Opinião

13 de junho de 2022
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Como amar o amor?

Por Heliel G. de Carvalho

Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. (Mc 12.30).

O missionário americano Stanley Jones foi enviado à Índia, em 1907, e ali trabalhou por mais de 50 anos. Ele foi amigo de Gandhi, inclusive escreveu sua biografia que chegou a influenciar Martin Luther King Jr. em seu método pacifista. Um místico ao encontrar Stanley Jones disse: você quer meditar, então anule a sua mente. Ele quis dizer: você quer entrar num relacionamento de amor com Deus, então inutilize sua mente e você conseguirá. Stanley depois de refletir respondeu: para a fé cristã, amar a Deus é totalmente diferente da sua mística, pois ao invés de anular a mente, precisamos envolver toda nossa mente, toda a emoção e toda a vontade nesse processo.

Que afirmativa fantástica. Nenhuma área de nossa vida pode estar fora ou à parte de nosso amor a Deus. De outra forma já não somos pessoas que amam na verdade, mas simplesmente pessoas que se iludem sobre sua relação com Deus. No mínimo teremos um relacionamento deficiente com nosso amado Senhor.

Vejamos: Há aqueles que amam com a mente. Estes são os racionais da fé. Eles nunca se emocionam com o amor, a graça e a bondade de Deus para conosco. A vontade é fraca e os desvia facilmente dos compromissos com o Reino de Deus. Eles simplesmente sabem tudo milimetricamente. Respondem às perguntas corretamente e citam a Bíblia de maneira a impressionar, mas suas emoções e vontade não fazem parte do processo de amar ao Senhor e Sua Palavra.

Há aqueles que amam com as emoções. Estes são os emocionais da fé. Qualquer coisa é suficiente para chorarem, vivem à flor da pele, mas sua mente e vontade estão fora do alcance no relacionamento com Jesus. Quase não leem nada que lhes dê subsídio para uma vida cristã pujante. E quando têm um compromisso, qualquer coisa pode demovê-los de cumpri-lo.

Existem, ainda, os que amam a Deus com sua vontade. Estes são “os vontades” de ferro. Eles cumprem seus compromissos, avançam e, às vezes, até pisam nos outros para cumprir o que lhes é devido, mas falta a sabedoria do uso adequado da mente e a emoção necessária para o equilíbrio da vida e da fé.

A grande necessidade, hoje, é termos pessoas que amem ao Senhor com toda a mente, coração (emoções), alma (vontade) e com a força. Que força? A força que une os três e faz de nós pessoas inteiras, maduras e cheias de amor a Deus e ao próximo.

Reflitamos: Acredite! Só ama a Deus quem obedece a Sua Palavra (Jo. 14.21) e aquele que lhe obedece terá a alegria completa (1Jo. 1.4).

Que área da nossa vida precisa ser remodelada para que possamos amar a Deus como Ele é digno de ser amado?

Heliel Gomes de Carvalho, casado com Fernanda Bernardo, pai de Isaías, Joyce e Anthony. Teólogo, mestre em divindade e em ciências ambientais e doutor em história. Coordenador de capelania institucional e do Centro de Documentação Histórica da Associação Educativa Evangélica e pastor auxiliar na Igreja Presbiteriana Orvalho de Hermon, em Anápolis, GO.

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+Espiritualidade +Vida Cristã

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