Palavra do leitor
- 19 de março de 2013
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Fé e vida - uma relação onde o divórcio é inaceitável
A fé é algo importante para aqueles que a tem. Ela é importante porque afeta todas as áreas da vida. Quem tem fé, mas tem uma vida em desarmonia com ela, pode não saber, mas vive uma incoerência, uma mentira, uma ilusão!
Quando falo em fé, não estou falando do simples ato de aceitar a existência de algo ou alguém, mas da fé que vem pelo ouvir a Palavra de Deus, aquela fé que não se pode ter em si ou nos outros, apenas em Deus.
Desta fé falou Paulo, apóstolo, quando referiu-se a si mesmo como alguém vocacionado à chamar as nações para "obediência que vem pela fé" (RM 1.5). Esta fé encarna-se com a obediência e a obediência deve ser fruto da fé e não do medo.
Isso me leva a três observações:
1- Como a fé vem pelo a Palavra de Deus, a má compreensão desta Palavra, nos leva a crer de maneira errada e ao cremos de forma errada viveremos de maneira errada. Por isso devemos sim nos preocupar com coisas como hermenêutica, exegese, línguas originais, pois tudo isso faz parte da interpretação bíblica. E hoje em dia todo mundo pode ter acesso a bons livros, comentários bíblicos, dicionários que possam nos ajudar e com preços acessíveis. O estudo da teologia não é para quem vai ser pastor ou algo do tipo, mas para qualquer pessoa que desejar conhecer melhor a bíblia.
2- Uma das declarações que se encontram nos dois testamentos é a que "o justo vive pela fé" e embora Paulo a use para apresentar a 'justificação pela fé', ela revela que a viva cristã é decorrência direta daquilo que cremos. Sendo assim, a fé deve influenciar todas as nossas decisões, relacionamentos, projetos e o que mais houver. Por exemplo, como considerar a possibilidade de se relacionar de forma íntima com alguém que não compartilhe a mesma fé que a minha? Como considerar uma pratica comum em determinado espaço, mas contrário a minha fé? Não se pode separar a fé de qualquer um desses elementos, pois se assim fizermos estaremos causando um dano a nós mesmo. É baseado nisso que posso ratificar que um cristão não pode falar sobre de si fazendo separação entre sua vida espiritual e outra qualquer "vida" (p.e. particular, financeira, relacional).
3- A cada dia que passa percebo a importância de si identificar como cristão confessional, onde ao decidir fazer parte de uma determinada igreja, considere importante o credo daquela igreja ou invés de fatores como música ou pessoas.
No demais, deixo-vos com as palavras do teólogo latino-americano René Padilla:
"Se a autoridade de Cristo se estende sobre toda criação, o povo que confessa seu nome é chamado a relacionar sua fé com a totalidade da vida humana e da história. Nada que afete o homem e sua história está isento da necessidade e da possibilidade de colocar-se em submissão a Cristo, e nada, portanto está fora da esfera do interesse cristão e missionário." *
* PADILLA, René. O que é Missão Integral. Viçosa: Editora Ultimato. 2009, p.117
Quando falo em fé, não estou falando do simples ato de aceitar a existência de algo ou alguém, mas da fé que vem pelo ouvir a Palavra de Deus, aquela fé que não se pode ter em si ou nos outros, apenas em Deus.
Desta fé falou Paulo, apóstolo, quando referiu-se a si mesmo como alguém vocacionado à chamar as nações para "obediência que vem pela fé" (RM 1.5). Esta fé encarna-se com a obediência e a obediência deve ser fruto da fé e não do medo.
Isso me leva a três observações:
1- Como a fé vem pelo a Palavra de Deus, a má compreensão desta Palavra, nos leva a crer de maneira errada e ao cremos de forma errada viveremos de maneira errada. Por isso devemos sim nos preocupar com coisas como hermenêutica, exegese, línguas originais, pois tudo isso faz parte da interpretação bíblica. E hoje em dia todo mundo pode ter acesso a bons livros, comentários bíblicos, dicionários que possam nos ajudar e com preços acessíveis. O estudo da teologia não é para quem vai ser pastor ou algo do tipo, mas para qualquer pessoa que desejar conhecer melhor a bíblia.
2- Uma das declarações que se encontram nos dois testamentos é a que "o justo vive pela fé" e embora Paulo a use para apresentar a 'justificação pela fé', ela revela que a viva cristã é decorrência direta daquilo que cremos. Sendo assim, a fé deve influenciar todas as nossas decisões, relacionamentos, projetos e o que mais houver. Por exemplo, como considerar a possibilidade de se relacionar de forma íntima com alguém que não compartilhe a mesma fé que a minha? Como considerar uma pratica comum em determinado espaço, mas contrário a minha fé? Não se pode separar a fé de qualquer um desses elementos, pois se assim fizermos estaremos causando um dano a nós mesmo. É baseado nisso que posso ratificar que um cristão não pode falar sobre de si fazendo separação entre sua vida espiritual e outra qualquer "vida" (p.e. particular, financeira, relacional).
3- A cada dia que passa percebo a importância de si identificar como cristão confessional, onde ao decidir fazer parte de uma determinada igreja, considere importante o credo daquela igreja ou invés de fatores como música ou pessoas.
No demais, deixo-vos com as palavras do teólogo latino-americano René Padilla:
"Se a autoridade de Cristo se estende sobre toda criação, o povo que confessa seu nome é chamado a relacionar sua fé com a totalidade da vida humana e da história. Nada que afete o homem e sua história está isento da necessidade e da possibilidade de colocar-se em submissão a Cristo, e nada, portanto está fora da esfera do interesse cristão e missionário." *
* PADILLA, René. O que é Missão Integral. Viçosa: Editora Ultimato. 2009, p.117
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