Opinião
- 06 de janeiro de 2023
- Visualizações: 4859
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
Sabores e Saberes. Era maçã?
Por Tati Bitencourt
A Bíblia diz que após a criação de Adão, não existia nenhuma vegetação sobre a terra, porque Deus ainda não tinha feito chover e não havia homens para cuidarem da terra, mas Ele cria o jardim para que o homem habite ali. Deus fez crescer, então, todos os tipos de árvores, e a Bíblia cita duas árvores que nos deixam curiosos: a árvore da vida e a árvore do bem e do mal. A humanidade é comparada a uma árvore, mas Deus nunca nos disse exatamente qual é a árvore da vida.
Que Eva comeu o que não deveria, disso a gente sabe. O tal fruto se configurou no imaginário humano e é representado em pinturas como uma maçã.
A ideia de considerar que o fruto da árvore do bem e do mal era uma maçã veio aos poucos, muito provavelmente por obra dos antigos tradutores da Bíblia.
Ao versarem o texto do grego antigo para o latim, eles utilizaram a palavra "pomum", que acabaria sendo maçã, nas línguas modernas – mas poderia ser qualquer fruto com formato semelhante, como figo ou pera.
Uma outra versão também corrente entre pesquisadores é a de que a fruta acabou sendo chamada de maçã por causa de uma confusão entre as palavras “malus”, do latim, significando mal, com “malum”, do grego antigo, que significava maçã.
Há algumas conjecturas quanto ao fruto ter sido a uva, baseado na forma que Moises se refere às uvas em Deuteronômio 32.32. Outros também imaginam que o fruto seria um figo, porque logo que desobedeceram e notaram sua nudez, Adão e Eva se cobriram com folhas de figueira – talvez por estar ao alcance das mãos?!
Fato é que a fruta se tornou símbolo de pecado e tentação. Mas também de conhecimento. O pesquisador Robert Spengler de um instituto alemão de arqueologia, divulgou em 2019 um estudo que se baseia em pesquisas arqueológicas recentes de sementes de maçã antigas preservadas tanto na Europa quanto na Ásia Ocidental. Combinando as informações do estudo com dados genéticos da fruta, ele confirmou que a maçã, em sua versão selvagem, era um fruto pequeno e pouco atraente. Sendo o nascedouro genético da maçã moderna, portanto nas montanhas Tien Shan, na fronteira entre Cazaquistão, Quirguistão e China, com pouquíssima possibilidade de ser o fruto do fatídico acontecimento.
Existe algo muito intrigante no fato de que uma árvore foi escolhida como forma de vida, que serviria de exemplo para toda humanidade. Saber exatamente quais árvores Deus destacou no centro do jardim não é importante, se fosse Ele mesmo nos teria contado. Mas a simbologia não está no tipo de árvore, mas na dinâmica da própria árvore, os ramos dependentes da nutrição vinda do tronco, os frutos que dão razão à existência para aquela planta, e as raízes que as firmam no seu devido lugar e as mantêm vivas.
E por falar em maçã, me veio a ideia de cozinhar maçãs descascadas com canela, açúcar mascavo e depois envolvê-las numa massa folhada e assar por uns 20 minutos até a massa ficar dourada. Será que fica bom?
Afinal, como diz o provérbio inglês: Uma maçã por dia mantém o médico longe.
Saiba mais:
» O Mundo Perdido de Adão e Eva - O debate sobre a origem da humanidade e a leitura de Gênesis, John Walton
» Fé Cristã e Cultura Contemporânea - Cosmovisão cristã, igreja local e transformação integral, Leonardo César Souza Ramos, Marcel Lins Camargo e Rodolfo Amorim Carlos de Souza, org.
» Minha mesa tem nome
» Festas bíblicas: sabores e saberes
A Bíblia diz que após a criação de Adão, não existia nenhuma vegetação sobre a terra, porque Deus ainda não tinha feito chover e não havia homens para cuidarem da terra, mas Ele cria o jardim para que o homem habite ali. Deus fez crescer, então, todos os tipos de árvores, e a Bíblia cita duas árvores que nos deixam curiosos: a árvore da vida e a árvore do bem e do mal. A humanidade é comparada a uma árvore, mas Deus nunca nos disse exatamente qual é a árvore da vida.
Que Eva comeu o que não deveria, disso a gente sabe. O tal fruto se configurou no imaginário humano e é representado em pinturas como uma maçã.
A ideia de considerar que o fruto da árvore do bem e do mal era uma maçã veio aos poucos, muito provavelmente por obra dos antigos tradutores da Bíblia.
Ao versarem o texto do grego antigo para o latim, eles utilizaram a palavra "pomum", que acabaria sendo maçã, nas línguas modernas – mas poderia ser qualquer fruto com formato semelhante, como figo ou pera.
