Opinião
- 04 de junho de 2024
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Caminhando e pregando e seguindo a missão
Indo e pregando a palavra a tempo e fora do tempo
Por Artur Mendes
Um dia desses, abri meu ZAP e tinha um post do meu chefe, perguntando se eu poderia substituí-lo na devocional de toda segunda-feira na empresa. Meu primeiro impulso era dar alguma desculpa e tentar me esquivar dessa incumbência. Mas aí, pensei bem e achei melhor aceitar, afinal era um pedido do chefe.
Eu sempre fui meio arredio a essas coisas de pregar, sempre me achei medroso e despreparado.
A primeira vez
Me lembro da primeira vez que me convidaram para fazer uma devocional. Eu mal tinha me convertido e a diretora da união dos adolescentes da minha igreja presbiteriana de Bauru, não sei porque cargas d"água, me convidou pra falar alguma coisinha numa reunião de adolescentes.
Eu não tinha a mínima ideia do que falar. Como ex-católico, nunca tinha visto uma Bíblia na vida.
Vasculhando alguns livros em casa, achei um que me chamou a atenção: era um livro espírita, chamado Por Que Sofremos. Folheando com cuidado, achei algo bíblico. O autor comentava sobre os sofrimentos de Jó.
Era o tema bíblico que precisava. Passei alguns dias estudando o assunto. Quando chegou o dia da devocional, me deu uma vontade louca de sumir, desaparecer.
Bem, no fim, eu todo tímido e tremendo feito vara verde, com o coração na boca, acabei fazendo minha primeira devocional na vida.
Hoje, um pouquinho mais crescidinho na fé, eu aprendi algumas coisas que queria compartilhar.
Ordem divina
Quero basear essa minha crônica, em três versículos: o primeiro é: “Pregue a palavra, esteja sempre preparado a tempo e fora de tempo” (2Tm 4.2-4). Este versículo é um chamado à ação. O apóstolo Paulo estava pedindo ao seu colaborador, Timóteo, para pregar a palavra de Deus independentemente das circunstâncias. Ou seja, é preciso estar sempre pronto a ensinar e compartilhar a mensagem cristã. É praticamente uma ordem.
Ide
Outro versículo que com certeza todos nós conhecemos é o de Marcos 16.15, em que Jesus dá uma ordem aos seus discípulos: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”.
É interessante notar que esse versículo tem duas interpretações. Nas versões tradicionais da Bíblia, o ide é uma ordem clara direta e imperativa. É praticamente um mandato, uma ordem para todos nós cristãos.
Indo
Nas versões tidas como mais modernas como a NVI (Nova Versão Internacional), a palavra ide, é traduzida como indo. Particularmente gosto muito da tradução “indo”. Parece que tem mais a ver conosco. O indo, pra mim, é um ato contínuo, algo comum que pode acontecer no cotidiano da nossa vida. Vamos caminhando, pregando e compartilhando o evangelho, seja lá onde estivermos.
Outdoor
Finalizo esse comentário com Habacuque 2.2-3, que diz: “Escreva claramente a visão em tábuas, para que se leia facilmente”.
Esse também parece ser um princípio para quem trabalha na área de comunicação. Deus instruiu Habacuque a escrever a mensagem de forma clara e legível para que todos possam entendê-la. Com essa orientação escrita provavelmente no sétimo século antes de Cristo, muitos estudiosos afirmam que, naquele momento, Deus acabara de inventar o outdoor.
E é interessante. Outdoor é um veículo de comunicação muito utilizado até hoje na publicidade e ele tem uma regrinha de ouro: deve ser lido em 8 segundos. Tudo a ver com a ordem de Deus a Habacuque.
Pregando e testemunhando
Nós, cristãos, que trabalhamos em comunicação, além de compartilharmos o evangelho seja com o ide ou com o indo, ou mesmo falando ou testemunhando com nossas ações, não podemos esquecer que temos a missão de espalhar as boas novas através de tecnologias modernas, mas sem nunca perder de vista a orientação de Deus a Habacuque, ou seja, que a comunicação seja escrita sempre de forma clara, concisa e legível, para que todos possam entender a mensagem pura e simples do evangelho.
Saiba mais:
» A missão cristã no mundo moderno, John Stott
» O evangelho em uma sociedade pluralista, Lesslie Newbigin
» Cristianismo antigo para tempos novos, Paul Freston
Por Artur Mendes
Um dia desses, abri meu ZAP e tinha um post do meu chefe, perguntando se eu poderia substituí-lo na devocional de toda segunda-feira na empresa. Meu primeiro impulso era dar alguma desculpa e tentar me esquivar dessa incumbência. Mas aí, pensei bem e achei melhor aceitar, afinal era um pedido do chefe.
