Palavra do leitor
- 17 de maio de 2007
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A supremacia – não de Born – da arte!
Estava vindo da banca de jornal, tinha acabado de adquirir o segundo exemplar da revista Caras... Claro não por causa da revista (desculpem os que gostam, mas é uma droga!), mas devido a promoção das maiores pinturas do mundo. São 25 edições, cada uma contendo três reproduções das mais importantes telas. R$6,90 por semana que estou tendo de suar pra conseguir e comprar. Vale a pena cada centavo. Parabenizo a iniciativa cultural da HSBC juntamente com a Caras.
Continuando... Tinha chegado na academia em que malho e logo uma pessoa perguntou o que era aquilo. Comecei explicando, tentando deixar tudo bem lisinho na cabeça da pessoa que me perguntou, mas mal consegui iniciar a segunda frase. Quando fui interrompido pela pessoa dizendo bem algo: "Num sei como algo pode valer tanto. É tudo a mesma coisa."
O idiota aqui (eu) ainda tentou continuar explicando, mas não consegui nem mais uma frase inteira e a pessoa começou a rir apontando para o quadro escarnecendo...
Nesse dia fiquei olhando para aquela situação. E ela ficou olhando bem pra mim, com olhos arregalados, boca triste, cores frias... Como as que Picasso usou no seu período de tristeza e sofrimento pela perda da pessoa que ela amava, se não me falhe a memória um amigo.
Desde então aquele ocorrido volta à minha mente. Diz à psicanálise que uma coisa volta em sonhos quando algo precisa ser resolvido na vida real... O sonho seria algo um espelho das funduras do ser que sofre, mas a pessoa não o percebe. Sonho: um alarme como alarde tocando, tocando...
Mas e quando as coisas voltam durante o dia, quando você está acordado? Ela tem voltado, e por isso resolvi escrever neste dia nove de maio sobre isto. A supremacia – não de Born – da arte!
Sinto falta das cores, das telas, das intervenções artísticas em nossa realidade. Sinto falta das cores, dos pincéis, cheiro de tinta óleo, tinta para tecidos, guache, Nanquim... Ah as cores... Em nossa realidade tão real, tão pregada ao chão, aos cifrões em forma não de grana diretamente, mas em forma de reformas... Construções...
Sinto falta de palavras poéticas que evoquem e provoquem em nós cores, imagens lúdicas, mais alegres, mais nós: brasileiros. Pardos, feitos e modelados pela mistura do diverso, do multi, do pluricultural. Amamos as várias cores porque somos iguais ao caleidoscópio. Esta é a nossa maior beleza. Não copiada. Única no mundo.
Sinto falta de canções que nos façam balançar e tremer como balançam e tremem os pincéis dos artistas plásticos, para que nós pintemos nas mentes daqueles que nos olham belo movimentos de uma plasticidade única. Nossa. Molejo...
E ainda continuo a me perguntar onde estarão os artistas da nossa realidade. Aqueles que Rookmaaker disse que "... não podemos continuar sem eles" Porque eles nos fazem ter uma vida mais bela, viva num sentido espiritual...
A arte está esquecida. O Melhor do melhor, como ouvi ontem o Rui Feliciano falando em sua ministração enquanto dedilhava as cordas do violão juntamente com Naldão (baixo) e Elias (bateria), está muito longe de ser real. Talvez real em alguns pouquíssimos pontos da igreja brasileira.
"Tangei com júbilo e arte" Salmo 33.3. Proclamou o "the best" em sua época: Rei Davi.
Confronto a realidade com estas breves palavras de quem acredita na supremacia – não de Born – da arte! Na esperança de que nossa realidade seja mais poética, colorida e viva com a presença presente e não ausente – como tem sido – de nossos Supremos Artistas!
Rasq... rasq... rec...rec... O som vem dali... Existe uma grande movimentação de pessoas. Estão sorrindo.
- Hei dá licença. Obrigado.
Nossa quanta gente. O que será que esta acontecendo?
E ao me aproximar percebo o que não poderia não deixar de perceber. Os Supremos Artistas estão pintando dentro da nossa realidade. Dentro de nossa(s) igreja(s).
Continuando... Tinha chegado na academia em que malho e logo uma pessoa perguntou o que era aquilo. Comecei explicando, tentando deixar tudo bem lisinho na cabeça da pessoa que me perguntou, mas mal consegui iniciar a segunda frase. Quando fui interrompido pela pessoa dizendo bem algo: "Num sei como algo pode valer tanto. É tudo a mesma coisa."
O idiota aqui (eu) ainda tentou continuar explicando, mas não consegui nem mais uma frase inteira e a pessoa começou a rir apontando para o quadro escarnecendo...
Nesse dia fiquei olhando para aquela situação. E ela ficou olhando bem pra mim, com olhos arregalados, boca triste, cores frias... Como as que Picasso usou no seu período de tristeza e sofrimento pela perda da pessoa que ela amava, se não me falhe a memória um amigo.
Desde então aquele ocorrido volta à minha mente. Diz à psicanálise que uma coisa volta em sonhos quando algo precisa ser resolvido na vida real... O sonho seria algo um espelho das funduras do ser que sofre, mas a pessoa não o percebe. Sonho: um alarme como alarde tocando, tocando...
Mas e quando as coisas voltam durante o dia, quando você está acordado? Ela tem voltado, e por isso resolvi escrever neste dia nove de maio sobre isto. A supremacia – não de Born – da arte!
Sinto falta das cores, das telas, das intervenções artísticas em nossa realidade. Sinto falta das cores, dos pincéis, cheiro de tinta óleo, tinta para tecidos, guache, Nanquim... Ah as cores... Em nossa realidade tão real, tão pregada ao chão, aos cifrões em forma não de grana diretamente, mas em forma de reformas... Construções...
Sinto falta de palavras poéticas que evoquem e provoquem em nós cores, imagens lúdicas, mais alegres, mais nós: brasileiros. Pardos, feitos e modelados pela mistura do diverso, do multi, do pluricultural. Amamos as várias cores porque somos iguais ao caleidoscópio. Esta é a nossa maior beleza. Não copiada. Única no mundo.
Sinto falta de canções que nos façam balançar e tremer como balançam e tremem os pincéis dos artistas plásticos, para que nós pintemos nas mentes daqueles que nos olham belo movimentos de uma plasticidade única. Nossa. Molejo...
E ainda continuo a me perguntar onde estarão os artistas da nossa realidade. Aqueles que Rookmaaker disse que "... não podemos continuar sem eles" Porque eles nos fazem ter uma vida mais bela, viva num sentido espiritual...
A arte está esquecida. O Melhor do melhor, como ouvi ontem o Rui Feliciano falando em sua ministração enquanto dedilhava as cordas do violão juntamente com Naldão (baixo) e Elias (bateria), está muito longe de ser real. Talvez real em alguns pouquíssimos pontos da igreja brasileira.
"Tangei com júbilo e arte" Salmo 33.3. Proclamou o "the best" em sua época: Rei Davi.
Confronto a realidade com estas breves palavras de quem acredita na supremacia – não de Born – da arte! Na esperança de que nossa realidade seja mais poética, colorida e viva com a presença presente e não ausente – como tem sido – de nossos Supremos Artistas!
Rasq... rasq... rec...rec... O som vem dali... Existe uma grande movimentação de pessoas. Estão sorrindo.
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