Opinião
- 12 de junho de 2023
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O racismo é pecado e suprapartidário
O sonho de Martin Luther King deve ser o sonho de todo cristão
Por Anderson Paz
Em 1963, o pastor e ativista Martin Luther King fez o discurso “Eu tenho um sonho”. Na luta contra a segregação racial, King sonhou por um mundo em que "nossos filhos não serão julgados pela cor de suas peles, mas pelo conteúdo de seu caráter". Em seu discurso, King defendeu uma democracia em que a cor da pele não determinasse o curso da vida de alguém, mas sim seu caráter. Sua luta era por "liberdade e igualdade" para todos, sem discriminação por cor.
Em sua defesa por liberdade e igualdade, King afirmou: "só estaremos satisfeitos quando "a justiça correr como a água e a retidão como uma poderosa corrente"”. King lembrou que a Constituição Americana, amparada na tradição bíblica, reconheceu que "todos os homens são criados iguais".
A partir disso, King afirmou que seu sonho era por: "fraternidade, liberdade e justiça". O sonho de ninguém ser julgado pela "cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter". Em seguida, ele declarou: "eu tenho um sonho que um dia "todos os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas; os lugares mais acidentados se tornarão planícies e os lugares tortuosos se tornarão retos e a glória do Senhor será revelada e todos os seres a verão conjuntamente"".
King queria "transformar as dissonantes discórdias do nosso país em uma linda sinfonia de fraternidade". E declarou: "com essa fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ser presos juntos, defender a liberdade juntos, sabendo que um dia haveremos de ser livres".
O racismo é um pecado que atenta contra a dignidade da pessoa humana que se fundamenta no ato criador divino. Todo ser humano é criado à imagem e semelhança de Deus: "criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou" Gn 1:27. O racismo atenta contra o ato de Deus em criar pessoas de diferentes cores à sua imagem e semelhança.
Na política, o problema do racismo é suprapartidário: não existe um lado político isento de ter indivíduos que praticaram ou praticam racismo. Não existe monopólio da virtude!
A discriminação com base na cor deve ser denunciada e combatida a partir do fundamento de que todos somos iguais: pecadores criados à imagem e semelhança de Deus que precisam de redenção em Cristo.
O sonho de Martin Luther King deve ser o sonho de todo cristão: que todos sejam tratados com dignidade, que ninguém seja discriminado pela cor de sua pele e que todos nos lembremos que fomos criados por Deus.
Saiba mais:
» A Religião Mais Negra do Brasil - Por que os negros fazem opção pelo pentecostalismo?, Marco David de Oliveira
» Conversando sobre o racismo, e-book gratuito
» Afirmar que racismo é pecado não é ignorar que racismo não é crime
» O racismo é antievangelho
» 7 dicas para educar crianças contra o racismo em casa e na igreja
Por Anderson Paz
Em 1963, o pastor e ativista Martin Luther King fez o discurso “Eu tenho um sonho”. Na luta contra a segregação racial, King sonhou por um mundo em que "nossos filhos não serão julgados pela cor de suas peles, mas pelo conteúdo de seu caráter". Em seu discurso, King defendeu uma democracia em que a cor da pele não determinasse o curso da vida de alguém, mas sim seu caráter. Sua luta era por "liberdade e igualdade" para todos, sem discriminação por cor.
Em sua defesa por liberdade e igualdade, King afirmou: "só estaremos satisfeitos quando "a justiça correr como a água e a retidão como uma poderosa corrente"”. King lembrou que a Constituição Americana, amparada na tradição bíblica, reconheceu que "todos os homens são criados iguais".
A partir disso, King afirmou que seu sonho era por: "fraternidade, liberdade e justiça". O sonho de ninguém ser julgado pela "cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter". Em seguida, ele declarou: "eu tenho um sonho que um dia "todos os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas; os lugares mais acidentados se tornarão planícies e os lugares tortuosos se tornarão retos e a glória do Senhor será revelada e todos os seres a verão conjuntamente"".
King queria "transformar as dissonantes discórdias do nosso país em uma linda sinfonia de fraternidade". E declarou: "com essa fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ser presos juntos, defender a liberdade juntos, sabendo que um dia haveremos de ser livres".
O racismo é um pecado que atenta contra a dignidade da pessoa humana que se fundamenta no ato criador divino. Todo ser humano é criado à imagem e semelhança de Deus: "criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou" Gn 1:27. O racismo atenta contra o ato de Deus em criar pessoas de diferentes cores à sua imagem e semelhança.
Na política, o problema do racismo é suprapartidário: não existe um lado político isento de ter indivíduos que praticaram ou praticam racismo. Não existe monopólio da virtude!
A discriminação com base na cor deve ser denunciada e combatida a partir do fundamento de que todos somos iguais: pecadores criados à imagem e semelhança de Deus que precisam de redenção em Cristo.
O sonho de Martin Luther King deve ser o sonho de todo cristão: que todos sejam tratados com dignidade, que ninguém seja discriminado pela cor de sua pele e que todos nos lembremos que fomos criados por Deus.
- Anderson Paz é membro da Igreja do Betel Brasileiro em João Pessoa, PB. Advogado, é doutorando em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco.
RACISMO – A BÍBLIA, A IGREJA E UMA CONVERSA QUE NASCE DA DOR
A Igreja deve agir em duas direções. Ela deve voltar-se para si mesma e caminhar em direção à diversidade e unidade desejadas por Deus. Mas deve voltar-se também para a sociedade, a fim de enxergar e, intencionalmente, combater a injustiça contra as pessoas negras.
É disso que trata a matéria de capa da edição 385 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
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