Palavra do leitor
- 04 de janeiro de 2014
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Batman, o Cavaleiro das Trevas, e Jesus: Heróis ou Vilões? (parte I)
Heróis ou Vilões?
O filme Batman, o cavaleiro das trevas, discorre uma abordagem franca, aberta e direta sobre a legitimidade de nossas decisões. Sem titubear, os personagens de maior relevância, além do suposto defensor da justiça, caso do Promotor Harven, do comissário Gordan e do megalomaníaco Coringa, nos levam a repensarmos e revermos determinadas posições e princípios considerados como fios condutores da sociedade.
Afinal de contas, percebe – se, na dinâmica imprimida na narrativa, um chamado sobre a validade dos valores e das verdades regentes. De observar, até que ponto as estratégias utilizadas pelo tolerado herói de preto encontra respaldo, a partir do momento que efetuamos uma analise, segundo o espectro do certo e do errado?
Será aceitável a aplicação de mecanismos tecnológicos a fim de monitorar toda a metrópole de Ghotan, por meio dos celulares dos tidos cidadãos comuns, com o pretexto de encontrar seu suposto algoz e evitar a carnificina de vidas inocentes? Eis aqui uma aguda discussão no tocante a questão da preservação da intimidade, da privacidade e da individualidade e a atenção com nítido enfoque ao bem – estar da coletividade?
Aliás, o filme destaca a questão das decisões cruciais, como a cena, em que civis (as ditas pessoas de bem) se encontravam num barco, e, noutro barco, condenados de alta periculosidade (a escória, as aberrações, as mazelas).
Neste momento, o Coringa concede uma opção, tanto para um quanto como para outro, para quem acionar o detonador, não morrerá. Então, quem deveria morrer? Os denominados criminosos ou os civis? A cena estabelece uma reflexão no que se refere a vida e suas fronteiras (e aqui envolve temas, tais como a pena de morte, a eutanásia, o aborto).
Não por menos, a constatação da corrupção instalada e infestada por todas as capilaridades do sistema legal, quando da visita do Coringa ao combalido Promotor, no hospital de Gothan, mostra – nos o vácuo de toda a retórica sobre justiça, dignidade, lealdade, moralidade e, estranhamente, imprescindível para manter tudo no seu devido lugar.
Vou adiante, o autor da presente obra nos convida a pararmos, em meio a tresloucada realidade de cada dia, a fim de repensarmos e revermos os rumos de um discurso voltado a engrandecer a autonomia, a prevalência do individuo autárquico, a panaceia de uma ética utilitária, de uma fé individualista, de uma esperança relativista e de uma felicidade imediatista e descartável.
Na mesma linha de raciocínio, somos impelidos a abrir o jogo e reconhecer a urgência de se encontrar um equilíbrio, entre a interferência das instâncias públicas na esfera da liberdade e suas vertentes. Torna – se – á digerível anular a dimensão da particularidade, em detrimento aos justificáveis interesses da nação?
Em suma, Batman, o cavaleiro das trevas, traz a tona a crua e nua busca por repensar e rever as regras do jogo e, provavelmente, correspondente ação não acarretará mudanças apocalípticas, num piscar de olhos. Mesmo cientes de ser um ponto de partida, proporcionar – nos – á uma visão com utopias possíveis e que nos direcionem ao encontro do próximo, como parte inegociável para um mundo melhor.
Parto dessas colocações e semelhante as questões apontadas acima, observo a trajetória de Jesus, enquanto esteve corporalmente, neste oikos, mais precisamente em Israel, pode ser concebida como um descortinar de que nem tudo o que era certo, desculpe – me pela redundância, era certo, era justo, era digno, era lúcido e era divino. É bem verdade, muitos, a princípio, o viam como a liderança personalista esperada para o soerguer do novo Israel, ao qual solaparia a crueldade imposta pelos romanos e ouso divagar, com os interesses e idealismos imperantes desses grupos, fundaria outro sistema de dominação e subjugação.
De certo, Jesus descortinou a falsidade de quem se valia de um sistema para obter vantagens e manter tudo no mais belo conformismo de uma ética mais parecida com a prática de esmolas e de uma espiritualidade envolta a ritualismos superficiais e iracundos (sem nenhuma veia de fecundidade e criatividade). No teor desse cenário, os fariseus mantinham as rédeas, através de uma tradição interpretada, obviamente, no âmbito de suas conveniências; os zelotes aspiravam ao dia de uma hecatombe revolucionária, mormente trouxesse o morticínio de milhares e milhares; os essênios permaneciam numa espécie de distanciamento das tensões, em busca de um estado de excelência e por ai vai.
