Opinião
24 de outubro de 2008- Visualizações: 201496
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Jesus Cristo é a resposta. Mas qual é a pergunta?
Predomina entre ortodoxos, evangélicos, neo-evangélicos, no entanto, o esforço individualista, a vontade de ascensão social pessoal a todo custo. Nada referente a direitos fundamentais da pessoa interessa aos crentes. Os púlpitos das igrejas ocupam-se da sustentação de doutrinas abstratas do protestantismo racionalista, citando Calvino e Lutero a torto e a direito, infiel e impropriamente. Os reformadores protestantes estiveram envolvidos profundamente em reformas sociais. Dizer que Lutero e Calvino não tiveram influência em atividades políticas e econômicas é até uma blasfêmia. Quem não lê a história comete essas heresias. Exaltam-se as qualidades da vida do convertido, dá-se um banho de alienação no maior rigor, enquanto se aguarda o céu metafísico (que permanecerá abstrato, não-concreto, pela eternidade). Ou apontam o valor material, imediato, da prosperidade e do sucesso (é disso que o povo gosta!) na conversão, e das “vitórias” individuais do seguidor de um Jesus imagético e indiferente ao sofrimento humano, porém “manso e suave”. O sofrimento pela causa de Deus é substituído pelo hedonismo evangélico.
Mas estas imagens religiosas do céu não conferem com as imagens do céu bíblico. Concreto, real, aqui e agora, onde Jesus pregou bem-aventuranças e bem-estar eternos. Islâmicos também imaginam um céu no gozo celestial do além (segundo o Corão, com belas virgens e gentis rapazes, disponíveis a sobrar. Claro, para os mortos virtuosos). Aqui na terra, porém, têm regras rígidas para o relacionamento sexual. Só o adultério feminino é passível de apedrejamento.
O Caçador de Pipas (Kaled Housseine), conta também a história da vida entrelaçada dos garotos Amir e Hassan sob as conseqüências da mudança do comando político em Kabul, regime do Talibã. Dignidade humana, ética, e a luta pela liberdade ocupariam o cenário?
A homossexualidade infanto-juvenil, forçada pela violência social, e a necessidade de sobrevivência humilhada passam despercebidas. O céu, daqui e do além, não é possível, em larga proporção, aqui na terra. Mas, como diria Gedeon Alencar, qual é mesmo a pergunta que os cristãos fazem sobre Jesus?
• Derval Dasilio é pastor da Igreja Presbiteriana Unida e professor do Centro de Formação Teológica Richard Shaull, em Vitória, ES.
Mas estas imagens religiosas do céu não conferem com as imagens do céu bíblico. Concreto, real, aqui e agora, onde Jesus pregou bem-aventuranças e bem-estar eternos. Islâmicos também imaginam um céu no gozo celestial do além (segundo o Corão, com belas virgens e gentis rapazes, disponíveis a sobrar. Claro, para os mortos virtuosos). Aqui na terra, porém, têm regras rígidas para o relacionamento sexual. Só o adultério feminino é passível de apedrejamento.
O Caçador de Pipas (Kaled Housseine), conta também a história da vida entrelaçada dos garotos Amir e Hassan sob as conseqüências da mudança do comando político em Kabul, regime do Talibã. Dignidade humana, ética, e a luta pela liberdade ocupariam o cenário?
A homossexualidade infanto-juvenil, forçada pela violência social, e a necessidade de sobrevivência humilhada passam despercebidas. O céu, daqui e do além, não é possível, em larga proporção, aqui na terra. Mas, como diria Gedeon Alencar, qual é mesmo a pergunta que os cristãos fazem sobre Jesus?
• Derval Dasilio é pastor da Igreja Presbiteriana Unida e professor do Centro de Formação Teológica Richard Shaull, em Vitória, ES.
É pastor emérito da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e autor de livros como “Pedagogia da Ganância" (2013) e "O Dragão que Habita em Nós” (2010).
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