Eu sempre fui meio arredio a essas coisas de pregar, sempre me achei medroso e despreparado.
A primeira vez
Me lembro da primeira vez que me convidaram para fazer uma devocional. Eu mal tinha me convertido e a diretora da união dos adolescentes da minha igreja presbiteriana de Bauru, não sei porque cargas d"água, me convidou pra falar alguma coisinha numa reunião de adolescentes.
Eu não tinha a mínima ideia do que falar. Como ex-católico, nunca tinha visto uma Bíblia na vida.
Vasculhando alguns livros em casa, achei um que me chamou a atenção: era um livro espírita, chamado Por Que Sofremos. Folheando com cuidado, achei algo bíblico. O autor comentava sobre os sofrimentos de Jó.
Era o tema bíblico que precisava. Passei alguns dias estudando o assunto. Quando chegou o dia da devocional, me deu uma vontade louca de sumir, desaparecer.
Bem, no fim, eu todo tímido e tremendo feito vara verde, com o coração na boca, acabei fazendo minha primeira devocional na vida.
Hoje, um pouquinho mais crescidinho na fé, eu aprendi algumas coisas que queria compartilhar.
Ordem divina
Quero basear essa minha crônica, em três versículos: o primeiro é: “Pregue a palavra, esteja sempre preparado a tempo e fora de tempo” (2Tm 4.2-4). Este versículo é um chamado à ação. O apóstolo Paulo estava pedindo ao seu colaborador, Timóteo, para pregar a palavra de Deus independentemente das circunstâncias. Ou seja, é preciso estar sempre pronto a ensinar e compartilhar a mensagem cristã. É praticamente uma ordem.
Ide
Outro versículo que com certeza todos nós conhecemos é o de Marcos 16.15, em que Jesus dá uma ordem aos seus discípulos: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”.
É interessante notar que esse versículo tem duas interpretações. Nas versões tradicionais da Bíblia, o ide é uma ordem clara direta e imperativa. É praticamente um mandato, uma ordem para todos nós cristãos.
Indo
Nas versões tidas como mais modernas como a NVI (Nova Versão Internacional), a palavra ide, é traduzida como indo. Particularmente gosto muito da tradução “indo”. Parece que tem mais a ver conosco. O indo, pra mim, é um ato contínuo, algo comum que pode acontecer no cotidiano da nossa vida. Vamos caminhando, pregando e compartilhando o evangelho, seja lá onde estivermos.
Outdoor
Finalizo esse comentário com Habacuque 2.2-3, que diz: “Escreva claramente a visão em tábuas, para que se leia facilmente”.
Esse também parece ser um princípio para quem trabalha na área de comunicação. Deus instruiu Habacuque a escrever a mensagem de forma clara e legível para que todos possam entendê-la. Com essa orientação escrita provavelmente no sétimo século antes de Cristo, muitos estudiosos afirmam que, naquele momento, Deus acabara de inventar o outdoor.
E é interessante. Outdoor é um veículo de comunicação muito utilizado até hoje na publicidade e ele tem uma regrinha de ouro: deve ser lido em 8 segundos. Tudo a ver com a ordem de Deus a Habacuque.
Pregando e testemunhando
Nós, cristãos, que trabalhamos em comunicação, além de compartilharmos o evangelho seja com o ide ou com o indo, ou mesmo falando ou testemunhando com nossas ações, não podemos esquecer que temos a missão de espalhar as boas novas através de tecnologias modernas, mas sem nunca perder de vista a orientação de Deus a Habacuque, ou seja, que a comunicação seja escrita sempre de forma clara, concisa e legível, para que todos possam entender a mensagem pura e simples do evangelho.
- Artur Mendes é jornalista e publicitário (LPC / COMEV), membro da Igreja Presbiteriana de Barão Geraldo, em Campinas, SP.
REVISTA ULTIMATO | OS DESAFIOS ÉTICOS DAS NOVAS TECNOLOGIAS
O avanço da tecnologia nas últimas décadas é maior do que em qualquer outra época da história. Tal aumento se dá em muitas frentes e, mais significativo, confere um caráter tecnológico à vida contemporânea.
Quais são os desafios trazidos por esse avanço? A ética cristã é suficiente para responder aos aspectos relacionados às novas tecnologias? Como a igreja pode atuar nesse cenário tão desafiador?
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