Opinião
- 19 de dezembro de 2018
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Ser ou não ser discípulo de Jesus?
Por Paulo César Brito
Primeiro, você precisa estar disposto a sofrer por causa dele. De acordo com Mateus 10.34-39 não há dúvidas: “Não vim trazer paz à terra, mas espada. Vim causar divisão entre o homem e seus familiares”.
À primeira vista, isto é incoerente com o ensino de Jesus. Dele está escrito que "o castigo que nos traz a paz, estava sobre Ele", "Ele será chamado príncipe da paz". Então eu concluo: Ele veio trazer paz para quem crê nele. Não para este sistema caído e corrompido. Quando ele chega, a paz chega com ele.
Porém, pode haver conflitos até em nossa casa. A história do império romano confirma que centenas de cristãos foram entregues à morte por parentes e "amigos". Até hoje sabemos de mártires que foram sentenciados por professarem sua fé. Os inimigos do homem eram os da sua própria casa. As afirmações de Jesus são tão radicais que podem gerar perseguição em quem não crê. Ele é o único caminho e verdade. Isso causa divisão.
Mas Jesus não estava abonando a violência. Ao contrário, a espada iria ferir os seus seguidores. Afinal quem quer viver piamente o evangelho sofrerá perseguição (2Tm 3.12).
Existe uma propaganda se espalhando por aí, dizendo: “Pare de sofrer! Aceite nossa mensagem, venha para esta igreja”. Mas o que Cristo propõe é exatamente o oposto. Esteja disposto a sofrer. Haverá obstáculos a serem enfrentados quando aceitamos ao Senhor! Em casa, no trabalho e na escola.
Outra exigência para quem quer segui-lo: É preciso amar a Jesus acima de tudo e de todos: “Quem ama a seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim” (Mt 10:37).
Mas ele também nos ensina que quem despreza os seus é pior que o incrédulo. Então Jesus não está dizendo que devemos negligenciar nossas obrigações com a família. Contudo, nossa escala de valores tem que priorizar o nosso Deus. Entre o Senhor e as sugestões de renúncia à nossa fé, temos que optar pelo nosso compromisso com Cristo. Ainda que essas ideias venham até dos nossos pais.
Eu me lembro de uma adolescente que me disse: minha mãe prefere que eu seja uma prostituta a me tornar uma crente em Jesus. Nessas horas o que escolher?
A terceira exigência é: É preciso perder a sua vida para poder achá-la. “Quem acha a sua vida perdê-la-á, quem, todavia, perde a sua vida por minha causa, achá-la-á” (Mt 10.42).
O que é achar a vida?
É traçar planos, empenhar-se totalmente para progredir, ganhar dinheiro, enfim, ter como alvo o sucesso financeiro ou profissional na vida, desprezando nesse processo o Senhor. Confiar somente em si mesmo, na sua capacidade, nos seus talentos. Sem tempo para Deus. Sem reconhecer a seu senhorio. É ser gente que não precisa de Deus. Aos soberbos a Bíblia os chama de loucos; perderam a alma. (Lc 12.20).
Mas o que é perder a vida?
É também traçar planos, se empenhar totalmente para progredir, ganhar dinheiro, enfim, ter como alvo até o sucesso financeiro ou profissional na vida, (até aqui está exatamente igual a outra), mas valorizando o Senhor. Sendo administrador dos seus bens, mas submetendo tudo à vontade de Cristo. Não colocando o coração nas coisas materiais.
Fazendo tudo por causa de Cristo. Para Ele. Adorando ao Senhor, dedicando-se ao progresso do seu reino. Sem buscar sua própria glória. A diferença é a motivação. Em resumo a exigência é para termos compromisso total.
Quais são seus planos? Quais são seus sonhos? Quais são suas escolhas?
Alguns dizem: Dê uma chance para Jesus. Isso é ridículo. É ele quem nos dá a chance. Chance de sermos seus seguidores. Chance de provarmos a eternidade. Chance de acharmos a verdadeira vida. Aproveite a chance.
• Paulo César Brito é médico, músico e pastor presidente da Igreja Missionária Maranata. Pastoreia no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ), junto com sua esposa Claudete.
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