Opinião
- 06 de outubro de 2006
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O próximo presidente
O povo precisa de um chefe, mas os chefes também precisam de chefe
Elben M. Lenz César
De fato o povo precisa de um chefe. Não importa o nome que a ele se dá: soberano. monarca, rei, príncipe, imperador. sultão. emir, xeque, governador-geral, comandante-em-chefe, caudilho, presidente, primeiro-ministro, chefe de Estado, líder político, líder religioso e até ditador, déspota ou tirano. Não havendo chefe, implanta-se o caos, como no caso de Israel no período de tempo decorrido entre a ocupação da terra prometida e o inicio da monarquia por cerca de 450 anos. A história diz que “naqueles dias não havia rei em Israel: cada qual fazia o que achava mais reto” (Jz 17.6; 21.25).
Porque livrou o povo dos midianitas que os oprimiu duramente por sete anos e porque soube aplacar a ira dos efraimitas (Jz 8.1-3), os homens de Israel disseram a Gideão: “Seja nosso Rei! Você, os seus filhos e os seus descendentes reinarão sobre nós” (Jz 8.22). Por sua humildade e porque era partidário da teocracia, Gideão recusou o convite de inaugurar uma monarquia hereditária: “Nem eu nem meu filho seremos reis sobre vocês; o Senhor é o nosso Rei!” (Jz 8.23). Depois de sua morte, porém, um de seus filhos, Abimeleque, fez-se rei de Israel.
Alguns anos depois, o povo ainda sentia falta de um comandante ou coisa que o valha. Foram atrás de Jefté, “homem valente, porém filho duma prostituta” (Jz 11.1), e lhe pediram: “Vem, e sê nosso chefe” (Jz 11.6). Mais tarde, voltaram ao assunto e exigiram um rei a Samuel: “Olhe, você já está ficando velho, e os seus filhos não seguem o seu exemplo. Por isso queremos que nos arranje um rei para nos governar, como acontece com outros países” (1 Sm 8.5, Nova Tradução na Linguagem de Hoje).
À semelhança de Gideão, Samuel era um entusiasta da teocracia, forma de governo em que a autoridade, emanada de Deus, é exercida por seus representantes. Ele não se agradou do pedido formulado por todos os anciãos de Israel, mas, autorizado por Deus, atendeu a vox populi e deu-lhes um rei, Saul, inaugurando assim o regime monárquico em Israel.
Outras formas e sistemas de governo se desenvolveram através dos séculos: monarquia, presidencialismo, parlamentarismo e outros. O que importa mesmo é que o chefe de Estado saiba e creia que ele também precisa de um chefe, que muito propriamente tem, entre outros, o solene nome ou titulo: Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16).
A última autoridade é Deus, o único que não morre, o único que não erra, o único que não tem chefe, o único “em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança” (Tg 1.17). Por esta razão, as autoridades “estão a serviço de Deus” (Rm 13.4, Nova Tradução na Linguagem de Hoje). É mais do que oportuna, pois. esta exortação:
“Vocês, reis da terra, sejam sensatos! Líderes do mundo, escutem as palavras de Deus enquanto há tempo! Sirvam obedientemente ao Senhor; respeitem a Deus e façam dele a sua fonte de alegria. Ajoelhem-se diante do Filho e beijem os seus pés, antes que chegue o dia da ira do Senhor e vocês sejam todos destruídos. Cuidado, isso vai acontecer muito mais depressa do que pensam! Porém as pessoas que confiam nele serão felizes, muito felizes.” (Sl 2.10-12, A Bíblia Viva)
O povo precisa de um chefe, é verdade. Mas os chefes também precisam de chefe, a quem hão de prestar contas. A história está repleta de chefes que não levaram em consideração o Chefe Supremo e caíram em desgraça. Não é difícil obter o auxílio e a direção de Deus para um governo justo e capaz: “Para o Deus eterno controlar a mente de um rei é tão fácil como dirigir a correnteza de um rio” (Pv 21.1, Nova Tradução na Linguagem de Hoje).
