Palavra do leitor
- 15 de abril de 2012
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Uma vida dedicada a Deus e uma morte cruel: é assim que Deus recompensa?
Recebi a notícia da morte de Dom Robinson Cavalcanti com grande pesar. Tornei-me leitor de seus artigos há pouco mais de dois anos, discordava dele em muitas questões teológicas, não me identificava com suas ideias políticas, mas, ainda assim, tinha grande admiração e respeito pela sua história de vida, intelectualidade, e abordagem ousada de certos temas com uma notável e singular proficiência.
Não posso falar dele à altura, como ULTIMATO, amigos, alunos, pastores, e cristãos que o conheceram, mas sei muito bem que ele foi bem mais que um exímio articulista, influente intelectual cristão brasileiro e referencial no anglicanismo e protestantismo nacional. Tive uma noção maior desta verdade quando li seu resumo autobiográfico intitulado “Cinquenta Anos de Crente”, publicado em três seções na Revista Ultimato em 2010.
Embora a história registre inúmeros cenários de martírio e atrocidades contra cristãos, não costumamos esperar uma morte tão horrível para nós nem para nossos irmãos. Talvez, uma morte mais tranquila como a de John Stott.
A morte, em suas mais variadas formas, vem para todos. E, quando são tão cruéis, não poupando nem mesmo cristãos exemplares, muitos ateus e incrédulos usam este fato para argumentar contra a existência de Deus. Se Deus existe, e é amor e justiça, pessoas boas ou fiéis devotos dEle, jamais deveriam ter um fim como o do Robinson Cavalcanti, pensam.
Enquanto ateus e incrédulos externam seus pensamentos de modo aberto e convicto, muitas vezes, cristãos, ocultam suas dúvidas e desapontamentos contra Deus. Evitam decepcionar outros e, ao mesmo tempo, serem mal interpretados. Em certo sentido, isso é até prudente. Porém, Deus sabe o que vai dentro d’alma; conhece nossa dor, tristeza, medo e, até mesmo, revoltas contra Ele.
"É assim que Deus recompensa?"
Quando pessoas boas ou cristãos como Zilda Arns, morrem, essa frase pode vir tanto do crente devoto quanto de um ateu zombador.
Numa cidadezinha, próximo a Esplanada, interior da Bahia, viveu uma cristã zelosa e temente a Deus, senhora piedosa e exemplar. Era um ânimo na fé para muitos. Foi morta estuprada e esquartejada. É assim que Deus recompensa?
Anos atrás, estive na cidade de Lauro de Freitas(BA), reunido entre irmãos na fé da região Nordeste, num evento religioso para treinamento de evangelistas voluntários leigos. De repente, um dos pastores pega o microfone e pede que oremos por um dos irmãos que recebeu uma desagradável notícia e teve que se retirar de nosso meio. A sua única filha de 16 anos de idade fora sequestrada. Suplicamos fervorosamente a Deus pela proteção da garota. Mas a adolescente foi encontrada morta vários dias depois num saco plástico. O pai dela era um pregador evangelista que durante sua vida já tinha levado dezenas de pessoas a aceitarem Jesus como Salvador de suas vidas. Em 2009 ele veio à cidade onde moro e nos contou sobre sua imensa dor e como Deus o tem ajudado a encarar esse drama e continuar sua jornada de fé e missão. É assim que Deus recompensa?
Erivelton e Leonardo foram dois jovens cristãos,teologandos, que morreram carbonizados na semana passada, juntamente com suas esposas. Tinham terminado 21 noites de sermões evangelísticos. Estavam voltando para suas casas e suas rotinas diárias de trabalho e estudos. Mas não deu tempo. Bateram o carro e morreram todos, incendiados.
Uns amigos meus, que eram colegas deles no curso,relatavam-me que, em razão do estado dos corpos, totalmente queimados e irreconhecíveis, não será fácil a identificação que serão feitas por exames de DNA.
Neste mundo pecaminoso todos estão sujeitos a dor, sofrimento e injustiça. Tudo o que acontece aos outros podem acontecer a nós também. Ninguém está livre da possibilidade de sofrer tragédias. Mesmo porque, a maior tragédia foi a entrada do pecado no mundo e todos nós somos pecadores.
Ninguém está imune ao sofrimento ou morte atroz. Não importa se alguém é crente ou incrédulo, cristão ou pagão, religioso ou ateu. A Bíblia traz promessas de proteção e livramento, mas não necessariamente imunidade ao sofrimento.
O bispo Robinson Cavalcanti e tantos outros cristãos , não foram os primeiros e nem serão os últimos a serem vítimas do mal. Enquanto o mundo estiver sob o poder do Maligno, haverá pecado, barbaridades e mortes.
À semelhança dos profetas Jeremias, Habacuque e o patriarca Jó, o arrazoado sincero e humilde com Deus, leva-nos a reconhecer sua Grandeza e descansar em sua Sabedoria, mostrando-nos que, a melhor alternativa é confiarmos nEle(Jer- 12; HAb1-3; Jó-38).
Em tempos de dor e perdas, precisamos estar firmados na Esperança para não nos perdermos em meio às perdas. O antídoto contra o desespero é a Esperança.
A Esperança cristã não é quimera, nem fuga da realidade. Não é uma esperança maior, mas a maior de todas as esperanças.
