Palavra do leitor
- 31 de outubro de 2008
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Controle Absoluto
Fui ao cinema assistir Controle Absoluto, e como era de se esperar, o filme é mais uma baboseira americana com idéias messiânicas num imaginário de conspirações idiotas do que qualquer outra coisa mais construtiva. Contudo, o que me levou ao cinema foi mesmo o título do filme e o convite para assisti-lo. Gosto de títulos de filme e de uma boa companhia, mas, às vezes, os títulos são mais interessantes do que o próprio filme e a companhia melhor que ambos. Por outro lado, Controle Absoluto me fez lembrar o ambiente religioso que há algum tempo eu tenho questionado.
Schopenhauer já disse certa vez que se um homem não ponderar por si o que sabe, certamente não terá conhecimento sobre o que pensa saber. E viver sem ter consciência do que sabe, é viver como se nada soubesse. Ademais, questionar é ponderar. Não há como ponderar alguma questão se você não a questiona. Assim, o conhecimento realizado a respeito de quem você é, do que você faz, em que você crê, somente é possível por meio do ato de refletir crítica e propriamente o que se entende saber. Contudo, a idéia de controle absoluto está no fato de que a religião proíbe questionamentos sobre os aspectos da vida, com isso, está claro que a religião quer controlar a vida das pessoas.
Na verdade, a religião é um caminho fugaz da vida. As pessoas se escondem no espectro religioso, a religião vive e pensa por elas. Quando você adentra para um grupo religioso, você passa a ser argüido pelos lugares que freqüenta, pelas pessoas com quem convive, pelo que come, bebe, e por tantos outros comportamentos. O fato essencial que lhe motivou a entrar no gueto religioso torna-se periférico diante das bizarras cobranças comportamentais. Esquecem que essa pressão avaliadora de desempenho pode minar as iniciativas que buscam uma aproximação mais simples e real com Deus.
Assim caminha a religião, em controle absoluto para com seus fiéis. E Schopenhauer ainda afirma que religião é a metafísica das massas, com uma investidura alegórica da verdade. A religião brinca com nossos sentimentos, em uma eterna tensão de pânico e euforia, de comédia e terror. Nietzsche expressou muito bem isso, quando disse que o cristianismo nasceu para aliviar o coração; mas agora deve primeiro oprimi-lo, para mais adiante poder aliviá-lo. A religião nos conduz a essa dialética extrema, de sentimentos e sensações contraditórias, e, por conseguinte, de uma vida contraditória.
Não sei ao certo qual caminho percorrer, mas, sei que não devo trilhar o caminho da mediocridade, seguindo as pegadas incestuosas da religião. A religião não pode me controlar ou me manipular, e por mais que tentem me dominar, haverá sempre razão pra me esquivar e perceber que existe uma vida real lá fora. O Controle Absoluto não faz parte da minha vida, só em ficção, por isso, eu prefiro estar nas mãos Daquele que é Absoluto, e que não tem intenção nenhuma de ficar me controlando.
www.bomlider.com.br
Schopenhauer já disse certa vez que se um homem não ponderar por si o que sabe, certamente não terá conhecimento sobre o que pensa saber. E viver sem ter consciência do que sabe, é viver como se nada soubesse. Ademais, questionar é ponderar. Não há como ponderar alguma questão se você não a questiona. Assim, o conhecimento realizado a respeito de quem você é, do que você faz, em que você crê, somente é possível por meio do ato de refletir crítica e propriamente o que se entende saber. Contudo, a idéia de controle absoluto está no fato de que a religião proíbe questionamentos sobre os aspectos da vida, com isso, está claro que a religião quer controlar a vida das pessoas.
Na verdade, a religião é um caminho fugaz da vida. As pessoas se escondem no espectro religioso, a religião vive e pensa por elas. Quando você adentra para um grupo religioso, você passa a ser argüido pelos lugares que freqüenta, pelas pessoas com quem convive, pelo que come, bebe, e por tantos outros comportamentos. O fato essencial que lhe motivou a entrar no gueto religioso torna-se periférico diante das bizarras cobranças comportamentais. Esquecem que essa pressão avaliadora de desempenho pode minar as iniciativas que buscam uma aproximação mais simples e real com Deus.
Assim caminha a religião, em controle absoluto para com seus fiéis. E Schopenhauer ainda afirma que religião é a metafísica das massas, com uma investidura alegórica da verdade. A religião brinca com nossos sentimentos, em uma eterna tensão de pânico e euforia, de comédia e terror. Nietzsche expressou muito bem isso, quando disse que o cristianismo nasceu para aliviar o coração; mas agora deve primeiro oprimi-lo, para mais adiante poder aliviá-lo. A religião nos conduz a essa dialética extrema, de sentimentos e sensações contraditórias, e, por conseguinte, de uma vida contraditória.
Não sei ao certo qual caminho percorrer, mas, sei que não devo trilhar o caminho da mediocridade, seguindo as pegadas incestuosas da religião. A religião não pode me controlar ou me manipular, e por mais que tentem me dominar, haverá sempre razão pra me esquivar e perceber que existe uma vida real lá fora. O Controle Absoluto não faz parte da minha vida, só em ficção, por isso, eu prefiro estar nas mãos Daquele que é Absoluto, e que não tem intenção nenhuma de ficar me controlando.
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