(Retirado e adaptado da revista Ultimato, edição de agosto de 1989)
Elben M. Lenz César
De fato o povo precisa de um chefe. Não importa o nome que a ele se dá: soberano. monarca, rei, príncipe, imperador. sultão. emir, xeque, governador-geral, comandante-em-chefe, caudilho, presidente, primeiro-ministro, chefe de Estado, líder político, líder religioso e até ditador, déspota ou tirano. Não havendo chefe, implanta-se o caos, como no caso de Israel no período de tempo decorrido entre a ocupação da terra prometida e o inicio da monarquia por cerca de 450 anos. A história diz que “naqueles dias não havia rei em Israel: cada qual fazia o que achava mais reto” (Jz 17.6; 21.25).
Porque livrou o povo dos midianitas que os oprimiu duramente por sete anos e porque soube aplacar a ira dos efraimitas (Jz 8.1-3), os homens de Israel disseram a Gideão: “Seja nosso Rei! Você, os seus filhos e os seus descendentes reinarão sobre nós” (Jz 8.22). Por sua humildade e porque era partidário da teocracia, Gideão recusou o convite de inaugurar uma monarquia hereditária: “Nem eu nem meu filho seremos reis sobre vocês; o Senhor é o nosso Rei!” (Jz 8.23). Depois de sua morte, porém, um de seus filhos, Abimeleque, fez-se rei de Israel.
Alguns anos depois, o povo ainda sentia falta de um comandante ou coisa que o valha. Foram atrás de Jefté, “homem valente, porém filho duma prostituta” (Jz 11.1), e lhe pediram: “Vem, e sê nosso chefe” (Jz 11.6). Mais tarde, voltaram ao assunto e exigiram um rei a Samuel: “Olhe, você já está ficando velho, e os seus filhos não seguem o seu exemplo. Por isso queremos que nos arranje um rei para nos governar, como acontece com outros países” (1 Sm 8.5, Nova Tradução na Linguagem de Hoje).
À semelhança de Gideão, Samuel era um entusiasta da teocracia, forma de governo em que a autoridade, emanada de Deus, é exercida por seus representantes. Ele não se agradou do pedido formulado por todos os anciãos de Israel, mas, autorizado por Deus, atendeu a vox populi e deu-lhes um rei, Saul, inaugurando assim o regime monárquico em Israel.
Outras formas e sistemas de governo se desenvolveram através dos séculos: monarquia, presidencialismo, parlamentarismo e outros. O que importa mesmo é que o chefe de Estado saiba e creia que ele também precisa de um chefe, que muito propriamente tem, entre outros, o solene nome ou titulo: Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16).
A última autoridade é Deus, o único que não morre, o único que não erra, o único que não tem chefe, o único “em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança” (Tg 1.17). Por esta razão, as autoridades “estão a serviço de Deus” (Rm 13.4, Nova Tradução na Linguagem de Hoje). É mais do que oportuna, pois. esta exortação:
“Vocês, reis da terra, sejam sensatos! Líderes do mundo, escutem as palavras de Deus enquanto há tempo! Sirvam obedientemente ao Senhor; respeitem a Deus e façam dele a sua fonte de alegria. Ajoelhem-se diante do Filho e beijem os seus pés, antes que chegue o dia da ira do Senhor e vocês sejam todos destruídos. Cuidado, isso vai acontecer muito mais depressa do que pensam! Porém as pessoas que confiam nele serão felizes, muito felizes.” (Sl 2.10-12, A Bíblia Viva)
O povo precisa de um chefe, é verdade. Mas os chefes também precisam de chefe, a quem hão de prestar contas. A história está repleta de chefes que não levaram em consideração o Chefe Supremo e caíram em desgraça. Não é difícil obter o auxílio e a direção de Deus para um governo justo e capaz: “Para o Deus eterno controlar a mente de um rei é tão fácil como dirigir a correnteza de um rio” (Pv 21.1, Nova Tradução na Linguagem de Hoje).
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