Prateleira
- 20 de março de 2008
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Não estamos de luto
Estamos na Semana Santa. Na sexta-feira, lembramos mais uma vez o sacrifício de Jesus Cristo. Dois dias depois, no domingo, celebramos a sua ressurreição. Tomemos cuidado ao celebrar as duas datas. Geralmente dá-se mais ênfase à paixão, que é de suma importância, mas devemos lembrar que a obra salvífica de Jesus se completa na ressurreição.
“Prateleira” traz com exclusividade para você a devocional “Um Cristo morto?”, do livro A Bíblia Toda, o Ano Todo, de John Stott:
“Vimos ontem que o sepultamento de Jesus é parte do Evangelho porque afirma a realidade de sua morte e a natureza corpórea de sua ressurreição. Devemos, portanto, nos apegar a essas verdades. Ao mesmo tempo, devemos também insistir que o Cristo que adoramos não é o Cristo morto e sepultado, mas o Cristo que ressuscitou e está vivo. Alguns cristãos parecem crer em um Jesus mais morto do que vivo.
Vale a pena lembrar aqui a tese desenvolvida por John Mackay em seu famoso livro intitulado The Other Spanish Christ (O outro Cristo espanhol). Mackay foi missionário no Peru por vinte anos e depois se tornou um iminente presidente do Seminário Teológico de Princeton. Em seu livro ele reconta a terrível história dos conquistadores espanhóis que subjugaram e colonizaram os nativos latino-americanos por meio da força no início do século 16. O retrato de Jesus que o catolicismo espanhol introduziu no continente é uma figura trágica. De um quadro em particular, Mackay escreve: “Ele está morto para sempre... Esse Cristo... não ressuscita”. É impressionante que cinqüenta anos depois da presença de Mackay no Peru o falecido Henri Nouwen tenha visitado o país. Ambos — o missionário presbiteriano e o sacerdote católico romano — chegaram à mesma conclusão. Sobre o catolicismo peruano Nouwen escreveu em seu diário:
Em lugar algum encontrei sinal de ressurreição, em lugar algum fui lembrado da verdade de que Cristo venceu o pecado e a morte, e ergueu-se vitorioso do túmulo. Tudo era Sexta-Feira da Paixão. A Páscoa estava ausente... A ênfase quase exclusiva no corpo torturado de Cristo me atinge como uma perversão das boas novas em uma história mórbida que intimida... as pessoas, mas não as liberta.
John Mackay e Henri Nouwen definitivamente estavam certos. As boas novas são que o Cristo crucificado ressuscitou. Aleluia!”
Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
• A propósito da Semana Santa, ed. 305
• Cruz vazada, mas não esvaziada!, ed. 305
• O sacrifício de Jesus, ed. 271
“Prateleira” traz com exclusividade para você a devocional “Um Cristo morto?”, do livro A Bíblia Toda, o Ano Todo, de John Stott:
“Vimos ontem que o sepultamento de Jesus é parte do Evangelho porque afirma a realidade de sua morte e a natureza corpórea de sua ressurreição. Devemos, portanto, nos apegar a essas verdades. Ao mesmo tempo, devemos também insistir que o Cristo que adoramos não é o Cristo morto e sepultado, mas o Cristo que ressuscitou e está vivo. Alguns cristãos parecem crer em um Jesus mais morto do que vivo.
Vale a pena lembrar aqui a tese desenvolvida por John Mackay em seu famoso livro intitulado The Other Spanish Christ (O outro Cristo espanhol). Mackay foi missionário no Peru por vinte anos e depois se tornou um iminente presidente do Seminário Teológico de Princeton. Em seu livro ele reconta a terrível história dos conquistadores espanhóis que subjugaram e colonizaram os nativos latino-americanos por meio da força no início do século 16. O retrato de Jesus que o catolicismo espanhol introduziu no continente é uma figura trágica. De um quadro em particular, Mackay escreve: “Ele está morto para sempre... Esse Cristo... não ressuscita”. É impressionante que cinqüenta anos depois da presença de Mackay no Peru o falecido Henri Nouwen tenha visitado o país. Ambos — o missionário presbiteriano e o sacerdote católico romano — chegaram à mesma conclusão. Sobre o catolicismo peruano Nouwen escreveu em seu diário:
Em lugar algum encontrei sinal de ressurreição, em lugar algum fui lembrado da verdade de que Cristo venceu o pecado e a morte, e ergueu-se vitorioso do túmulo. Tudo era Sexta-Feira da Paixão. A Páscoa estava ausente... A ênfase quase exclusiva no corpo torturado de Cristo me atinge como uma perversão das boas novas em uma história mórbida que intimida... as pessoas, mas não as liberta.
John Mackay e Henri Nouwen definitivamente estavam certos. As boas novas são que o Cristo crucificado ressuscitou. Aleluia!”
Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
• A propósito da Semana Santa, ed. 305
• Cruz vazada, mas não esvaziada!, ed. 305
• O sacrifício de Jesus, ed. 271
É jornalista e assistente editorial da Ultimato.
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