Palavra do leitor
- 19 de outubro de 2019
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Os princípios da Reforma Protestante
Em 31 de outubro lembramos a Reforma Protestante, da qual apresentaremos sucintamente os seus princípios, tão necessários hoje.
SOLA SCRIPTURA (só a Escritura) – Esse princípio firma a absoluta supremacia da Palavra de Cristo, a Bíblia. Numa igreja sempre busca algo além da Bíblia, criando mirabolâncias religiosas e doutrinas segundo corruptos corações, esse princípio afirma que as Escrituras Sagradas são a única regra de fé e de prática do crente. Nada se deve acrescentar à Santa Palavra e tudo nela deve ser cumprido à risca (Sl 119.4). Essa volta às Escrituras significou volta ao próprio Cristo, pois ele é a Palavra encarnada. (Jo 1:14).
SOLA GRATIA, SOLA FIDE, SOLUS CHRISTUS (só a graça, só a fé, só Cristo) – Esses princípios, juntos, firmam a supremacia da mediação de Cristo na salvação pela graça mediante a fé. Resumidamente, eles afirmam a justificação pela fé em Cristo somente, por meio da fé, tendo Cristo como o centro, o protagonista do pacto da redenção humana. Não é pelas obras, é pela fé. Não é pelos méritos humanos, é pela graça. Não é por mediação de Maria ou intercessão de "santos", é só por Cristo, único mediador! Ninguém pode, com "sua" fé, manipular/sensibilizar Deus com cerimonialismos espetaculosos, peripécias religiosas, infindáveis orações ocas, sacrifícios vazios ou obras sociais melosas ou sacrificiais. O cultuamento bíblico e as boas obras vêm como consequência da união com Cristo pela fé: "Pela graça sois salvos mediante a fé, e isso não vem de vós é dom de Deus, não de obras para que ninguém se glorie" (Ef 2:8,9). Hoje, pessoas vivas e mortas são colocadas para intermediar a salvação e o acesso a Deus, por isso o apóstolo Paulo afirma categoricamente que só existe um mediador que é Cristo: "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus..." (1Timóteo 2:5). O próprio Cristo afirma sua mediação exclusiva e inegociável: "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14:6). A Escritura afirma que o véu (cortina) do Templo em Jerusalém se rasgou de alto a baixo (Mt 27:51) no mesmo momento em que Cristo morreu na cruz, significando a morte dele, mas também que não há mais mediadores humano para se chegar a Deus. Somente Cristo é o Mediador, somente Cristo nos concede graça, somente Cristo nos concede fé.
SOLI DEO GLÓRIA (glória somente a Deus) – Num tempo em que líderes religiosos chamam glória para si como "homens de fé", afirmando-se "ungidos", "profetas" e "apóstolos", este princípio proclama aos fiéis que a toda glória pertence a Deus, não a santos mortos ou líderes vivos, somente a Deus. Por isso, os Símbolos de Fé de Westminster doutrinam: "1. Qual é o fim supremo e principal do homem? Resposta. O fim supremo e principal do homem e glorificar a Deus e alegra-se nele para sempre. Rm. 11:36; 1 Co. 10:31; Sl. 73:24-26; Jo 17:22-24." (Catecismo Maior de Westminster, pergunta 1). Ora, glorificar a Deus significa glorificar a Cristo, porque Cristo é Deus, pois "nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade"(Cl 2.9). Sendo, pois, a glorificação de Cristo a finalidade suprema da vida do crente, então isso deve estar presente em todas as áreas da nossa vida, conforme o texto de 1 Co 10:31: "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus".
SACERDÓCIO UNIVERSAL DOS CRENTES (cada crente como sacerdote de Deus) – além dos cinco princípios acima, este sexto princípio foi agregado posteriormente como um consenso entre os reformadores. O crente genuíno é um sacerdote real, podendo dirigir-se e agir em nome de Deus sem intermediação de qualquer outro ser humano: "Acheguemo-nos, portanto, confiadamente junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna" (Hb 4:16). O sacerdócio real é exercido no serviço do crente na igreja, nos momentos de adoração e na primordial tarefa de evangelização: "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pe 2.9). Ao proclamar Cristo, atuamos como sacerdotes, tendo Cristo como o grande Sumo Sacerdote.
Os princípios da Reforma trazem implicações atualíssimas. Deus, o verdadeiro autor da Reforma Protestante, continua desafiando os crentes a viverem esses compromissos: compromisso com a prática incondicional da Palavra de Cristo, a Bíblia; compromisso com Cristo como único Salvador e Senhor, a ser obedecido; compromisso com uma fé sincera e piedosa, que agrada a Cristo, debruçada em sua graça maravilhosa e misericordiosa; compromisso com um empenho contínuo e crescente na obra de evangelização, apressando a segunda vinda de Cristo; compromisso de, se Deus fizer algo maravilhoso por nosso intermédio, creditar a Cristo toda a glória! Que assim seja!
