Todo amor que exclui não vem de Deus

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Assim como não vemos a Deus, o amor, enquanto experiência pessoal, é o sentimento mais desconhecido da humanidade, ao menos quando consideramos a plenitude da vida.

Amamos, é verdade, mas não nos relacionamos em amor. Nosso referencial de amor é o amor natural, sentimento solitário que se manifesta em função de circunstâncias e conveniências.

Sentimento circunscrito a limites, onde prevalece o exclusivismo. Limites pessoais, limites consangüíneos, limites étnicos e legalistas. Limites que fazem do mundo um grande mosaico de pequenos interesses, fontes de iniqüidade e solidão, que não frutificam para a vida, e nos impedem de sentir e entrar no reino do amor de Deus.

Todo amor que exclui não vem de Deus. Toda bondade, toda generosidade, toda manifestação de afeto, que se esgota e se encerra em limites, não vem de Deus, que rejeita e abomina práticas e comportamentos, mas, ama a todos os homens, com o mesmo sentimento e a mesma intensidade, sem discriminação ou acepção de pessoas.

A nova terra, desejada e ansiada por todos os que amam o bem e a justiça não é uma utopia. Será estabelecida a seu tempo e os que ali chegarem farão parte de uma única grande família. A família de Deus, identificadas pela comunhão de um amor sem limites, sem fronteiras, sem preconceitos e sem iniqüidade onde todos serão recebidos com grande alegria e regozijo em todos os lugares em todo o sempre.

É estreita a porta e apertado o caminho que conduz ao Reino, e não há espaço para levarmos conosco bagagens da desesperança. Muitos valores e princípios precisam ser deixados para trás, porque são incompatíveis com o Amor.

É preciso, em nome da esperança, que os sentimentos carnais dêem lugar aos sentimentos espirituais que vem de Deus e, rompendo medos e fronteiras, nos unem numa mesma pátria e num mesmo coração.

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Opinião do leitor