livros que totalizavam 50 kg e uma mochila de 10 kg. Todavia, “valeu a pena” é um termo quase que ofensivo para qualificar a experiência vivida nos dois dias de evento que pude participar.

Na sexta à noite, enquanto eu viajava, Ricardo Denchuski e banda apresentaram suas músicas. Gabriele Greggersen, mestre e doutora pela Faculdade de Educação da USP e especialista em C.S. Lewis, fez um link grandioso entre a obra de Lewis e a fé de Lewis. Ela falou da importância de Jesus abertamente em sua palestra “Sobrevoando Nárnia – um mergulho no mundo da imaginação”. Além disso, a New York School de Cascavel fez um debate narniano em inglês. A Rede Globo transmitiu ao vivo uma repórter no evento, entrando pelo guarda-roupa, passando pela antessala do lampião e finalmente entrando no auditório da Univel, onde tudo aconteceu.

 

Sábado, dia 30/05

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Davi Bastos no estande da Ultimato

Infelizmente, perdi tudo que aconteceu na sexta-feira. No sábado, depois de 15 horas de viagem e de congelar no ônibus, cheguei em Cascavel. Descobri que eu não estava congelando por causa do ar dentro do ônibus, mas porque Jadis, a Imperatriz, havia chegado em Cascavel. Em outras palavras, estava um frio de lascar. O pastor Alcione, na casa de quem fiquei hospedado, acompanhado de um amigo, me buscou na rodoviária e me levou até a Univel. Rapidamente montei o estande, fiquei conhecendo o Elvis, principal organizador e idealizador do evento e fiz contato com a diretora da Ultimato, dando notícias. Dentre os estandes, tinha o da Ultimato, o da livraria Nobel, com vários títulos de literatura fantástica (inclusive muita coisa de Tolkien, para meu deleite e espanto) e o da empresa Estampa & Art, vendendo canecas, mouse-pads, bottons e camisetas – tudo com a temática de Nárnia. Até comprei uma camiseta do evento, com uma estampa de um Aslam boladão. Tinha ainda uma banquinha da Univel e uma banca de comida vendendo manjar turco e torta da sra. Castor!

O público se encantou com a Contação de Histórias – resumos dos livros de Nárnia apresentados cenicamente por personagens caracterizados! Os pais gostaram ainda mais do que as crianças. Gabriele Greggersen deu uma outra palestra, sobre a importância dos contos de fadas com ênfase em seu aspecto moral. Citou os antecessores de Lewis, G.K. Chesterton e George MacDonald, e seu amigo John R. R. Tolkien. Citou também “A Psicanálise dos Contos de Fadas”, de Bruno Bettelheim. Apesar de o microfone não cooperar, Gabrielle conseguiu apresentar de modo sucinto e simples o essencial sobre o assunto – de fato, não consegui assistir a palestra inteira, pois algumas pessoas foram comprar livros no estande, mas a parte que vi foi muito boa.

Paralelamente, o público podia praticar soft combat em dois ringues delimitados para isso (batalhas com espadas envoltas em almofadas), apreciar um bom chocolate quente da Cozinha Narniana numa réplica da sala do Sr. Tumnus, com pedaços de casca de árvore espalhados pelo chão, conhecer a sala do trono de Aslam, onde, além do trono, algumas espadas, um machado, um capacete medieval (não realmente medieval, mas no estilo medieval), um arco e flecha e vários escudos, estavam expostos, ou ainda caminhar por uma longa galeria de obras de arte baseadas nos livros de Nárnia – inúmeros desenhos de Aslam, do lampião, dos personagens etc. Infelizmente o tempo fechado inviabilizou as brincadeiras de escalada e tirolesa.

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Jovens caracterizados com os personagens de Nárnia

Impressionante mesmo era ver o Rei Pedro, seus irmãos Edmundo e Susana, o fauno Tumnus, a pequena Lúcia e a própria Feiticeira Branca ao vivo! Os CosPlayers eram perfeitos! Artística e esteticamente, o evento foi impecável. Não diria que eu me senti em Nárnia, pois isso tem implicações existenciais profundas, mas reconheço com louvor o esforço da organização de dar vida à Nárnia. Não me assustaria entrar numa sala e ver um leão enjaulado com uma placa “zoológico de Cascavel”! Mas isso não aconteceu, para a saúde do meu coração.

O entusiasmo do público era patente. Claro, vendi poucos livros. A Editora Ultimato ainda não tem nenhum livro de fantasia, e a criançada (termo pejorativo utilizado por um rapaz de 19 anos para caracterizar todo mundo mais novo que ele) queria mesmo era ver as lutas de espadas, tirar uma foto no trono de Aslam e ver as fantasias dos CosPlayers.