Jesus sofreu a pior das mortes, para oferecer-nos a maior das Recompensas. Para o cristão, a morte não tem a palavra final. Jesus afirmou ser a Ressurreição e a Vida para quem nELE crer.
Não posso falar dele à altura, como ULTIMATO, amigos, alunos, pastores, e cristãos que o conheceram, mas sei muito bem que ele foi bem mais que um exímio articulista, influente intelectual cristão brasileiro e referencial no anglicanismo e protestantismo nacional. Tive uma noção maior desta verdade quando li seu resumo autobiográfico intitulado “Cinquenta Anos de Crente”, publicado em três seções na Revista Ultimato em 2010.
Embora a história registre inúmeros cenários de martírio e atrocidades contra cristãos, não costumamos esperar uma morte tão horrível para nós nem para nossos irmãos. Talvez, uma morte mais tranquila como a de John Stott.
A morte, em suas mais variadas formas, vem para todos. E, quando são tão cruéis, não poupando nem mesmo cristãos exemplares, muitos ateus e incrédulos usam este fato para argumentar contra a existência de Deus. Se Deus existe, e é amor e justiça, pessoas boas ou fiéis devotos dEle, jamais deveriam ter um fim como o do Robinson Cavalcanti, pensam.
Enquanto ateus e incrédulos externam seus pensamentos de modo aberto e convicto, muitas vezes, cristãos, ocultam suas dúvidas e desapontamentos contra Deus. Evitam decepcionar outros e, ao mesmo tempo, serem mal interpretados. Em certo sentido, isso é até prudente. Porém, Deus sabe o que vai dentro d’alma; conhece nossa dor, tristeza, medo e, até mesmo, revoltas contra Ele.
"É assim que Deus recompensa?"
Quando pessoas boas ou cristãos como Zilda Arns, morrem, essa frase pode vir tanto do crente devoto quanto de um ateu zombador.
Numa cidadezinha, próximo a Esplanada, interior da Bahia, viveu uma cristã zelosa e temente a Deus, senhora piedosa e exemplar. Era um ânimo na fé para muitos. Foi morta estuprada e esquartejada. É assim que Deus recompensa?
Anos atrás, estive na cidade de Lauro de Freitas(BA), reunido entre irmãos na fé da região Nordeste, num evento religioso para treinamento de evangelistas voluntários leigos. De repente, um dos pastores pega o microfone e pede que oremos por um dos irmãos que recebeu uma desagradável notícia e teve que se retirar de nosso meio. A sua única filha de 16 anos de idade fora sequestrada. Suplicamos fervorosamente a Deus pela proteção da garota. Mas a adolescente foi encontrada morta vários dias depois num saco plástico. O pai dela era um pregador evangelista que durante sua vida já tinha levado dezenas de pessoas a aceitarem Jesus como Salvador de suas vidas. Em 2009 ele veio à cidade onde moro e nos contou sobre sua imensa dor e como Deus o tem ajudado a encarar esse drama e continuar sua jornada de fé e missão. É assim que Deus recompensa?
Erivelton e Leonardo foram dois jovens cristãos,teologandos, que morreram carbonizados na semana passada, juntamente com suas esposas. Tinham terminado 21 noites de sermões evangelísticos. Estavam voltando para suas casas e suas rotinas diárias de trabalho e estudos. Mas não deu tempo. Bateram o carro e morreram todos, incendiados.
Uns amigos meus, que eram colegas deles no curso,relatavam-me que, em razão do estado dos corpos, totalmente queimados e irreconhecíveis, não será fácil a identificação que serão feitas por exames de DNA.
Neste mundo pecaminoso todos estão sujeitos a dor, sofrimento e injustiça. Tudo o que acontece aos outros podem acontecer a nós também. Ninguém está livre da possibilidade de sofrer tragédias. Mesmo porque, a maior tragédia foi a entrada do pecado no mundo e todos nós somos pecadores.
Ninguém está imune ao sofrimento ou morte atroz. Não importa se alguém é crente ou incrédulo, cristão ou pagão, religioso ou ateu. A Bíblia traz promessas de proteção e livramento, mas não necessariamente imunidade ao sofrimento.
O bispo Robinson Cavalcanti e tantos outros cristãos , não foram os primeiros e nem serão os últimos a serem vítimas do mal. Enquanto o mundo estiver sob o poder do Maligno, haverá pecado, barbaridades e mortes.
À semelhança dos profetas Jeremias, Habacuque e o patriarca Jó, o arrazoado sincero e humilde com Deus, leva-nos a reconhecer sua Grandeza e descansar em sua Sabedoria, mostrando-nos que, a melhor alternativa é confiarmos nEle(Jer- 12; HAb1-3; Jó-38).
Em tempos de dor e perdas, precisamos estar firmados na Esperança para não nos perdermos em meio às perdas. O antídoto contra o desespero é a Esperança.
A Esperança cristã não é quimera, nem fuga da realidade. Não é uma esperança maior, mas a maior de todas as esperanças.
Jesus sofreu a pior das mortes, para oferecer-nos a maior das Recompensas. Para o cristão, a morte não tem a palavra final. Jesus afirmou ser a Ressurreição e a Vida para quem nELE crer.
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