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- 28 de março de 2023
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Minha filha é minha mãe
Como mãe, tenho satisfação por ter chegado à conversão após um processo que contou com a participação ativa e essencial da minha filha
Por Raquel Villela Alves
O título, claro, é um jogo de palavras e ideias. Faço uso dele para dizer da minha satisfação, como mãe, por ter chegado à conversão após um processo que contou com a participação ativa e essencial da minha filha. Isso fez com que minha filha biológica se tornasse minha mãe espiritual. Um privilégio!
De forma objetiva, tudo começou com um convite feito por minha filha para um culto jovem, que ela tinha ajudado a organizar. “Vai lá me prestigiar!”. Fui. Já tinha dentro de mim uma pré-disposição para seguir na caminhada cristã, inclusive porque já havia frequentado uma igreja evangélica. Tinha até sido batizada, mas a falta de maturidade na fé travou meus passos após as primeiras decepções e adversidades. Ainda ansiava mais de Deus e, por isso, aceitei rapidamente o convite, além do fato de estar feliz com as mudanças de comportamento dela por causa de seu envolvimento com a igreja.
Outras iniciativas jovens se seguiram, uma após outra, até que não precisei mais de pretexto para ir aos cultos. Passei a congregar todas as semanas, a me envolver com as atividades da igreja e a me dedicar à obra missionária, que sempre foi muito estimulada naquele espaço. Lá experimentei a verdadeira conversão.
Desde que retornei ao ambiente evangélico nunca houve distorções na essência de meu relacionamento com minha filha. Ainda que espiritualmente eu tenha me tornado filha da filha, sob qualquer outra perspectiva permaneci como mãe e tenho recebido dela toda a honra por essa condição, o que aquece meu coração, pois “este é o primeiro mandamento com promessa” (Ef 6.2) para ela viver bem e por muito tempo. Nossa relação vai sendo aprimorada em meio a alegrias, a situações desafiadoras e a diferenças em temperamento, preferências e em tudo aquilo que naturalmente distingue uma geração da outra.
Continuo na mesma igreja em que me converti, enquanto minha filha frequenta outra, em outra cidade, por circunstâncias do trabalho. Hoje ela também é mãe e continua a transmissão da fé e do conhecimento da Palavra de Deus a mais uma geração, ao pastorear o coração do filhinho junto com o esposo.
Sei que minha história não tem nada de inédita ou original. Ela se parece com muitas outras, mas ainda assim consigo enxergar a beleza e a profundidade da ação divina ao alcançar minha vida dessa forma. Deus usou processos simples e uma pessoa que sempre esteve ao meu lado, evidenciando que o extraordinário estava nele e naquilo que passou a existir a partir de sua intervenção. E ainda que o processo tenha sido simples, manter a integridade pessoal diante do Pai não necessariamente é fácil, o que ressalta a importância do zelo e do investimento incessante em tudo aquilo que tem a ver com a nova vida.
Seguimos adiante com gratidão pela salvação, com sobriedade e disposição para viver o que vamos aprendendo, um dia de cada vez, enquanto amadurecemos e servimos na seara do Mestre, cada qual em seu propósito específico. A ele toda a glória e louvor!
Raquel Villela Alves, membro colaboradora da Missão ALEM, coordenadora de tradução na área de comunicação de COMIBAM, coordenadora da Aliança Pró-Tradução da Bíblia e da intercessão missionária na AMTB e representante no Brasil da Rede de Oração Ethne (formada por organizações comprometidas com povos não alcançados).
Saiba mais:
>> Conversando sobre a vida cristã – primeiros passos, e-book gratuito
>> Vozes Femininas no Início do Protestantismo Brasileiro – A religiosidade, o papel feminino, as denominações e suas pioneiras, Rute Salviano Almeida
>> Família, Graças a Deus, edição 365 de Ultimato
Por Raquel Villela Alves
O título, claro, é um jogo de palavras e ideias. Faço uso dele para dizer da minha satisfação, como mãe, por ter chegado à conversão após um processo que contou com a participação ativa e essencial da minha filha. Isso fez com que minha filha biológica se tornasse minha mãe espiritual. Um privilégio!
De forma objetiva, tudo começou com um convite feito por minha filha para um culto jovem, que ela tinha ajudado a organizar. “Vai lá me prestigiar!”. Fui. Já tinha dentro de mim uma pré-disposição para seguir na caminhada cristã, inclusive porque já havia frequentado uma igreja evangélica. Tinha até sido batizada, mas a falta de maturidade na fé travou meus passos após as primeiras decepções e adversidades. Ainda ansiava mais de Deus e, por isso, aceitei rapidamente o convite, além do fato de estar feliz com as mudanças de comportamento dela por causa de seu envolvimento com a igreja.
Outras iniciativas jovens se seguiram, uma após outra, até que não precisei mais de pretexto para ir aos cultos. Passei a congregar todas as semanas, a me envolver com as atividades da igreja e a me dedicar à obra missionária, que sempre foi muito estimulada naquele espaço. Lá experimentei a verdadeira conversão.
Desde que retornei ao ambiente evangélico nunca houve distorções na essência de meu relacionamento com minha filha. Ainda que espiritualmente eu tenha me tornado filha da filha, sob qualquer outra perspectiva permaneci como mãe e tenho recebido dela toda a honra por essa condição, o que aquece meu coração, pois “este é o primeiro mandamento com promessa” (Ef 6.2) para ela viver bem e por muito tempo. Nossa relação vai sendo aprimorada em meio a alegrias, a situações desafiadoras e a diferenças em temperamento, preferências e em tudo aquilo que naturalmente distingue uma geração da outra.
Continuo na mesma igreja em que me converti, enquanto minha filha frequenta outra, em outra cidade, por circunstâncias do trabalho. Hoje ela também é mãe e continua a transmissão da fé e do conhecimento da Palavra de Deus a mais uma geração, ao pastorear o coração do filhinho junto com o esposo.
Sei que minha história não tem nada de inédita ou original. Ela se parece com muitas outras, mas ainda assim consigo enxergar a beleza e a profundidade da ação divina ao alcançar minha vida dessa forma. Deus usou processos simples e uma pessoa que sempre esteve ao meu lado, evidenciando que o extraordinário estava nele e naquilo que passou a existir a partir de sua intervenção. E ainda que o processo tenha sido simples, manter a integridade pessoal diante do Pai não necessariamente é fácil, o que ressalta a importância do zelo e do investimento incessante em tudo aquilo que tem a ver com a nova vida.
Seguimos adiante com gratidão pela salvação, com sobriedade e disposição para viver o que vamos aprendendo, um dia de cada vez, enquanto amadurecemos e servimos na seara do Mestre, cada qual em seu propósito específico. A ele toda a glória e louvor!
Raquel Villela Alves, membro colaboradora da Missão ALEM, coordenadora de tradução na área de comunicação de COMIBAM, coordenadora da Aliança Pró-Tradução da Bíblia e da intercessão missionária na AMTB e representante no Brasil da Rede de Oração Ethne (formada por organizações comprometidas com povos não alcançados).
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