Conheci e estabeleci um diálogo interessante com uma garota que está levando a sério uma investigação sobre a verdade religiosa, além de encontrar alguns colegas da ABU (Aliança Bíblica Universitária) e do Vocare. Um ou outro pastor conhecia a revista Ultimato.

À tarde, houve um concurso de conhecimento dos livros de Nárnia, e à noite, Erick Couto deu uma palestra sobre “RPG, games, ficção e fantasia – uma viagem maluca”, com seu depoimento de vida. Não consegui assistir, o que me frustrou profundamente, mas aquele homem vestido exatamente como um cavaleiro teutônico, com capa, capacete e espada, conseguiu dialogar de forma surpreendentemente maravilhosa com o público. Quase ninguém estava nas outras atrações durante a palestra! Erick deu um depoimento de sua vida e falou sobre a importância de relacionamentos reais para uma vida boa.

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Gabriele em sua palestra sobre a vida de C. S. Lewis. Foto: Edu Freire

Gabriele ministrou ainda outra palestra muito boa, sobre a imaginação e a finalidade da fantasia para Lewis. O título era “Literatura e imaginação: em busca do sentido”. Acreditem ou não, também só assisti parcialmente. Por fim, a orquestra sinfônica de Cascavel apresentou a trilha sonora dos filmes de Nárnia.

A orquestra. Não é fácil descrever o prazer de um leigo quanto a assuntos musicais ao escutar ao vivo as músicas que diversas vezes só ouviu gravadas. Mas o que me espantou é que a média de idade da orquestra de Cascavel era muito baixa. Conversei com uma menina de 12 anos, outra de 13 e outro de 15! A mais nova tinha 8 anos (acho que era isso mesmo)! Tocavam, quase todos, violino, mas não faltava percussão nem sopro. A orquestra é municipal e não costuma cobrar cachê. Alguns eram mais velhos, mas eu chutaria que a média de idade é de uns 20 anos. Tocaram temas muito difíceis, e só tiveram um mês para ensaiar! A secretaria municipal de cultura e a prefeitura de Cascavel foram citadas em agradecimento pela apresentação da orquestra.

Cascavel parece ser um lugar bem adequado para O Mundo de Nárnia. Existe até um grupo chamado semideuses cascavalenses (referência aos livros de Rick Riordan, que trazem a mitologia grega para Nova York na série “Percy Jackson e os Olimpianos”). Confira no Facebook.

 

Domingo, dia 31/05

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Erick Couto falou sobre como escrever um romance

O domingo não deixou por menos. Erick Couto deu uma oficina sobre como escrever um romance. Foi um sonho pessoal realizado. Não acredito no que vi diante dos meus olhos: um cavaleiro teutônico, aparentemente brutal, mas não iletrado, cristão. Foi a única palestra que consegui assistir inteira. Erick deixou claro que o objetivo dele ali era mudar a nossa geração, pra nos fazer recuperar os conceitos de disciplina e de preocupação com o bem-estar do outro, e não de si próprio. Ele mostrou o projeto literário de um dos três romances que escreveu, nenhum publicado ainda. Você se espantaria se eu dissesse que ele estudou até o idioma tupi-guarani para escrever o livro. Erick enfocou muito na verossimilhança como uma característica de um bom romance, e acho que deve ter feito isso muito bem, pelo projeto literário. Um cristão escrevendo literatura fantástica sob uma cosmovisão cristã – alguém batalhando pela reconquista da literatura fantástica para o âmbito cristão! É emocionante para mim, pois já dei até uma oficina sobre o assunto, em conjunto com um amigo, James Andrew Gilbert – anotem o nome e, quando ele publicar, comprem os livros dele. Foi muito especial, pois sei que quando eu escrever fantasia, já não vai ser mais moda como é hoje – e o Erick já escreveu não um, mas três romances!

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Ricardo Denchuski e banda

Enfim, voltando para a programação do evento. Logo depois, Ricardo Denchuski e banda apresentaram. As letras das músicas foram feitas especialmente para o evento. Uma delas falava de Aslam – belíssima. Espero que saia um CD daí, pra que vocês também possam escutar.

