Por Kety Sanchez

Mas o que é a vida, se não vivida, pensada e discutida? Seria apenas vida dentro de vida mesmo.  Sendo por ela mesma. Mas a vida é vida de pessoas que são cheias de vida. Andando por aí, caçando vida pra ser vivida.

Todos os dias amanhecem com um pouco de preguiça. Com vida…

Em uma dessas andanças da vida: cata sílabas, consoantes, forma palavras, frases. Anda com elas pra lá pra cá. Hora tira umas letras, hora coloca outras. Muda-se o sentindo.

Senta no sofá do pensamento… Chega visita. Não muito desejada, mas tão ajeitada no sofá de qualquer sentimento…

Apesar de sua forte expressão, aparece enrolada com outras significações. Quase não a vê.

Fala-se que muito antigamente tinha sido manchada com outras seis. Talvez se não fosse este fato, estaria livremente sendo usada. Fora mal vista por uns antigos. Explica que esta fumaça se desfez, e, agora neste mundo tão moderno, tem outras significações.

Fica ali, sentada. Visitada. Acostumada. Não mais incomoda. Aos poucos suas amigas foram chegando. Tão parecidas. Nascidas umas para as outras.

De tanto pensar, sai para andar na rua. Tudo tão exato que teoria nenhuma desta vida poderia explicar.

São temas de filmes. Motivo de estudos e até vista como necessário para o crescimento do ser humano dentro da vida profissional, capital.

Outrora fomos taxadas como pecado. Mas, no decorrer das ideias humanistas e iluministas, fomos sendo saradas, desejadas.

Pecado, agora, tem a ver com proibir. O proibido é mais gostoso. Alguém  disse, a moda pegou.

Com isto, “livres”, não assustamos ninguém. Do profano fomos para o sagrado.

Somos os sete pecados capitais por rodear a terra.

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Ketelyn Sanchez Costa é brasileira, graduada em Letras/Português e mora em Curitiba (PR). Já foi missionária em Bali, na Indonésia, como professora de português

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