Palavra do leitor
- 10 de janeiro de 2013
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Raul Seixas, Jesus Cristo e o que somos!
''Ninguém pode se dizer cristão ou almejar ser, senão reconhecer a importância do próximo na sua existência e isto implica decidir pelo evangelho do serviço e não pelo do sucesso, cópia deturpada e confusa de um cristo as avessas. ''
Os trabalhados efetuados por Raul Seixas sempre acarretaram uma pletora de comentários ácidos, nos mais diversificados âmbitos sociais. Por ora, valho - me de um de suas canções, ao qual, de certo, traça uma análise depurada do indivíduo adequado aos parâmetros e preceitos d de uma realidade conformada.
A expressão, eu devia estar contente '' por isso, aquilo e acolá'' (grifo pessoal) rege os enredos de sua música. Aproveito, então, a propícia oportunidade e inquiro sobre um fenômeno de conformismo incrustado nos relevos da nominada igreja evangélica.
Afinal de contas, não devemos estar contentes por, agora, não sermos mais tão hostilizados e palcos de galhofas, por logramos o contingente de mais de quarenta milhões, por adquirirmos (com ressalvas) dimensões de participação nas vertentes da política e do sistema midiático de comunicação massiva (os programas evangelísticos não me deixar a deriva), por uma coqueluche evangélica, por artistas considerados gospel se apresentar em emissoras do porte de uma rede globo e por ai vai.
Dou mais algumas pitadas, os suntuosos templos, ícones ou uma versão de super - heróis dos púlpitos que parecem substituir a salvação alicerçada e firmada na Cruz de Sangue e de uma decisão peremptória pelo ser humano não devem suscitar um estado de satisfação, de êxtase, de vivacidade e de reconhecimento?
Agora, o texto de Isaías 61. 01 a 08 vem como uma bigorna de gelo e atinge frontalmente todo esse monumental contexto, embora muitos reajam com relutância e ojeriza.
É bem verdade, por mais articulações voltadas a costurar uma parcimônia do evangelho de Cristo aos ideais e as ideologias dos homens, ao esmiuçarmos cada linha das boas - notícias, culminamos na nascente do serviço, da importância do próximo na nossa existência e história, no significado precípuo e incontestável da criação e da reconciliação, no sentido de ser igreja.
Devo reconhecer, lugubremente, os megalomaníacos prosseguem a torto e a direita nos arraiais evangélicos, como ocorreu na época de Jesus, e lançam as massas malogradas e desesperançadas a uma relação com Deus espúria, movida pelo meio de trocas e favores, nada mais e nada menos.
Sem titubear, chego, e quem sabe você também, sobre a relevância de não execrarmos a igreja, mas sim elucubrarmos, com seriedade e sinceridade, no tocante ao papel de cada um de nós, como discípulos ou expectadores, como servos ou consumidores inveterados, como testemunhas ou andarilhos a procura de novidades.
Retomo ao fio da meada e enfoco se há condição de nos alinharmos a um aparente contentamento, sem qualquer fatalismo ou discurso eivado de aversão capitalista, quando extraímos, dia a dia, um processo inexorável de coisificação do ser humano (ou seja, tratado e adaptado a ser visto como um objetivo de consumo; basta verificar o big brother, a sede das pessoas por exposição, independentemente das maneiras, não importa).
Vamos adiante, uma geração de jovens estigmatizados por uma esperança mórbida, de viver o já (porque o amanhã não traz recompensas), de nações na bancarrota, de um espraiar do relativismo nas decisões com relação ao próximo e eteceres.
Eis os desafios a ser enfrentado pela Igreja de Cristo, ser uma utopia possível e pulsátil, olhar para a vida e ciente de suas ambiguidades, contingências e tensões e, mesmo assim, ser um eco de contraponto, de andar na contramação de um cenário pelo qual vidas são mensuradas - segundo podem oferecer.
O texto de Isaías 61. 1 a 8 os chamada para romper com as conveniências, com o individualismo, com a panaceia dos predestinados e ungidos, com o cada um no seu quadrado e desatar as cordas com o propósito de ser igreja nas respostas, nas decisões e nas posturas, presente e atuante no mundo, por mais complexo possa ser.
