Palavra do leitor
- 21 de abril de 2008
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Ainda existe pentecostalismo histórico no Brasil?
Questiono a existência do pentecostalismo histórico em nosso país. Talvez ele ainda esteja presente nas prateleiras de livros publicados pela CPAD (Casa Publicadora das Assembléias de Deus). Talvez ainda perdure entre pastores mais antigos e líderes nacionais. Certamente ainda é cultivado por crentes que não foram formados nem deformados pela Terceira Onda, do suposto pentecostalismo fetichista e materialista (a partir dos anos 70).
Digo isso porque, embora uma parcela da liderança administrativa e intelectual continue afirmando balizas do pentecostalismo clássico, o que se vê da parte de pregadores de renome é outra coisa: prega-se o triunfalismo, a teologia da prosperidade, a confissão positiva. E isso com o aval dos pastores-presidentes de convenções e de igrejas, porque os pregadores são por eles convidados. São os pregadores itinerantes muito responsáveis, sim, porque influenciam os pregadores locais e principalmente os jovens e os crentes que não estudam a Bíblia. Os crentes "de ouvido" sofrem muito, e transmitem os erros doutrinários com uma facilidade absurda. Assim, o que se entende como pentecostalismo é o que os pregadores e igrejas locais mostram ao público: uma fé que não é confiança na Palavra de Deus, mas disposição mental positiva; milagres como regra de quem vive "no sobrenatural"; batalha espiritual e demonologia sem base bíblica; uso de símbolos em desacordo com as Escrituras; enaltecimento do ser humano e apego ao dinheiro; interpretação de versículos isolados, como amuletos, sem contextualização e sem aplicação de princípios gerais.
Dessa forma, tenho receio de ser rotulado de pentecostal, porque não sei o que o meu interlocutor pensa do ser pentecostal. Há um amálgama, uma mistura confusa de gente multiforme, que se diz pentecostal, mas sem entender o que isso significa.
No final das contas, quem prega e ensina o que a própria denominação tem como doutrina acaba sendo visto como estranho, frio ou herético.
Digo isso porque, embora uma parcela da liderança administrativa e intelectual continue afirmando balizas do pentecostalismo clássico, o que se vê da parte de pregadores de renome é outra coisa: prega-se o triunfalismo, a teologia da prosperidade, a confissão positiva. E isso com o aval dos pastores-presidentes de convenções e de igrejas, porque os pregadores são por eles convidados. São os pregadores itinerantes muito responsáveis, sim, porque influenciam os pregadores locais e principalmente os jovens e os crentes que não estudam a Bíblia. Os crentes "de ouvido" sofrem muito, e transmitem os erros doutrinários com uma facilidade absurda. Assim, o que se entende como pentecostalismo é o que os pregadores e igrejas locais mostram ao público: uma fé que não é confiança na Palavra de Deus, mas disposição mental positiva; milagres como regra de quem vive "no sobrenatural"; batalha espiritual e demonologia sem base bíblica; uso de símbolos em desacordo com as Escrituras; enaltecimento do ser humano e apego ao dinheiro; interpretação de versículos isolados, como amuletos, sem contextualização e sem aplicação de princípios gerais.
Dessa forma, tenho receio de ser rotulado de pentecostal, porque não sei o que o meu interlocutor pensa do ser pentecostal. Há um amálgama, uma mistura confusa de gente multiforme, que se diz pentecostal, mas sem entender o que isso significa.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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