Epeita dê (Em seguida), Erick falou sobre contação de histórias coletiva. De fato, o título era “contação de histórias fantástico-medievais”. Foi incrível. Depois da palestra, chamou voluntários da plateia. Começou a inventar uma história e, na medida que o microfone ia passando pelos voluntários, eles deviam continuar a narrativa. O último voluntário na fila era encarregado do gran finale (grande final). Numa das histórias, uma garota de determinada tribo teve de dar a sua vida pelo bem maior das pessoas – percebem alguma semelhança com A História? Ao final, Erick perguntava a cada um dos voluntários sobre qual era, para ele, a moral da história. A diversidade das respostas foi interessante: os mais novos pareciam procurar morais mais absolutas, e os mais velhos morais ideológicas (possivelmente, fruto do pensamento da Universidade).

Tiveram diversos sorteios dos diversos patrocinadores. Desde um óculos de sol até uma bolsa de estudos de um ano na New York School.

O apoio da Univel foi maior do que só ceder o lugar. A turma de Artes produziu obras de Nárnia para expor, a turma de Gastronomia ficou responsável pela Cozinha Narniana, a turma de Jornalismo fez a cobertura do evento – confira aqui. [Não avisei antes, senão não leriam meu artiguinho! xD]

 

Ainda no sábado, dia 30/05

(O fato de eu ter escrito isso no sábado é importante para mostrar porque a oficina de domingo foi um sonho pessoal realizado)

A iniciativa foi muito legal. Existe um interesse crescente da juventude pela fantasia, e um mercado que tem conseguido vender livros para adolescentes tanto quanto os livros de autoajuda vendem entre os adultos. Mas os cristãos, que criaram a fantasia¹ (para o espanto de alguns), se retiraram dela. No Brasil, a fantasia foi taxada por muito tempo de ocultismo e bruxaria. Hoje, os grandes nomes da fantasia, Patrick Rothfuss, Christopher Paolini, Rick Riordan e principalmente George R. R. Martin, são guiados por diversas cosmovisões e linhas de pensamento não cristãs (desses, Paolini é o mais apegado à uma ética e uma moral absolutas, os demais não gostam muito dessa ideia). Precisamos reconquistar terreno que é nosso. Alister McGrath tentou, mas seus esforços não obtiveram grande sucesso². Precisamos de gente da nossa geração. Falo de você, que leu fantasia na sua adolescência. Você, que é cristão, e conhece a fantasia, estude e escreva. Digo estude primeiro, pois escrever é difícil e requer maturidade. Christopher Paolini fez muito sucesso com “Eragon”, que começou a escrever com 15 anos, mas diversos problemas em sua série “A Herança” surgiram do fato de que ele estava crescendo na medida em que escrevia, e ter publicado antes de terminar de crescer. Então, não tenha pressa. Mas não se esqueça da fantasia. O Tolkien e o Lewis que eu li na minha infância e adolescência não fazem mais parte da minha rotina. Com os estudos na universidade, não tenho mais tempo para lê-los. Mas eles nunca sairão da minha memória, assim como minha vontade de escrever fantasia.

Davi H. C. Bastos é estudante de filosofia na Unicamp, secretário de literatura da ABU Campinas e fã da fantasia de Tolkien e Lewis.


Notas
:

¹ Falo de George MacDonald. Além dele, a importância de Lewis e especialmente de Tolkien, cristãos, não pode ser negada no gênero.

² Confira “As Crônicas de Aedin”, publicados em português pela Editora Hagnos.

Fotos: Edu Freire e Elvis Lima

 

Vocabulário:

ABU – Aliança Bíblica Universitária. Saiba mais em www.abub.org.br.

Botton – Espécie de broche, muito utilizado em mochilas e bolsas.

CosPlay – Abreviação de Costume Play. Literalmente, “jogo de roupas”, fantasia. CosPlayer é o jogador desse jogo, ou a pessoa fantasiada.

Games – Jogos.

Heavy Metal – Gênero músical, literalmente, “metal pesado”.

Mouse-pad – Suporte para mouses de computador.

New York School – Literalmente, “Escola Nova Iorque”. Escola de inglês de Cascavel que patrocionou o evento O Mundo de Nárnia.

RPGRole Playing Game, literalmente, algo como “jogo de encenar papéis”. Classe de jogos caracterizada por consistir em um personagem fictício para cada jogador, em que o jogador possui certa liberdade para controlar o personagem. Podem ser online, como World of Warcraft ou Ragnarök Online e Tibia, famosos no Brasil, offline, como Final Fantasy ou jogados com papel, caneta e dados – o famoso RPG de mesa –, como Dungeons And Dragons. Considero Assassin’s Creed como um RPG offline, mas o Google discorda de mim.