Ademais, quem porfia ir à direção oposta, regurgita o sacrifício de Cristo.
Os trabalhados efetuados por Raul Seixas sempre acarretaram uma pletora de comentários ácidos, nos mais diversificados âmbitos sociais. Por ora, valho - me de um de suas canções, ao qual, de certo, traça uma análise depurada do indivíduo adequado aos parâmetros e preceitos d de uma realidade conformada.
A expressão, eu devia estar contente '' por isso, aquilo e acolá'' (grifo pessoal) rege os enredos de sua música. Aproveito, então, a propícia oportunidade e inquiro sobre um fenômeno de conformismo incrustado nos relevos da nominada igreja evangélica.
Afinal de contas, não devemos estar contentes por, agora, não sermos mais tão hostilizados e palcos de galhofas, por logramos o contingente de mais de quarenta milhões, por adquirirmos (com ressalvas) dimensões de participação nas vertentes da política e do sistema midiático de comunicação massiva (os programas evangelísticos não me deixar a deriva), por uma coqueluche evangélica, por artistas considerados gospel se apresentar em emissoras do porte de uma rede globo e por ai vai.
Dou mais algumas pitadas, os suntuosos templos, ícones ou uma versão de super - heróis dos púlpitos que parecem substituir a salvação alicerçada e firmada na Cruz de Sangue e de uma decisão peremptória pelo ser humano não devem suscitar um estado de satisfação, de êxtase, de vivacidade e de reconhecimento?
Agora, o texto de Isaías 61. 01 a 08 vem como uma bigorna de gelo e atinge frontalmente todo esse monumental contexto, embora muitos reajam com relutância e ojeriza.
É bem verdade, por mais articulações voltadas a costurar uma parcimônia do evangelho de Cristo aos ideais e as ideologias dos homens, ao esmiuçarmos cada linha das boas - notícias, culminamos na nascente do serviço, da importância do próximo na nossa existência e história, no significado precípuo e incontestável da criação e da reconciliação, no sentido de ser igreja.
Devo reconhecer, lugubremente, os megalomaníacos prosseguem a torto e a direita nos arraiais evangélicos, como ocorreu na época de Jesus, e lançam as massas malogradas e desesperançadas a uma relação com Deus espúria, movida pelo meio de trocas e favores, nada mais e nada menos.
Sem titubear, chego, e quem sabe você também, sobre a relevância de não execrarmos a igreja, mas sim elucubrarmos, com seriedade e sinceridade, no tocante ao papel de cada um de nós, como discípulos ou expectadores, como servos ou consumidores inveterados, como testemunhas ou andarilhos a procura de novidades.
Retomo ao fio da meada e enfoco se há condição de nos alinharmos a um aparente contentamento, sem qualquer fatalismo ou discurso eivado de aversão capitalista, quando extraímos, dia a dia, um processo inexorável de coisificação do ser humano (ou seja, tratado e adaptado a ser visto como um objetivo de consumo; basta verificar o big brother, a sede das pessoas por exposição, independentemente das maneiras, não importa).
Vamos adiante, uma geração de jovens estigmatizados por uma esperança mórbida, de viver o já (porque o amanhã não traz recompensas), de nações na bancarrota, de um espraiar do relativismo nas decisões com relação ao próximo e eteceres.
Eis os desafios a ser enfrentado pela Igreja de Cristo, ser uma utopia possível e pulsátil, olhar para a vida e ciente de suas ambiguidades, contingências e tensões e, mesmo assim, ser um eco de contraponto, de andar na contramação de um cenário pelo qual vidas são mensuradas - segundo podem oferecer.
O texto de Isaías 61. 1 a 8 os chamada para romper com as conveniências, com o individualismo, com a panaceia dos predestinados e ungidos, com o cada um no seu quadrado e desatar as cordas com o propósito de ser igreja nas respostas, nas decisões e nas posturas, presente e atuante no mundo, por mais complexo possa ser.
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