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Opinião

4 dicas para lidar com o ninho vazio

Por João Batista Cavalcante
 
Tenho diversos motivos para criar caso com a ideia de “ninho vazio”... Observei um vínculo de ninho vazio com o momento quando os filhos saem de casa e, pessoalmente, acho que o ninho deve ficar vazio muito antes! Tenho certa dificuldade com pais de crianças, adolescentes ou adultos que chamam seus filhos de “bebê”, e verdadeira ojeriza quando os tratam como bebês. Estou seguro de que essa infantilização dos filhos e netos não lhes faz bem, e de que a relação entre pais e filhos necessita de um direcionamento mais consciente para a autonomia (Pv 22.6).
 
Senhores pais, mães e avós, vamos esvaziar os ninhos mais cedo (Gn 2.24)!
 
Também tenho dificuldade com a caricatura de ninho vazio como sendo um dos momentos mais sofridos na vida de um ser humano e de um casal. Constituímos família, fazemos um esforço descomunal para educar os filhos e sonhamos com o momento quando serão adultos, terão uma profissão e assumirão suas vidas, de preferência formando um novo lar. Esse deveria ser o momento de celebração e gratidão a Deus (1Ts 5.18). Jamais poderíamos permitir esse estereótipo de solidão e crise conjugal!
 
Deixando meus questionamentos de lado, reconheço que alguns casais (mais do que desejo admitir) sofrem um pouco (ou muito?) quando os filhos adultos deixam a casa. E, com todo o respeito, vou me atrever a repassar algumas dicas.
 
Primeiro, não vejo muita vantagem em investir tempo e energia julgando a si próprio, mas entendo que não somos perfeitos. Talvez tenha que “rolar” um reconhecimento de enganos, um pedido de perdão, ou mesmo a resignação de que houve alguma imperfeição. E sempre é bom aproveitar as aprendizagens do passado. O que não está certo é acostumar-se com comida requentada que vai acabar fazendo mal à saúde. Aprenda a celebrar a conclusão de uma importante etapa na formação dos filhos.
 
Segundo, se o vazio do ninho lhe incomoda, então é hora de chamar seu marido (ou esposa) para dar umas voltas. Pode fazer caminhada, passear no shopping, visitar uma chácara, trabalhar mais ativamente na igreja. Basta abrir a janela (colocar a cabeça para fora do ninho...) para descobrir um universo de boas ações e ocupações, projetos significativos e oportunidades de vida. Até a viagem imaginária, com bons livros e filmes, pode te ajudar a ventilar esse espaço que antes era ocupado pelo ninho.

 
Terceiro, descarte o ninho vazio e troque por uma mesa redonda. E convide seus filhos e suas famílias (e não se esqueça: “famílias deles”!) para virem aproveitar as novidades desse momento. Não se esqueça de que você não tem o monopólio do tempo de seus filhos adultos. Claro que, na relação com os pais, filhos adultos devem ter cuidado, gratidão e parceria, mas cobranças dos pais são, às vezes, insuportáveis (Ef 6.14).
 
Finalmente, se o ninho está vazio, chegou a hora de criatividade e variedade. Descobri que minha esposa precisa de outras pessoas, outras conversas, outros temperamentos e outras risadas. Gostamos de ficar juntos, mas ficar somente e sempre comigo, não tem graça nenhuma. Ela pode até sentir necessidade de ficar consigo mesma, sem intruso no ninho. Isso não é infidelidade, motivo para ciúme, oportunidade para crises existenciais. Deus gosta de variedade, e nós também gostamos. Aproveitar experiências variadas não precisa em nada significar desconfiança, insegurança ou pecado. Na verdade, pode até trazer benefícios para toda a família e dar nova formatação ao tal “ninho vazio”.
  • João Batista Cavalcante, pastor, ex-presidente da Igreja Cristã Evangélica do Brasil, ex-reitor do Seminário Teológico Cristão Evangélico do Brasil, autor do livro Como Ovelhas Que Têm Pastor, Editora Esperança.
 
Artigo publicado originalmente na edição n° 103 da revista Diadema Real, ano XXXIII, maio/agosto de 2022. Reproduzido com permissão.

FAMÍLIA, GRAÇAS A DEUS! | REVISTA ULTIMATO

O primeiro artigo da matéria de capa é uma oração de gratidão a Deus pela família, que começa assim: “Senhor, somos gratos porque o Gênesis relata seis vezes: “E viu Deus que era bom” e, em seguida, registra: “Não é bom que o homem esteja só”. Que maravilha que tenhas nos feito seres relacionais, à tua imagem!

É disso que trata a matéria de capa da
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