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03 de setembro de 2018- Visualizações: 5390
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Quem é a primeira vítima das próximas eleições?
Por Marcos Bontempo
O conhecido filósofo protestante James K. Smith, autor do prefácio em Fé Cristã e Ação Política, resume em uma frase parte da inquietação no meio evangélico às vésperas das eleições de 2018: “Existe algo de político em jogo em nosso culto e algo de religioso em jogo em nossa política”.
A pergunta, então é: Como misturar política e religião nas próximas eleições? Bem, para os cristãos não falta tempero. Mais especificamente, basta colocar um pouco de “sal”, já que a putrefação da política nacional é assustadora.
Atenção, eu não disse misturar Igreja e Estado, mas a “religião” (seus valores, princípios, motivação) com a “política” (leis, iniciativas e demandas da sociedade, políticas públicas, etc.).
É bom lembrar que a religião não se limita ao templo, ao domingo ou aos cristãos. Do mesmo modo, a política não é assunto restrito aos partidos, ao Congresso Nacional ou ao Governo Federal.
Como então misturar uma com a outra? Primeiro, conhecendo melhor o que cremos. Por exemplo, o que disseram os patriarcas, os profetas, os primeiros cristãos, enfim, o próprio Jesus, sobre justiça, corrupção, desigualdade, direitos, entre outras questões importantes para o contexto em que vivemos? Ou ainda: de que lado estavam, com quem caminhavam e como agiram ou reagiram em situações semelhantes?
Um segundo passo é conhecer de perto o que dizem e o que disseram; o que fazem e o que fizeram, os candidatos.
Aqui, é preciso cuidado. Faça sempre uma pergunta: “Quem disse o que estou lendo, vendo ou ouvindo (e compartilhando)?” Atenção: Facebook, WhatsApp, Instagram, Youtube e coisas do gênero não têm nome nem sobrenome. Nesses espaços, vale tudo. Então, é bom usar um filtro adequado. Quero sugerir Isaías: “Ninguém faz defesa com integridade. Apoiam-se em argumentos vazios e falam mentiras; concebem maldade e geram iniquidade” (Is 59.4).
Enfim, as brigas e a polarização – entre irmãos, dentro da igreja – dos diferentes grupos contra e a favor desse ou daquele candidato me fazem lembrar uma conhecida frase atribuída ao senador norte-americano Hiram Johnson, há exatos 100 anos: “Na guerra, a primeira vítima é a verdade”.
Assim, todo cuidado é pouco e discernir é preciso. Que tal fazer um trato: “No que depender de mim, nessa eleição, a verdade não será a primeira vítima”.
• Leia Também
> Fé Cristã e Ação Política – a relevância pública da espiritualidade cristã
O conhecido filósofo protestante James K. Smith, autor do prefácio em Fé Cristã e Ação Política, resume em uma frase parte da inquietação no meio evangélico às vésperas das eleições de 2018: “Existe algo de político em jogo em nosso culto e algo de religioso em jogo em nossa política”.
A pergunta, então é: Como misturar política e religião nas próximas eleições? Bem, para os cristãos não falta tempero. Mais especificamente, basta colocar um pouco de “sal”, já que a putrefação da política nacional é assustadora.
Atenção, eu não disse misturar Igreja e Estado, mas a “religião” (seus valores, princípios, motivação) com a “política” (leis, iniciativas e demandas da sociedade, políticas públicas, etc.).
É bom lembrar que a religião não se limita ao templo, ao domingo ou aos cristãos. Do mesmo modo, a política não é assunto restrito aos partidos, ao Congresso Nacional ou ao Governo Federal.
Como então misturar uma com a outra? Primeiro, conhecendo melhor o que cremos. Por exemplo, o que disseram os patriarcas, os profetas, os primeiros cristãos, enfim, o próprio Jesus, sobre justiça, corrupção, desigualdade, direitos, entre outras questões importantes para o contexto em que vivemos? Ou ainda: de que lado estavam, com quem caminhavam e como agiram ou reagiram em situações semelhantes?
Um segundo passo é conhecer de perto o que dizem e o que disseram; o que fazem e o que fizeram, os candidatos.
Aqui, é preciso cuidado. Faça sempre uma pergunta: “Quem disse o que estou lendo, vendo ou ouvindo (e compartilhando)?” Atenção: Facebook, WhatsApp, Instagram, Youtube e coisas do gênero não têm nome nem sobrenome. Nesses espaços, vale tudo. Então, é bom usar um filtro adequado. Quero sugerir Isaías: “Ninguém faz defesa com integridade. Apoiam-se em argumentos vazios e falam mentiras; concebem maldade e geram iniquidade” (Is 59.4).
Enfim, as brigas e a polarização – entre irmãos, dentro da igreja – dos diferentes grupos contra e a favor desse ou daquele candidato me fazem lembrar uma conhecida frase atribuída ao senador norte-americano Hiram Johnson, há exatos 100 anos: “Na guerra, a primeira vítima é a verdade”.
Assim, todo cuidado é pouco e discernir é preciso. Que tal fazer um trato: “No que depender de mim, nessa eleição, a verdade não será a primeira vítima”.
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