Soft Combat – Literalmente, “combate macio”. Esporte de luta com réplicas de armas almofadas. Um cabo de vassoura envolto num pedaço de colchão dá uma típica espada de soft combat.

The History Of Middle-Earth – “História da Terrá média”. Série de 12 volumes com obras de J.R.R. Tolkien, publicada e organizada por Christopher Tolkien. Ainda não publicada em português.

Vocare – Literalmente, “chamar”. Movimento da AMTB (Associação de Missões Transculturais Brasileiras) que visa direcionar a juventude cristã brasileira quanto à vocação de Deus para nós. O Vocare reuniu 700 jovens em Maringá em abril deste ano.

 

  1. Você já leu JACK A LIFE OF C. S. LEWIS de Goerge Sayer?

    Faça a você um favor acadêmico, leia.
    Já leste também alguma obra de Lewis sobre mitos nórdicos? Aproveite também.

    De mitos nórdicos não conheço uma obra da Dra. Gabriele.

  2. Artigo interessantíssimo. Me senti presente no evento com a sua descrição, Davi. Iria me deliciar com a tentativa de reprodução de Nárnia e seus personagens, com as palestras e, claro, com a orquestra! Tomara que Ultimato também publique livros da literatura fantástica de cunho cristão. Abraços

  3. Olá Eduardo. Nunca li esse livro aí não. Vou anotar.
    Nunca li nada de C.S. Lewis sobre mitos nórdicos. De Tolkien, já li seu Volsungakvida en nya (alguma coisa assim) traduzido em português pelo grande especialista Ronald Kyrmse no livro A Lenda de Sigurd e Gudrun, publicado pela WMF Martins Fontes. Indico.

    Obrigado, tia Thais! Minha luta pela literatura fantástica na Ultimato não é de hoje, é de 2012 ou 2013, não me lembro mais! xD

  4. Aproveite e leia também o sentido de JOY em C.S. Lewis, massacrado no português com ALEGRIA.

    Aproveite e leia este artigo,http://www.leaderu.com/marshill/mhr08/hall1.html e você terá uma ideia de que JOY em Lewis não é ALEGRIA em português.

    A Dra. Gabriele poderá te ajudar e entender o sentido do alemão sehnsucht. É de lá que vem a inspiração de Lewis.

    Quanto aos mitos nórdicos, acho que a Dra. Gabriele não gosta muito de tocar neles porque boa parte do que se conhece das fantasias de Lewis vieram de lá.

    Aliás, salvo melhor juízo, ele chega ao Cristianismo atrás destes mitos que julgava ser assim uma espécie de protótipo do original, ’embodied’ no Cristianismo, o mito verdadeiro.

  5. JACK A LIFE OF C. S. LEWIS de George Sayer, corrigindo o ‘goerge’ lá em cima.

    Dificilmente você verá o livro em português. E por uma razão muito simples: revela particularidades da vida pessoal de C.S. Lewis que o ‘paladar moral’ evangélico brasileiro ultra-conservador não apreciaria. Muito embora Sayer, que foi amigo pessoal de Lewis por 30 anos, rejeita uma a uma delas.

  6. Davi, muito bom o seu texto. Meu sentimento é: porque perdi esse evento? Nem fiquei sabendo. Mas, agora é tarde. sabe se foram gravadas ou reproduzidos os textos das palestras? Trabalho numa associação de escolas cristãs (AECEP) e a literatura é uma das nossas ferramentas. Se tivesse acesso ao material seria de muita valia para nós. Grata, June Ribeiro

  7. Obrigado, Tonica! Ultimamente não tenho tido tempo para escrever não, e acredito que pra fazer bem feito é melhor ficar velho antes! xD

    Interessante, Eduardo. De fato, no livro Surpreendido Pela Alegria o Lewis comenta sua trajetória pelos contos nórdicos. Mas temos pouquíssimo material de CS Lewis em português, se comparado com o inglês. Não me espanta que este livro que você citou não tenha sido traduzido. Comprei agora o Cambridge Companion to CS Lewis, estou esperando chegar. Acredito ser interessante.

    June, até onde eu sei o evento não foi gravado. Mas você pode procurar falar com a Gabriele Greggersen e o Erick Couto (você vai achá-los no facebook) para saber se não te disponibilizariam as palestras em questão. Desculpe não poder ajudar muito.

  8. Luiz Adriano Borges

    eu estava lá e realmente foi impressionante. Eu era um desses colegas abuenses que o Davi citou. Muito legal te conhecer Davi e parabéns pelo texto. Muito feliz por ver o cristianismo se expandindo entre os universitários do oeste do Paraná!

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