Opinião
- 04 de março de 2015
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Solitude
As mulheres cresceram
Ai, meu Deus, como cresceram
Em toda parte
Com arte, com graça.
Cresci,
Ai, meu Pai, como cresci
E ainda tenho medo,
Mas cresço
Apareço
Suportamos nosso crescimento
E toda a dor
Ai, meu Cristo, suportamos
Suportamos toda a dor do crescimento.
E nossos homens ficaram perplexos
Ai, Senhor, como ficaram
E ainda estão.
Tiraram seus limites, suas fronteiras
Nossos limites, nossas fronteiras
Içaram nossas âncoras
Como içaram...
Ai, Jesus, como içaram...
A desmargem ficou
Ficou a expansão
Gritou a desseparação
E agora, José?
E agora, Maria?
O papel se foi
O encaixe ruiu
O deslocamento se fez
E se faz
Sempre e ainda
Não divisões
Nem subtrações
Há somas
Multiplicidade
Destotalidade
Maria se refez, se refaz
E José?
José anda perdido
Como se quisesse achar
Ai, Santíssimo, como anda perdido
Não entendeu
Que não há o que achar
Há de apenas ser
O que for possível
E as mulheres perguntam
Ai, Altíssimo, como perguntam
Se valeu a pena
Valeu a pena
Mas se sentem sós
Ai, meu Deus, como se sentem sós
E ainda crescem
Com arte, com graça.
Eu me sinto só,
Ai, como me sinto só.
Nota:
Esta poema faz parte do livro “Femear” (publicação independente). Para adquirir o livro, faça contato diretamente com Silvana Pinheiro (pinheirosilvana12@gmail.com).
Leia também
Simplesmente mulher
Deixem que elas mesmas falem
Caminhos da graça
Ai, meu Deus, como cresceram
Em toda parte
Com arte, com graça.
Cresci,
Ai, meu Pai, como cresci
E ainda tenho medo,
Mas cresço
Apareço
Suportamos nosso crescimento
E toda a dor
Ai, meu Cristo, suportamos
Suportamos toda a dor do crescimento.
E nossos homens ficaram perplexos
Ai, Senhor, como ficaram
E ainda estão.
Tiraram seus limites, suas fronteiras
Nossos limites, nossas fronteiras
Içaram nossas âncoras
Como içaram...
Ai, Jesus, como içaram...
A desmargem ficou
Ficou a expansão
Gritou a desseparação
E agora, José?
E agora, Maria?
O papel se foi
O encaixe ruiu
O deslocamento se fez
E se faz
Sempre e ainda
Não divisões
Nem subtrações
Há somas
Multiplicidade
Destotalidade
Maria se refez, se refaz
E José?
José anda perdido
Como se quisesse achar
Ai, Santíssimo, como anda perdido
Não entendeu
Que não há o que achar
Há de apenas ser
O que for possível
E as mulheres perguntam
Ai, Altíssimo, como perguntam
Se valeu a pena
Valeu a pena
Mas se sentem sós
Ai, meu Deus, como se sentem sós
E ainda crescem
Com arte, com graça.
Eu me sinto só,
Ai, como me sinto só.
Nota:
Esta poema faz parte do livro “Femear” (publicação independente). Para adquirir o livro, faça contato diretamente com Silvana Pinheiro (pinheirosilvana12@gmail.com).
Leia também
Simplesmente mulher
Deixem que elas mesmas falem
Caminhos da graça
Silvana Pinheiro é educadora e escritora. Autora do único livro infantil que a Editora Ultimato já publicou (De Bichos Pequenos e Grandes), e que está esgotado há alguns anos. Escreveu também o livro de poemas "Femear", com foco no retrato feminino.
- Textos publicados: 7 [ver]
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