• Aldair Ribeiro dos Santos.
aldairrr@hotmail.com
SOLA SCRIPTURA (só a Escritura) – Esse princípio firma a absoluta supremacia da Palavra de Cristo, a Bíblia. Numa igreja sempre busca algo além da Bíblia, criando mirabolâncias religiosas e doutrinas segundo corruptos corações, esse princípio afirma que as Escrituras Sagradas são a única regra de fé e de prática do crente. Nada se deve acrescentar à Santa Palavra e tudo nela deve ser cumprido à risca (Sl 119.4). Essa volta às Escrituras significou volta ao próprio Cristo, pois ele é a Palavra encarnada. (Jo 1:14).
SOLA GRATIA, SOLA FIDE, SOLUS CHRISTUS (só a graça, só a fé, só Cristo) – Esses princípios, juntos, firmam a supremacia da mediação de Cristo na salvação pela graça mediante a fé. Resumidamente, eles afirmam a justificação pela fé em Cristo somente, por meio da fé, tendo Cristo como o centro, o protagonista do pacto da redenção humana. Não é pelas obras, é pela fé. Não é pelos méritos humanos, é pela graça. Não é por mediação de Maria ou intercessão de "santos", é só por Cristo, único mediador! Ninguém pode, com "sua" fé, manipular/sensibilizar Deus com cerimonialismos espetaculosos, peripécias religiosas, infindáveis orações ocas, sacrifícios vazios ou obras sociais melosas ou sacrificiais. O cultuamento bíblico e as boas obras vêm como consequência da união com Cristo pela fé: "Pela graça sois salvos mediante a fé, e isso não vem de vós é dom de Deus, não de obras para que ninguém se glorie" (Ef 2:8,9). Hoje, pessoas vivas e mortas são colocadas para intermediar a salvação e o acesso a Deus, por isso o apóstolo Paulo afirma categoricamente que só existe um mediador que é Cristo: "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus..." (1Timóteo 2:5). O próprio Cristo afirma sua mediação exclusiva e inegociável: "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14:6). A Escritura afirma que o véu (cortina) do Templo em Jerusalém se rasgou de alto a baixo (Mt 27:51) no mesmo momento em que Cristo morreu na cruz, significando a morte dele, mas também que não há mais mediadores humano para se chegar a Deus. Somente Cristo é o Mediador, somente Cristo nos concede graça, somente Cristo nos concede fé.
SOLI DEO GLÓRIA (glória somente a Deus) – Num tempo em que líderes religiosos chamam glória para si como "homens de fé", afirmando-se "ungidos", "profetas" e "apóstolos", este princípio proclama aos fiéis que a toda glória pertence a Deus, não a santos mortos ou líderes vivos, somente a Deus. Por isso, os Símbolos de Fé de Westminster doutrinam: "1. Qual é o fim supremo e principal do homem? Resposta. O fim supremo e principal do homem e glorificar a Deus e alegra-se nele para sempre. Rm. 11:36; 1 Co. 10:31; Sl. 73:24-26; Jo 17:22-24." (Catecismo Maior de Westminster, pergunta 1). Ora, glorificar a Deus significa glorificar a Cristo, porque Cristo é Deus, pois "nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade"(Cl 2.9). Sendo, pois, a glorificação de Cristo a finalidade suprema da vida do crente, então isso deve estar presente em todas as áreas da nossa vida, conforme o texto de 1 Co 10:31: "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus".
SACERDÓCIO UNIVERSAL DOS CRENTES (cada crente como sacerdote de Deus) – além dos cinco princípios acima, este sexto princípio foi agregado posteriormente como um consenso entre os reformadores. O crente genuíno é um sacerdote real, podendo dirigir-se e agir em nome de Deus sem intermediação de qualquer outro ser humano: "Acheguemo-nos, portanto, confiadamente junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna" (Hb 4:16). O sacerdócio real é exercido no serviço do crente na igreja, nos momentos de adoração e na primordial tarefa de evangelização: "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pe 2.9). Ao proclamar Cristo, atuamos como sacerdotes, tendo Cristo como o grande Sumo Sacerdote.
Os princípios da Reforma trazem implicações atualíssimas. Deus, o verdadeiro autor da Reforma Protestante, continua desafiando os crentes a viverem esses compromissos: compromisso com a prática incondicional da Palavra de Cristo, a Bíblia; compromisso com Cristo como único Salvador e Senhor, a ser obedecido; compromisso com uma fé sincera e piedosa, que agrada a Cristo, debruçada em sua graça maravilhosa e misericordiosa; compromisso com um empenho contínuo e crescente na obra de evangelização, apressando a segunda vinda de Cristo; compromisso de, se Deus fizer algo maravilhoso por nosso intermédio, creditar a Cristo toda a glória! Que assim seja!
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