Opinião
- 06 de dezembro de 2013
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Um “bibliodependente”
Neste domingo, dia 08, a Sociedade Bíblica do Brasil comemora o Dia da Bíblia. Ultimato se une à celebração e compartilha um testemunho pessoal do pastor Elben César. Ele conta como é (bem) alimentado com a leitura do Livro Sagrado. Leia abaixo.
***
Em abril de 1939, aos nove anos, ganhei minha primeira Bíblia. A princípio lia-a por cobrança de meu pai. Depois tomei gosto. Mais tarde desenvolvi um método próprio de ler com muito proveito a Palavra de Deus. Embora gaste mais de uma hora cada manhã com esse exercício devocional, leio no máximo um capítulo por dia. Tenho colocado a Palavra de Deus dentro das minhas “entranhas” pela leitura, meditação, consulta de textos paralelos, memorização da mensagem e pela redação de notas e mais notas (tenho mais de 10 mil notas escritas a mão, de todos os livros da Bíblia).
Minha fé, minha confiança em Deus, minhas convicções, minhas certezas, minha esperança, meu ânimo, meu entusiasmo, minha alegria provêm da leitura devocional da Bíblia. Confesso que sou um dependente dessa prática. Após a leitura, muitas vezes me ajoelho para agradecer o alimento espiritual, para confessar minha sujeira interior, para suplicar a misericórdia do Senhor e para fazer planos e pedir a sua direção e bênção. Ocorre, então, aquele relacionamento de mão dupla: Deus fala comigo por meio de sua Palavra e eu falo com Deus por meio da oração. O prêmio desse diálogo é a comunhão com Deus.
A leitura da Bíblia não deve apenas prover o conhecimento da verdade. A verdade sozinha torna-se lei e pode gerar soberba teológica. A Palavra de Deus é leite para acabar com a fome, é alimento para fazer crescer, é lenha para atear fogo, é combustível para pôr em movimento os bons propósitos do coração. A Escritura existe “para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2 Tm 3.17).
Não leio a Bíblia para preparar sermão nem para escrever. Leio para me alimentar espiritualmente. Mas quase todos os meus sermões, artigos e livros nasceram como consequência natural dessa leitura cuidadosa. A leitura meditativa da Bíblia alimenta minha vontade de dividir com outros as belezas que encontro nas Escrituras. E foi esta a origem mais remota da revista Ultimato. Está lá na nossa declaração de missão:
“Ultimato acredita que toda Escritura, além de inspirada por Deus, é também útil. Isso faz diferença. Não mexemos no conteúdo bíblico, mas nos damos a liberdade de colocá-lo numa embalagem nova. Relacionamos Escritura com Escritura e Escritura com acontecimentos. Trabalhamos para criar uma mentalidade bíblica e ensinar a arte de encarar os acontecimentos sob uma perspectiva cristã.”
Leia mais
Práticas devocionais
Refeições diárias com os discípulos
A Bíblia toda, o ano todo
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Em abril de 1939, aos nove anos, ganhei minha primeira Bíblia. A princípio lia-a por cobrança de meu pai. Depois tomei gosto. Mais tarde desenvolvi um método próprio de ler com muito proveito a Palavra de Deus. Embora gaste mais de uma hora cada manhã com esse exercício devocional, leio no máximo um capítulo por dia. Tenho colocado a Palavra de Deus dentro das minhas “entranhas” pela leitura, meditação, consulta de textos paralelos, memorização da mensagem e pela redação de notas e mais notas (tenho mais de 10 mil notas escritas a mão, de todos os livros da Bíblia).
Minha fé, minha confiança em Deus, minhas convicções, minhas certezas, minha esperança, meu ânimo, meu entusiasmo, minha alegria provêm da leitura devocional da Bíblia. Confesso que sou um dependente dessa prática. Após a leitura, muitas vezes me ajoelho para agradecer o alimento espiritual, para confessar minha sujeira interior, para suplicar a misericórdia do Senhor e para fazer planos e pedir a sua direção e bênção. Ocorre, então, aquele relacionamento de mão dupla: Deus fala comigo por meio de sua Palavra e eu falo com Deus por meio da oração. O prêmio desse diálogo é a comunhão com Deus.
A leitura da Bíblia não deve apenas prover o conhecimento da verdade. A verdade sozinha torna-se lei e pode gerar soberba teológica. A Palavra de Deus é leite para acabar com a fome, é alimento para fazer crescer, é lenha para atear fogo, é combustível para pôr em movimento os bons propósitos do coração. A Escritura existe “para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2 Tm 3.17).
Não leio a Bíblia para preparar sermão nem para escrever. Leio para me alimentar espiritualmente. Mas quase todos os meus sermões, artigos e livros nasceram como consequência natural dessa leitura cuidadosa. A leitura meditativa da Bíblia alimenta minha vontade de dividir com outros as belezas que encontro nas Escrituras. E foi esta a origem mais remota da revista Ultimato. Está lá na nossa declaração de missão:
“Ultimato acredita que toda Escritura, além de inspirada por Deus, é também útil. Isso faz diferença. Não mexemos no conteúdo bíblico, mas nos damos a liberdade de colocá-lo numa embalagem nova. Relacionamos Escritura com Escritura e Escritura com acontecimentos. Trabalhamos para criar uma mentalidade bíblica e ensinar a arte de encarar os acontecimentos sob uma perspectiva cristã.”
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Práticas devocionais
Refeições diárias com os discípulos
A Bíblia toda, o ano todo
Elben Magalhães Lenz César foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
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