E o que faremos?
Na cidade onde o mar faz fronteira com o asfalto e as ruas de domingo se calam pra ver o tempo passar, um ruído de justiça parece nascer do alto de um prédio plantado na rua Wilson Freitas, número 250, centro de Vitória. Ali fica o Avalanche Missões Urbanas, que, entre paredes de grafite e escadarias compridas, realizou seu segundo Festival de Artes sobre um tema não tão comum entre os cristãos: a corrupção, desde aquela que se manifesta nas iras cotidianas até a que estampa capas de jornais afoitos por manchetes graúdas.
Houve espaço também para a luta contra esse mal que impera nos nossos dias, silenciosa ou extravagante, lenta ou acelerada. O assunto invadiu rodas de debate, obras de arte, fotografias, instalações artísticas e a curiosidade dos que estavam por lá. O ajuntamento aconteceu nos dias 30 de setembro e 1 e 2 de outubro e reuniu pessoas de diferentes estados do país.
Dentre as falas inflamadas, pedidos de socorro e súplicas para que a igreja tome parte na batalha, e do lado certo. Dentre as músicas tocadas, anseios de justiça, ação e mudança. Dentre as exposições artísticas, reclamações coletivas, denúncias políticas, esperança congelada em atos fotográficos.
Mas o final de semana se foi, as instalações foram desmontadas e a aglomeração de consciências e pensamentos se desfez. Restou-nos o desafio de ser sal e luz, de mostrar as nossas boas obras e deixar a candeia brilhar nos lugares onde estamos.
Conseguiremos?
E, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça”.
Romanos 6:18
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Andrea Souza, 22 anos, é jornalista, defensora dos direitos da criança e do adolescente, amante da fotografia, da boa música e das Escrituras
Leo
Nuss Dea, ficou super bacana o texto….amei
Luísa
Muito legal, Andrea Souza, bem poético! Gostei! Continue escrevendo (vc seria uma boa poetisa)!