Subvertendo o subversivo
Por Daniela Campos
Gosto da palavra “subversão”. Comecei a prestar atenção a ela quando entrevistei minha professora de psicomotricidade (para um trabalho de estágio na Clínica de Psicologia da PUC, mais ou menos em 2006).
Ela me disse naquela ocasião que o trabalho do psicólogo é subversivo – desconstrói uma estrutura e ajuda os sujeitos na reinvenção de sua história.
Se for pensar na minha vida, o conceito ou os exemplos de pessoas consideradas subversivas apareceram antes desta professora. Posso citar duas pessoas como exemplo do meu gosto pela “subversão”.
A primeira pessoa que me vem à cabeça é o camarada Che Guevara. Em minha adolescência o achava simplesmente incrível – “Nem a morte pôde fechar seus olhos”- frase que foi estampada, desenhada com capricho na contracapa de todos os meus cadernos do ensino médio. O Che era, para mim, o símbolo da luta do “bem” contra a injustiça, contra o sistema capitalista imoral e sujo… o cara lutava por seu povo, por sua gente e deu sua vida por uma causa. Além de tudo, eu o achava lindo de viver.
A segunda pessoa subversiva, na minha lista é o Marighella. Carlos Marighella – o guerrilheiro urbano brasileiro (um cara de inteligência notável); seu poema sobre liberdade também estampou muitos dos meus cadernos (já no ensino superior) e lembro que alguns amigos pegavam estes cadernos para lerem as músicas e textos que escrevia nas capas. E Marighella estava ali presente, mais uma vez representando a luta contra um sistema “nojento” de governo. Contra o militarismo que calava a voz de um povo. A luta era pela democracia, pela liberdade e por uma justiça (ainda que utópica) que era o motor das ações (muitas vezes consideradas “criminosas”).
O que eu buscava lendo esses caras? O que me atraia? Por que posturas e ações “subversivas” me eram (e ainda são) tão chamativas?
O porquê está no cansaço, na indignação, na raiva em ver pessoas honestas e trabalhadoras sendo humilhadas. E tendo seu valor humano denegrido. Hoje sei que buscava mesmo era a pessoa de Cristo – verdadeiro revolucionário, guerrilheiro e subversivo de todos os tempos. Este Homem / Deus/ Rei / Mestre/ Salvador também deu sua vida por uma causa: pela nossa causa! Pela humanidade inteira – por mim, por você e pelo japonês lá do outro lado do mundo.
A morte parou o Che, a morte parou o Marighella. Certamente seus nomes ficarão na história, mas eles não podem mudar mais nada – ficou o exemplo. Porém Jesus, a morte não pôde pará-Lo. Não pôde segurá-Lo… Ele venceu! Ele ressuscitou! Ele está vivo e é capaz de mudar o rumo de toda história, ainda hoje. Ele transforma vidas, sonhos, países, políticas… Ele reina sobre todas as coisas, subverte a ordem, reordena as situações.
O que aprendi na teoria com minha professora de psicomotricidade e o que admirei em Che e Marighella com seus atos de coragem, posso ver em Cristo (tudo isso e muito mais) em ação e amor, e em tempo real. Jesus Cristo, o maior revolucionário e subversivo de todos os tempos! Mais que uma estampa no caderno e uma frase de efeito… é antes, uma opção de vida, uma entrega e uma confissão de que Ele é o único Senhor e Salvador da minha vida.
“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos”. (João 15.13)
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Daniela Campos tem quase 31 anos, é psicóloga e faz parte da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG). Participa de um grupo que visita creches, escolas e asilos da cidade.
Antonio Malafaia Jr.
O que admirei em Che, com seus atos de coragem, posso ver em Cristo. Você precisa desconstruir o que pensa sobre esse criminoso e reconsiderar o que pensa sobre Cristo porque compará-lo a esse perturbado psicótico onde só se lia o ódio em praticamente todos os seus escritos. Em sua biografia, o autor (Daniel James) diz que o próprio Che admitiu ter dado ordens para a execução de milhares de pessoa no primeiro ano do regime de Fidel Castro. “Eu não preciso de provas para executar um homem” gritou Che no judiciário cubano em 1959.Ele encarcerou ou exilou os melhores escritores, cineastas e poetas independentes de Cuba e ao mesmo tempo transformava a imprensa e o cinema em agências de propaganda do regime stalinista. Nenhuma pessoa em seu perfeito juízo usaria uma camiseta estampando o rosto desse marginal. Em uns de seus muitos escritos doentios ele escreve para sua esposa abandonada em 1957: Estou aqui nas montanhas de Cuba sedento por sangue. “Querido pai, hoje descobri que realmente gosto de matar escreveu logo depois”. Matou pessoalmente e deu ordens para matar milhares de pessoas sempre indefesas e amordaçadas. Tem muito mais para se falar desse marginal. Leiam a história e tirem suas conclusões. Deixou exemplo…..que exemplo? Desconstrua essa imagem de CAMARADA (é assim que o chama) do Sr Che Guevara. E não diga que consegue ver em CRISTO os seus exemplos. Deus te abençoe.
Itamar Tavares
Complicado isso! Eu era roqueiro muito doido e doido mesmo e depois de brigar com minha irmã que tomava conta dos meus filhos que eram bem pequenos, sai de casa e me deparei em frente a uma Igreja em momento de louvor e adoração. Minha mente torta achou que fosse um bar e eu entrei na Igreja, ouvir a Palavra de Deus, minha fé foi ativada e recebi Jesus como Senhor e Salvador Único da minha – faz 17 anos.
Jesus é incomparável! Jesus é único! Jesus é Senhor!