Palavra do leitor
- 07 de agosto de 2007
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Diótrefes
No primeiro século da Era Cristã, as igrejas já podiam contar com uma forte liderança, que as levavam cada vez mais a se firmarem nos ensinos de Jesus passados pelos apóstolos. Nem todas as igrejas tinham seus pastores locais; algumas eram dirigidas por missionários e evangelistas itinerantes, outras por diáconos e presbíteros e ainda outras por um líder local através de cartas e orientações apóstolicas. Mas, seja qual fosse o modelo de liderança adotado de acordo com as circunstâncias das igrejas, o que realmente importava era a sua posição de firmeza diante das lutas e perseguições existentes. As igrejas, mesmo perseguidas, se esforçavam para manter acesa a chama de sua vocação e o ardor de seu testemunho. Elas entendiam a mensagem de Jesus e cumpriam a sua vontade frente ao mundo que as rodeava.
Mas, na igreja de Pérgamo, havia um líder, diácono ou postulante a presbítero, que parecia desconhecer o ensino de Jesus sobre o serviço da liderança. Diótrefes era esse líder. Ele era egoísta, arrogante e maldoso. O mal que Diótrefes causava àquela igreja era tanto, que o apóstolo João o denunciou através de sua terceira carta: "Escrevi à igreja, mas Diótrefes, que gosta muito de ser o mais importante entre eles, não nos recebe. Portanto, se eu for, chamarei a atenção dele para o que está fazendo com suas palavras maldosas contra nós. Não satisfeito com isso, ele se recusa a receber os irmãos, impede os que desejam recebê-los e os expulsa da igreja" (3 Jo 1.9-10 - NVI). O que podemos perceber no texto citado é que, para João, os motivos que governavam a conduta de Diótrefes não eram nem teológico nem sociais nem eclesiásticos, mas morais. A raiz do problema era o pecado. "Diótrefes... gosta muito de ser o mais importante"; "gosta de exercer a primazia"; "gosta de se colocar em primeiro lugar"; "gosta de ter a preeminência". Ele não compartilhava o propósito do Pai, que em todas as coisas Cristo tivesse a preeminência (Cl 1.8). Ele queria ser o mais importante. Estava ávido de posição e poder. Ele não tinha dado ouvidos às advertências de Jesus contra a ambição e desejo de domínio: "Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornarse importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos" (Mc 10.42-44 - NVI). Seu amor-próprio secreto irrompeu na conduta anti-social levando-o a proferir palavras maldosas e não exercer a hospitalidade aos pregadores itinerantes que comumente visitavam a igreja (3 Jo 1.8). Por alguma razão, Diótrefes se ofendia com a intrusão dos mestres itinerantes. Ele não os honrava por saírem "por causa do Nome" (3 Jo 1.7); estava mais interessado na glória do seu próprio nome. Talvez não tivesse melhor razão para recusar acolhida a estes estrangeiros do que o fato de João ter ordenado isso. Ele não os teria em seu lar e não lhes daria ajuda, e aos que quiseram obedecer a João e recebê-los, ele primeiro os impediu de levarem a efeito o seu desejo e depois os expulsou da igreja. O amor-próprio vicia todas as relações. Diótrefes difamou a João, tratou com pouco caso os missionários e excomungou os crentes leais porque queria ter a primazia.
A vaidade pessoal ainda está na maioria das dissensões em toda igreja local hoje. O Diótrefes de ontem é ainda o Diótrefes de Hoje. A sede de poder, a arrogância, o estrelismo, o ser o destaque, o ser o centro das atenções são elementos anticristãos na vida de muitos crentes hoje em dia. Pessoas que não medem as conseqüências e não se importam com ninguém para estarem sempre em evidência. Querem ser o foco, aparecer e tomar para si a liderança quando não foram investidas para isso. Crentes assim precisam aprender com João Batis-ta sobre a virtude da humildade: "É necessário que ele (Jesus) cresça e que eu diminua" (Jo 3.30 - NVI). Precisam compreender e admitir que nós é que somos os servos, e que no Reino de Deus os valores são invertidos: o maior é o menor e o menor é o maior. Devemos adotar como divisa as palavras do apóstolo Pedro, que afirmou: "Sejam todos humildes uns para com os outros, porque Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes" (1 Pe 5.5b - NVI). E o maior exemplo de humildade encontramos na Pessoa de Jesus, que afirmou: "Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mc 10.45 - NVI).
