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Palavra do leitor

Nem uma unha!

Caro leitor, olhe para uma de suas mãos e entre os dedos, por alguns instantes, escolha e observe bem uma unha...

Moisés, o libertador do povo no Egito, nos embates com faraó, ouviu muitas negociações maliciosas. A primeira delas, faraó pressionado a liberar o povo por conta da praga das moscas, lhe propõe que ele oferecesse sacrifícios ao seu Deus ali mesmo. Ele percebeu a sua astúcia e disse-lhe: "se oferecermos tais sacrifício perante os olhos dos egípcios, não nos apedrejarão?" O tipo de sacrifício do judeu era mal visto pelo egípcio, e isso seria uma armadilha fatal. Moisés rejeita e insiste em sair do Egito indo por três dias pelo deserto para adorar Yahveh.

Deus tem um lugar especial para cada um de nós; os princípios do Reino são inegociáveis, devemos estar sóbrios e vigilantes à malícia travestida de belo convite para nos prender na escravidão. Que o poder reluzente do Egito não nos seduza e engane. Muitos ficam presos por lá.

Faraó, vendo Moisés relutante, lhe faz outra proposta: "ok, vá, mas não muito longe... ore por mim também." Quando o mundo vê que somos convictos, ele finge concordar, mas diz para não sermos radicais. Estar no Egito ou próximo dele da no mesmo. Tenha convicção plena de qual é o seu lugar, tempo, e forma certa para tudo. Um lindo convite pode maquiar algo indecente. Há pessoas que nos seduzem fingindo querer aproximar-se de nosso Deus: "Ore por mim", mas é só distração, roubo de tempo para nos desviar do caminho.
Já no auge da oitava praga, a dos gafanhotos, e o povo criticando faraó por conta de um Egito arruinado, é proposto a Moisés liberar somente os homens, ficando suas famílias e pertences. Os homens, líderes, cabeças, foram seduzidos na sua alma para uma oportunidade de liberdade, mas recusaram. Muitos homens caem na sedução de se afastarem de suas famílias, põem em jogo seu patrimônio por uma falsa liberdade, e o fim é trevas. Com família não se barganha, ela é o maior patrimônio.

Por fim, na praga da escuridão sobre o Egito, Faraó, diante da calamidade, propõe liberar todo o povo, mas que ficassem somente o gado. Aparentemente, a liberdade em detrimento do gado seria plausível diante de tão poderoso inimigo, entretanto, no deserto, a proposta de Yahveh era que o adorassem através dos holocaustos. Moisés novamente é firme e sábio; sabe do grande valor dos sacrifícios; é consciente do seu poder e retorno. Nega mais uma vez e encerra: NEM UMA UNHA FICARÁ!

Tua família, teus bens, teus talentos, até o mais simples ou irrelevante, pertence ao Senhor e é para sua glória. Ele se importa, cuida e pede contas.

Leitor, olhe outra vez para sua unha...
Nada, nada ficará no inferno. Nem uma unha!!

Ministração Pr Rina, Bola de Neve, 2004 – Barra da Tijuca, RJ. Adaptação/Artigo: Pr/Escritor Albanísio A. Ribeiro
Rio De Janeiro - RJ
Textos publicados: 89 [ver]
Site: http://albanisioribeiro.blogspot.com.br/

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