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- 22 de novembro de 2011
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Novas infecções e mortes relacionadas à Aids diminuíram em 2011, revela documento da Onuaids
(Adital) Com a proximidade do Dia Internacional de Combate à Aids – 1º de dezembro – o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (ONUAIDS) divulgou ontem, 21 de novmebro, suas estratégias de investimento para o combate e tratamento da doença centrado em ações de mais repercussão e valor. A intenção é atingir zero novas infecções, zero discriminação e zero mortes relacionadas à Síndrome de Imunodeficiência. Estas estratégias e também informações sobre a evolução dos tratamentos com antirretrovirais estão no Informe da ONUAIDS sobre o dia mundial da Aids 2011.
O documento traz informações do ano de 2011 e mostra que este foi um período de mudanças nas respostas frente à Aids graças aos avanços na ciência e às lideranças políticas. Um dado animador é que as novas infecções e as mortes relacionadas à doença caíram para os níveis mais baixos vistos desde que a epidemia alcançou um ápice. Novas infecções caíram 21% desde 1997 e as doenças relacionadas com a Aids diminuíram 21% desde 2005, aponta o relatório.
Na República do Botswana, país da África Austral, ONUAIDS catalogou resultados positivos: a quantidade de novas infecções caiu mais de dois terços desde o final dos anos 90 e os dados também sugerem que a cifra de novas infecções por HIV está entre 30 e 50% mais baixa nos dias de hoje em comparação ao período em que não havia a terapia antirretroviral.
Esta terapia, "ao mesmo tempo em que diminui a carga viral de uma pessoa que vive com o HIV até níveis indetectáveis, também reduz o risco de transmissão do vírus a um parceiro que não contraiu”, esclarece o relatório. Estudos realizados recentemente comprovaram que o tratamento antirretroviral pode chegar a um nível de eficácia de 96% na prevenção da transmissão do HIV entre parceiros.
A disseminação do tratamento também está proporcionando mais anos de vida para as pessoas que já convivem com a doença. Calcula-se que em 2010 o número de pessoas vivendo com HIV girava em torno de 34 milhões. De 2005 para cá as mortes diminuíram de 2,2 milhões para 1,8 milhões no ano passado. De 1995 até hoje também se evitou 2,5 milhões de mortes em países com rendimentos baixos e médios graças ao aumento do acesso ao tratamento.
Se comparado ao ano de 2001, o Caribe também demonstrou bons resultados já que reduziu as novas infecções em um terço. De igual forma, República Dominicana e Jamaica reduziram seus níveis de novas infecções em 25%, assim como o Sul e o Sudeste da Ásia que diminuiu esta taxa em mais de 40% e a Índia com níveis de queda de 56%.
Apesar dos dados animadores ainda há muito que se fazer em regiões como Europa Oriental e Central, Oceania, Oriente Médio e África Setentrional, onde os números de novas infecções continuam a crescer.
Pensando nestas regiões e nas que precisam evoluir ainda mais, ONUAIDS desenvolveu um novo marco para os investimentos destinados à Aids que se concentra em "estratégias baseadas em provas, de grande impacto e de alto valor”.
O novo enfoque se fundamenta em seis atividades de programas essenciais: intervenções delimitadas para a população de maior risco (profissionais do sexo, seus clientes, homens que fazem sexo com outros homens e usuários de drogas injetáveis); prevenção de novas infecções em crianças; programas orientados a modificar comportamentos; fomento e distribuição de preservativo; tratamento, atenção e apoio aos que vivem com o vírus; circuncisão masculina voluntária em países com alta prevalência de HIV.
Assim, a meta é conseguir evitar, entre 2010 e 2011, 12,2 milhões de novas infecções por HIV, 1,9 milhões em crianças; assim como impedir 7,4 milhões de mortes relacionadas à Aids.
O Informe para o Dia Mundial da Aids pode ser lido na íntegra neste link.
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