Portanto, ser Diótrefes é ser do mal, pois as palavras más e as más obras (2 Jo 11) emanam do Maligno, que desde o princípio sempre quis ter a supremacia e que por isto foi destituído da presença de Deus. O conselho de João para nós é este: "Amado, não imite o que é mau, mas sim o que é bom. Aquele que faz o bem é de Deus; aquele que faz o mal não viu a Deus" (2 Jo 11 - NVI).
Sejamos diferentes; mostremos a todos, por nossas boas obras, que de fato pertencemos a Deus que é o Amor! Sola Gratia!
Mas, na igreja de Pérgamo, havia um líder, diácono ou postulante a presbítero, que parecia desconhecer o ensino de Jesus sobre o serviço da liderança. Diótrefes era esse líder. Ele era egoísta, arrogante e maldoso. O mal que Diótrefes causava àquela igreja era tanto, que o apóstolo João o denunciou através de sua terceira carta: "Escrevi à igreja, mas Diótrefes, que gosta muito de ser o mais importante entre eles, não nos recebe. Portanto, se eu for, chamarei a atenção dele para o que está fazendo com suas palavras maldosas contra nós. Não satisfeito com isso, ele se recusa a receber os irmãos, impede os que desejam recebê-los e os expulsa da igreja" (3 Jo 1.9-10 - NVI). O que podemos perceber no texto citado é que, para João, os motivos que governavam a conduta de Diótrefes não eram nem teológico nem sociais nem eclesiásticos, mas morais. A raiz do problema era o pecado. "Diótrefes... gosta muito de ser o mais importante"; "gosta de exercer a primazia"; "gosta de se colocar em primeiro lugar"; "gosta de ter a preeminência". Ele não compartilhava o propósito do Pai, que em todas as coisas Cristo tivesse a preeminência (Cl 1.8). Ele queria ser o mais importante. Estava ávido de posição e poder. Ele não tinha dado ouvidos às advertências de Jesus contra a ambição e desejo de domínio: "Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornarse importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos" (Mc 10.42-44 - NVI). Seu amor-próprio secreto irrompeu na conduta anti-social levando-o a proferir palavras maldosas e não exercer a hospitalidade aos pregadores itinerantes que comumente visitavam a igreja (3 Jo 1.8). Por alguma razão, Diótrefes se ofendia com a intrusão dos mestres itinerantes. Ele não os honrava por saírem "por causa do Nome" (3 Jo 1.7); estava mais interessado na glória do seu próprio nome. Talvez não tivesse melhor razão para recusar acolhida a estes estrangeiros do que o fato de João ter ordenado isso. Ele não os teria em seu lar e não lhes daria ajuda, e aos que quiseram obedecer a João e recebê-los, ele primeiro os impediu de levarem a efeito o seu desejo e depois os expulsou da igreja. O amor-próprio vicia todas as relações. Diótrefes difamou a João, tratou com pouco caso os missionários e excomungou os crentes leais porque queria ter a primazia.
A vaidade pessoal ainda está na maioria das dissensões em toda igreja local hoje. O Diótrefes de ontem é ainda o Diótrefes de Hoje. A sede de poder, a arrogância, o estrelismo, o ser o destaque, o ser o centro das atenções são elementos anticristãos na vida de muitos crentes hoje em dia. Pessoas que não medem as conseqüências e não se importam com ninguém para estarem sempre em evidência. Querem ser o foco, aparecer e tomar para si a liderança quando não foram investidas para isso. Crentes assim precisam aprender com João Batis-ta sobre a virtude da humildade: "É necessário que ele (Jesus) cresça e que eu diminua" (Jo 3.30 - NVI). Precisam compreender e admitir que nós é que somos os servos, e que no Reino de Deus os valores são invertidos: o maior é o menor e o menor é o maior. Devemos adotar como divisa as palavras do apóstolo Pedro, que afirmou: "Sejam todos humildes uns para com os outros, porque Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes" (1 Pe 5.5b - NVI). E o maior exemplo de humildade encontramos na Pessoa de Jesus, que afirmou: "Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mc 10.45 - NVI).
Portanto, ser Diótrefes é ser do mal, pois as palavras más e as más obras (2 Jo 11) emanam do Maligno, que desde o princípio sempre quis ter a supremacia e que por isto foi destituído da presença de Deus. O conselho de João para nós é este: "Amado, não imite o que é mau, mas sim o que é bom. Aquele que faz o bem é de Deus; aquele que faz o mal não viu a Deus" (2 Jo 11 - NVI).
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