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- 16 de abril de 2013
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Faleceu Brennan Manning, autor de "O Evangelho Maltrapilho"
Faleceu no dia 12 de abril, às 12h10, o escritor Brennan Manning, conhecido no Brasil por livros como “O Evangelho Maltrapilho” e “O Impostor que Vive em Mim”. Ele tinha 78 anos e iria completar 79 no próximo dia 27.
Manning escreveu e publicou mais de vinte livros. Ser um sacerdote franciscano lutando contra o alcoolismo foi o pano de fundo para grande parte de sua reflexão espiritual. “O Evangelho Maltrapilho”, publicado pela primeira vez em 1990, foi o seu trabalho mais conhecido. Em 2011, seu livro de memórias “Tudo é graça”*, falou sobre a saída do sacerdócio, casamento e divórcio.
No outubro do ano passado, o furacão Sandy danificou severamente a residência de Manning. Segundo seu agente, Art Rubino, sua saúde não estava boa. "Ele estava quase totalmente cego e problemas neurológicos prejudicavam seu discurso e sua capacidade de se mover”. Em janeiro deste ano, já transferido para uma unidade de atendimento intensivo, os problemas neurológicos de Manning pioraram.
Biografia
Batizado Richard Francis Xavier, o escritor Brennan Manning nasceu e cresceu, junto com os dois irmãos, num subúrbio barra pesada de Nova York. Sua família enfrentou dificuldades – experiência que certamente contribuiu para aguçar-lhe a sensibilidade pelos anseios dos humildes e simples no ministério que abraçaria anos depois -, mas isto não o impediu de entrar para a Universidade St. John, da qual sairia para servir no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (os famosos marines) durante a Guerra da Coreia.
De volta à vida civil, Manning tentou estudar jornalismo na Universidade do Missouri, mas seus questionamentos pessoais e a palavra de um conselheiro o levaram a um seminário católico. Em fevereiro de 1956, ao meditar sobre o caminho de Jesus até a cruz, sentiu-se comovido pelo Evangelho e chamado por Deus. “Naquele momento”, relata, “a vida cristã passou a ter um novo significado para mim: uma relação íntima e profunda com Jesus.” Quatro anos mais tarde, graduou-se em Filosofia e, posteriormente, em Teologia, pelo Seminário St. Francis.
Um dos aspectos mais interessantes sobre a trajetória ministerial de Brennan Manning é o trânsito entre a academia e as favelas, a universidade e as vilas, povoados e cortiços. Pensador brilhante, especialista em Escrituras e Liturgia, foi entre as populações carentes dos Estados Unidos e da Europa que encontrou o caminho para colocar em prática o tipo de cristianismo com o qual se comprometera desde o início de sua vocação: o da compaixão e serviço abnegado. Viveu em clausura e contemplação; carregou água para populações rurais e foi ajudante de pedreiro na Espanha; lavou pratos na França; deu apoio espiritual a presidiários suíços.
Com a fé reafirmada, Brennan Manning retornou aos Estados Unidos, fixando-se inicialmente no Alabama, onde tentou organizar uma comunidade nos mesmos moldes da Igreja primitiva. Voltou ao campus no fim dos anos 1970 e, depois de enfrentar uma crise pessoal, começou a escrever e ministrar palestras, atividades que manteve até o fim da vida, sempre com o objetivo de comunicar o amor incondicional de Deus em Jesus. “Aprendi de um sábio franciscano que, para quem conhece o amor de Cristo, nada mais no mundo é tão belo e desejável.”
* No Brasil, o título foi publicado como "Deus o ama do jeito que você é".
___________
Com informações de Christianity Today e Editora Mundo Cristão.
Manning escreveu e publicou mais de vinte livros. Ser um sacerdote franciscano lutando contra o alcoolismo foi o pano de fundo para grande parte de sua reflexão espiritual. “O Evangelho Maltrapilho”, publicado pela primeira vez em 1990, foi o seu trabalho mais conhecido. Em 2011, seu livro de memórias “Tudo é graça”*, falou sobre a saída do sacerdócio, casamento e divórcio.
No outubro do ano passado, o furacão Sandy danificou severamente a residência de Manning. Segundo seu agente, Art Rubino, sua saúde não estava boa. "Ele estava quase totalmente cego e problemas neurológicos prejudicavam seu discurso e sua capacidade de se mover”. Em janeiro deste ano, já transferido para uma unidade de atendimento intensivo, os problemas neurológicos de Manning pioraram.
Biografia
Batizado Richard Francis Xavier, o escritor Brennan Manning nasceu e cresceu, junto com os dois irmãos, num subúrbio barra pesada de Nova York. Sua família enfrentou dificuldades – experiência que certamente contribuiu para aguçar-lhe a sensibilidade pelos anseios dos humildes e simples no ministério que abraçaria anos depois -, mas isto não o impediu de entrar para a Universidade St. John, da qual sairia para servir no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (os famosos marines) durante a Guerra da Coreia.
De volta à vida civil, Manning tentou estudar jornalismo na Universidade do Missouri, mas seus questionamentos pessoais e a palavra de um conselheiro o levaram a um seminário católico. Em fevereiro de 1956, ao meditar sobre o caminho de Jesus até a cruz, sentiu-se comovido pelo Evangelho e chamado por Deus. “Naquele momento”, relata, “a vida cristã passou a ter um novo significado para mim: uma relação íntima e profunda com Jesus.” Quatro anos mais tarde, graduou-se em Filosofia e, posteriormente, em Teologia, pelo Seminário St. Francis.
Um dos aspectos mais interessantes sobre a trajetória ministerial de Brennan Manning é o trânsito entre a academia e as favelas, a universidade e as vilas, povoados e cortiços. Pensador brilhante, especialista em Escrituras e Liturgia, foi entre as populações carentes dos Estados Unidos e da Europa que encontrou o caminho para colocar em prática o tipo de cristianismo com o qual se comprometera desde o início de sua vocação: o da compaixão e serviço abnegado. Viveu em clausura e contemplação; carregou água para populações rurais e foi ajudante de pedreiro na Espanha; lavou pratos na França; deu apoio espiritual a presidiários suíços.
Com a fé reafirmada, Brennan Manning retornou aos Estados Unidos, fixando-se inicialmente no Alabama, onde tentou organizar uma comunidade nos mesmos moldes da Igreja primitiva. Voltou ao campus no fim dos anos 1970 e, depois de enfrentar uma crise pessoal, começou a escrever e ministrar palestras, atividades que manteve até o fim da vida, sempre com o objetivo de comunicar o amor incondicional de Deus em Jesus. “Aprendi de um sábio franciscano que, para quem conhece o amor de Cristo, nada mais no mundo é tão belo e desejável.”
* No Brasil, o título foi publicado como "Deus o ama do jeito que você é".
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