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O que eu aprendi com a igreja sul-coreana

Jornalista brasileiro do interior do Amazonas relata sobre a igreja sul-coreana a partir de sua participação no IV Congresso Lausanne sobre Evangelização Mundial em Seul, Coreia

Por Phelipe Reis

Estou em Incheon, Coreia do Sul. Saí do interior da Amazônia, enfrentei uma viagem de dezenas de horas e vim para o outro lado do globo para participar do IV Congresso Lausanne sobre Evangelização Mundial. O evento reuniu 5200 pessoas, de 202 países. Imagina o que é organizar a estrutura e a logística de um evento para receber essa quantidade de pessoas?

Desde o primeiro dia, fiquei surpreso e impactado com a organização dos irmãos e irmãs da igreja sul-coreana. Eles fazem as coisas com muita excelência. Observei isso desde a visita que fiz à, a Igreja Presbiteriana SaRang – maior igreja presbiteriana do mundo –, até aos detalhes do Congresso, realizado no Songdo Convensia.

Mais de 1600 voluntários estavam envolvidos no evento. Homens e mulheres, jovens e adultos, muitos de cabelos brancos. Quando os via alegres, organizando as filas dos ônibus, ao final de cada dia, eu ficava pensando: “Eles poderiam estar descansando em suas casas, mas preferiram vir organizar as filas, servir alimentos, segurar cartazes informativos, orientar a distribuição dos ônibus, repor refrigerantes e cafés gelados, nos vários freezers em que podemos pegar bebidas gratuitamente a qualquer momento”. O mais incrível é que eles pareciam não se cansar e faziam sempre com um lindo sorriso no rosto.

Um dos irmãos brasileiros que dividia a mesa comigo todas as manhãs no congresso, contou que certo dia estava saindo do hotel para o local do evento e acabou perdendo o ônibus que faz o traslado. Ele verificou o app para pedir um carro, mas o valor era alto e por isso resolveu esperar. Então, encontrou na saída do hotel uma irmã coreana que também estava indo para o local do evento. Ela havia pedido um carro por aplicativo e, simplesmente, fez questão de que ele fosse no carro junto com ela e se recusou a dividir o valor da corrida. Ela queria pagar sozinha. No trajeto, ela contou ao irmão que estava indo para orar, e explicou que as igrejas sul-coreanas fizeram uma escala de oração, em que a cada dia as pessoas oravam ao redor do local do evento, de 9h da manhã às 9h da noite.



Na noite de quinta-feira, 26/9, durante o evento, houve uma belíssima apresentação teatralizada, com imagens incríveis num enorme telão de led, contando a história da Coreia e do surgimento da igreja sul-coreana. Uma história marcada por guerra, fome, divisões, sofrimento, perseverança e sangue. Sangue de homens e mulheres que conheceram a Jesus e pregaram o evangelho corajosamente, a ponto de serem mortos por soldados norte-coreanos, nos tempos de guerra que os países vizinhos viveram. Entre tantas coisas que me marcaram nessa apresentação, saltou-me aos olhos o fato de a igreja sul-coreana ter sido construída nos trilhos de uma obediência radical, que integrava o fervor missionário e a ação social, visando a transformação do país.

Além de celebrar a sua independência, o crescimento da igreja, o fervor missionário, a vida dos mártires que pregaram o evangelho com coragem, também houve na apresentação espaço para reconhecimento dos pecados e fraquezas da igreja sul-coreana. Reconhecimento de que grandes igrejas sul-coreanas se deixaram seduzir pelo poder, dando espaço para a corrupção e comprometendo o testemunho da igreja. Houve arrependimento. Arrependimento necessário para uma igreja cuja maioria ainda tem dificuldade de acolher refugiados norte-coreanos, conforme explicou um pastor sul-coreano que vive no Brasil.

Tudo isso me faz pensar e reconhecer o quanto preciso aprender com esses irmãos e irmãs. Servir com humildade e alegria. Pregar o evangelho e agir pela transformação social com a mesma ousadia e coragem, mesmo que isso tenha um preço a ser pago.

Eu não fui o único a perceber de maneira positiva a acolhida e o serviço dos irmãos sul-coreanos no Congresso. Na última noite do evento, um dos apresentadores no palco principal disse que, embora tantas coisas boas e importantes tenham acontecido durante aquela semana, o que mais o impactou foi a recepção e o serviço dos irmãos sul-coreanos. Várias pessoas relataram o mesmo sentimento.

Louvo a Deus pela igreja sul-coreana e sou grato aos irmãos e irmãs por me abençoarem e me ensinarem tanto nesses poucos dias. Kamsa-hamnida [obrigado]!


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» Brasileiros em Lausanne 4: a alegria, a irreverência e o potencial missionário verde-amarelo, por Phelipe Reis
É natural do Amazonas, casado com Luíze e pai da Elis e do Joaquim. Graduado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e mestre em Missiologia no Centro Evangélico de Missões (CEM). É missionário e colaborador do Portal Ultimato.
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