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- 14 de abril de 2015
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Sequestro de meninas do Chibok completa um ano. A maioria era cristã
Esta terça-feira, 14 abril, marca um ano desde o sequestro de cerca de 250 meninas de uma escola secundária do governo em Chibok, Estado de Borno, no norte na Nigéria. A maioria era cristã, membros da Igreja dos Irmãos. As meninas foram retiradas da escola por homens do grupo extremista islâmico Boko Haram. Poucos dias depois, algumas delas conseguiram escapar e disseram que os soldados ameaçaram atirar em qualquer um que resistisse. Um ano depois, 232 ainda estão desaparecidas.
Durante esse ano, as negociações com o grupo não deram em nada e a violência do Boko Haram tem se intensificado. Outros ataques a vilas, sequestros de mulheres e crianças, mortes e agressões vêm sendo disseminado pelo grupo. Segundo a Anistia Internacional, o Boko Haram já raptou pelo menos 2.000 mulheres e meninas na Nigéria desde o início de 2014, forçando muitas à escravisão sexual ou ao combate.
O desaparecimento das meninas gerou uma tempestade nas mídias sociais do mundo todo com a hashtag #bringbackourgirls (tragam de volta nossas garotas), o que desencadeou maior represália do Boko Haram. O líder do grupo, Abubakar Shekau, lançou um vídeo de 57 minutos em que dizia estar com as meninas e que a intenção era islamizá-las, e depois vendê-las ou forçá-las a casar com membros do grupo.
Com base nas informações da equipe da Portas Abertas Internacional que está na Nigéria e um estreito contato com a comissão de comunicação e de outras fontes confiáveis do país, a organização montou um relatório em que narra e resume as informações sobre o sequestro das 250 meninas de Chibok. Segundo o relatório, houve fugitivas. Das 275 alunas presentes durante o ataque, 23 delas teriam evitado o rapto: ou resistiram aos sequestradores ou se esconderam ou fugiram durante o sequestro. Outras 16 teriam pulado dos caminhões enquanto eram levadas para os campos, e quatro conseguiram escapar após a chegada. Além dessas quatro, não há mais notícias de meninas que retornaram para suas aldeias. O relatório também diz que há no Boko Haram membros muito próximos à conversão ao cristianismo. “Estamos muito animado com isso”, conta um membro da equipe da Portas Abertas que está na Nigéria.
Entenda o caso
Por volta das 22 horas do dia 14 abril de 2014, a Escola Secundária de Governo em Chibok, uma aldeia no estado de Borno, nordeste da Nigéria, estava cheio de meninas que passariam a noite ali, em grupos de estudo, por conta das provas daquela semana.
Sete caminhões carregados de homens armados percorreu a aldeia, em direção à escola. No caminho, alguns dos homens atearam fogo em edifícios e, já na escola, dominaram os guardas de segurança, invadiram os dormitórios, fortemente armados, carregaram 275 alunas nos caminhões. Os veículos embarcados fugiram, desaparecendo na Floresta Sambisa.
As primeiras notícias deram conta de que 100 meninas tinham sido sequestradas, e logo em seguida, 200. Em última análise, a contagem sombria estava completa: 252 meninas foram roubadas. Cerca de 20 finalmente escapou, mas o resto, 232, (de acordo com fontes de campo da Missão Portas Abertas Internacional) desapareceu desde os sequestros.
O grupo radical islâmico Boko Haram assumiu a responsabilidade pelo sequestro em massa. Foi o maior sequestro realizado por radicais terroristas, mas foi apenas uma parte da maior campanha de sequestros iniciada pelo grupo. Na verdade, a agência de Direitos Humanos disse que “a relativa facilidade com que Boko Haram realizou os sequestros em Chibok parece ter encorajado grupos islâmicos a realizar sequestros em outros lugares”.
O governo da Nigéria demorou a dar respostas sobre o caso. Repetidas garantias de que as meninas seriam libertadas em poucas horas se evaporaram. Uma tempestade de mídia social global, envolvendo todos, desde a paquistanesa Malala Yousafzai – Prêmio Nobel da Paz –, até a primeira dama norte-americana, Michelle Obama, foram a público apoiar a causa das pequenas cristãs sequestradas, com a hashtag #bringbackourgirls.
Perante este cenário, um ano após os sequestros em Chibok, os nigerianos foram às urnas para escolher um novo presidente, Muhammadu Buhari, que promete ter mão firme contra o Boko Haram.
Pedidos de oração
- Clame pelas meninas ainda desaparecidas. Que elas sejam tocadas, sintam e nunca se esqueçam do amor de Jesus por elas;
- Ore pelos pais, familiares e amigos das meninas. Que eles recebam força e consolo do Senhor;
- Suplique pelo amor e misericórdia do Senhor sobre a vida dos sequestrados e membros do Boko Haram. Que eles sejam visitados por Deus e se convertam.
• Com informações da Missão Portas Abertas.
Legenda da foto:
De cima para baixo: Saratu Ayuba, Comfort Bulus, Douras Yakubu (de 16 anos), RifkaNgalang, Hajara Isa, Hauwa Mutah, Yana Pogu, Rhoda Peters (de 19 anos). Arquivos familiares.
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Relatório da Portas Abertas sobre o caso
Abaixo, as fotos de algumas das meninas sequestradas:
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