O filme Batman, o cavaleiro das trevas, discorre uma abordagem franca, aberta e direta sobre a legitimidade de nossas decisões. Sem titubear, os personagens de maior relevância, além do suposto defensor da justiça, caso do Promotor Harven, do comissário Gordan e do megalomaníaco Coringa, nos levam a repensarmos e revermos determinadas posições e princípios considerados como fios condutores da sociedade.
Afinal de contas, percebe – se, na dinâmica imprimida na narrativa, um chamado sobre a validade dos valores e das verdades regentes. De observar, até que ponto as estratégias utilizadas pelo tolerado herói de preto encontra respaldo, a partir do momento que efetuamos uma analise, segundo o espectro do certo e do errado?
Será aceitável a aplicação de mecanismos tecnológicos a fim de monitorar toda a metrópole de Ghotan, por meio dos celulares dos tidos cidadãos comuns, com o pretexto de encontrar seu suposto algoz e evitar a carnificina de vidas inocentes? Eis aqui uma aguda discussão no tocante a questão da preservação da intimidade, da privacidade e da individualidade e a atenção com nítido enfoque ao bem – estar da coletividade?
Aliás, o filme destaca a questão das decisões cruciais, como a cena, em que civis (as ditas pessoas de bem) se encontravam num barco, e, noutro barco, condenados de alta periculosidade (a escória, as aberrações, as mazelas).
Neste momento, o Coringa concede uma opção, tanto para um quanto como para outro, para quem acionar o detonador, não morrerá. Então, quem deveria morrer? Os denominados criminosos ou os civis? A cena estabelece uma reflexão no que se refere a vida e suas fronteiras (e aqui envolve temas, tais como a pena de morte, a eutanásia, o aborto).
Não por menos, a constatação da corrupção instalada e infestada por todas as capilaridades do sistema legal, quando da visita do Coringa ao combalido Promotor, no hospital de Gothan, mostra – nos o vácuo de toda a retórica sobre justiça, dignidade, lealdade, moralidade e, estranhamente, imprescindível para manter tudo no seu devido lugar.
Vou adiante, o autor da presente obra nos convida a pararmos, em meio a tresloucada realidade de cada dia, a fim de repensarmos e revermos os rumos de um discurso voltado a engrandecer a autonomia, a prevalência do individuo autárquico, a panaceia de uma ética utilitária, de uma fé individualista, de uma esperança relativista e de uma felicidade imediatista e descartável.
Na mesma linha de raciocínio, somos impelidos a abrir o jogo e reconhecer a urgência de se encontrar um equilíbrio, entre a interferência das instâncias públicas na esfera da liberdade e suas vertentes. Torna – se – á digerível anular a dimensão da particularidade, em detrimento aos justificáveis interesses da nação?
Em suma, Batman, o cavaleiro das trevas, traz a tona a crua e nua busca por repensar e rever as regras do jogo e, provavelmente, correspondente ação não acarretará mudanças apocalípticas, num piscar de olhos. Mesmo cientes de ser um ponto de partida, proporcionar – nos – á uma visão com utopias possíveis e que nos direcionem ao encontro do próximo, como parte inegociável para um mundo melhor.
Parto dessas colocações e semelhante as questões apontadas acima, observo a trajetória de Jesus, enquanto esteve corporalmente, neste oikos, mais precisamente em Israel, pode ser concebida como um descortinar de que nem tudo o que era certo, desculpe – me pela redundância, era certo, era justo, era digno, era lúcido e era divino. É bem verdade, muitos, a princípio, o viam como a liderança personalista esperada para o soerguer do novo Israel, ao qual solaparia a crueldade imposta pelos romanos e ouso divagar, com os interesses e idealismos imperantes desses grupos, fundaria outro sistema de dominação e subjugação.
De certo, Jesus descortinou a falsidade de quem se valia de um sistema para obter vantagens e manter tudo no mais belo conformismo de uma ética mais parecida com a prática de esmolas e de uma espiritualidade envolta a ritualismos superficiais e iracundos (sem nenhuma veia de fecundidade e criatividade). No teor desse cenário, os fariseus mantinham as rédeas, através de uma tradição interpretada, obviamente, no âmbito de suas conveniências; os zelotes aspiravam ao dia de uma hecatombe revolucionária, mormente trouxesse o morticínio de milhares e milhares; os essênios permaneciam numa espécie de distanciamento das tensões, em busca de um estado de excelência e por ai vai.
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