Uma outra versão também corrente entre pesquisadores é a de que a fruta acabou sendo chamada de maçã por causa de uma confusão entre as palavras “malus”, do latim, significando mal, com “malum”, do grego antigo, que significava maçã.
Há algumas conjecturas quanto ao fruto ter sido a uva, baseado na forma que Moises se refere às uvas em Deuteronômio 32.32. Outros também imaginam que o fruto seria um figo, porque logo que desobedeceram e notaram sua nudez, Adão e Eva se cobriram com folhas de figueira – talvez por estar ao alcance das mãos?!
Fato é que a fruta se tornou símbolo de pecado e tentação. Mas também de conhecimento. O pesquisador Robert Spengler de um instituto alemão de arqueologia, divulgou em 2019 um estudo que se baseia em pesquisas arqueológicas recentes de sementes de maçã antigas preservadas tanto na Europa quanto na Ásia Ocidental. Combinando as informações do estudo com dados genéticos da fruta, ele confirmou que a maçã, em sua versão selvagem, era um fruto pequeno e pouco atraente. Sendo o nascedouro genético da maçã moderna, portanto nas montanhas Tien Shan, na fronteira entre Cazaquistão, Quirguistão e China, com pouquíssima possibilidade de ser o fruto do fatídico acontecimento.
Existe algo muito intrigante no fato de que uma árvore foi escolhida como forma de vida, que serviria de exemplo para toda humanidade. Saber exatamente quais árvores Deus destacou no centro do jardim não é importante, se fosse Ele mesmo nos teria contado. Mas a simbologia não está no tipo de árvore, mas na dinâmica da própria árvore, os ramos dependentes da nutrição vinda do tronco, os frutos que dão razão à existência para aquela planta, e as raízes que as firmam no seu devido lugar e as mantêm vivas.
E por falar em maçã, me veio a ideia de cozinhar maçãs descascadas com canela, açúcar mascavo e depois envolvê-las numa massa folhada e assar por uns 20 minutos até a massa ficar dourada. Será que fica bom?
Afinal, como diz o provérbio inglês: Uma maçã por dia mantém o médico longe.
- Tati Bitencourt é membro da Sexta Igreja Presbiteriana de Uberlândia. Dentista, técnica em design de interiores, real food lover e comentarista do podcast Sabores & Saberes das rádios Pense Bem e Teomídia.
A BÍBLIA NÃO ERRA. OS LEITORES, NEM TANTO | REVISTA ULTIMATO
O Ano-Novo é sempre uma oportunidade de renovação de votos. E não há voto mais importante e definidor para 2023 do que o propósito de se expor regularmente à Palavra de Deus, por meio da leitura das Escrituras. A Bíblia deve ocupar lugar central em nossa vida e na vida da igreja.
A matéria de capa desta edição não só incentiva o leitor à leitura regular da Bíblia, mas também o encoraja a aceitar o desafio de olhar reverentemente para as Escrituras como “um diário de Deus”, a partir da “chave” do amor.
É disso que trata a edição 399 da Revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» O Mundo Perdido de Adão e Eva - O debate sobre a origem da humanidade e a leitura de Gênesis, John Walton
» Fé Cristã e Cultura Contemporânea - Cosmovisão cristã, igreja local e transformação integral, Leonardo César Souza Ramos, Marcel Lins Camargo e Rodolfo Amorim Carlos de Souza, org.
» Minha mesa tem nome
» Festas bíblicas: sabores e saberes
- 06 de janeiro de 2023
- Visualizações: 4859
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Leia mais em Opinião
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Assuntos em Últimas
- 500AnosReforma
- Aconteceu Comigo
- Aconteceu há...
- Agenda50anos
- Arte e Cultura
- Biografia e História
- Casamento e Família
- Ciência
- Devocionário
- Espiritualidade
- Estudo Bíblico
- Evangelização e Missões
- Ética e Comportamento
- Igreja e Liderança
- Igreja em ação
- Institucional
- Juventude
- Legado e Louvor
- Meio Ambiente
- Política e Sociedade
- Reportagem
- Resenha
- Série Ciência e Fé Cristã
- Teologia e Doutrina
- Testemunho
- Vida Cristã
Revista Ultimato
+ lidos
- Em janeiro: CIMA 2025 - Cumpra seu destino
- Corpos doentes [fracos, limitados, mutilados] também adoram
- Vem aí o Congresso ALEF 2024 – “Além dos muros – Quando a igreja abraça a cidade”
- Todos querem Ser milionários
- Vem aí o Congresso AME: Celebremos e avancemos no Círculo Asiático
- A colheita da fé – A semente caiu em boa terra, e deu fruto
- A era inconclusa
- IV Encontro do MC 60+ reúne idosos de todo o país – Um espaço preferencial
- “O colar da coragem e as pérolas da esperança” – novo livro da ACS Publicações
- Tragédia? Sim. Derrota? Não!