Você tem servido como referência para as outras pessoas?

Ainda hoje, muitos cristãos entendem que os jovens são a igreja de amanhã, mesmo sendo eles a igreja de hoje. Essa projeção acontece porque se espera dessa geração um envolvimento maior com o evangelho de Cristo, a exemplo dos jovens que compunham as gerações passadas, que fizeram a diferença e se tornaram mola propulsora para o crescimento do Reino.

A Bíblia está cheia de jovens que marcaram sua história e que são provas de que Deus faz deles seus instrumentos para transformar o mundo. Certa vez, Paulo disse para um jovem chamado Timóteo: ”Sê um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza”. Os fiéis a que Paulo se refere para que Timóteo fosse um exemplo são os anciãos da igreja primitiva, homens como Crescente, Tito, Marcos e Lucas.

O caminho sugerido por Paulo é incomum até mesmo nos dias de hoje. O normal são os mais velhos servirem de exemplo para os mais novos, mas nesta recomendação Paulo inverte o comum e exige do jovem Timóteo o que não se exige dos jovens de hoje: para que sejam referência para as referências. Paulo queria que a vida de Timóteo fosse um exemplo, uma pregação proclamada ainda que calada. Ele quer que Timóteo seja uma pregação viva, uma admoestação aos olhos e não somente aos ouvidos, e faz isso por um único motivo: sabe que existe um potencial enorme para o reino de Deus na vida de um jovem.

A história prova que os jovens têm a força. Lutero tinha apenas 31 anos de idade quando as “95 teses” foram afixadas na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Calvino tinha apenas 27 anos de idade quando revolucionou a França ao ponto de ter que fugir para Genebra para não ser preso. Moody tinha somente 25 anos quando, em Chicago, sua escola dominical tinha mais de 1000 crianças, fato que chamou a atenção nos EUA ao ponto de o presidente americano Abraham Lincoln visitar a escola. Billy Graham, com 30 anos, já havia pregado para mais de 210 milhões de pessoas em 185 países. Martin Luther King Jr. tinha 26 anos de idade quando liderou um movimento contra a desigualdade racial, foi preso e teve sua casa atacada. Tornou-se também a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz.

Deus conta com os jovens, mostra que os jovens podem ser usados. Resta agora que eles se entreguem sem reserva para verem o que Deus pode fazer por meio deles.

“Preparem-se, meus jovens, para se tornarem cada vez mais fracos; preparem-se para mergulhar a níveis cada vez mais baixos de auto-estima; preparem-se para a autoaniquilação – e orem para que Deus apresse este processo.”
C. H. Spurgeon

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Alan Corrêa é líder jovens na Igreja Batista Nacional, em São Bernardo (SP) e aluno do 3° ano de teologia pela faculdade FABC.

  1. Temos enfrentado uma crise muito grave da ausencia de jovens santos conforme a Bíblia nos ensina. Por exemplo em nossa cultura, assimilamos esta tal de “adolescência” onde infelizmente retardamos nossos jovens de assumirem uma postura de homens no seu dia-a-dia, prendendo-os ao descompromisso: “ainda são novos, são adolescentes”…isso é uma pequena parte do todo. Com diria Tozer: “Este mundo, lugar de lazer ou campo de batalha?”… enquanto nós, como igreja, e os jovens das mesmas igrejas não nos posicionarmos como verdadeiros soldados em meio a uma batalha (vencer a carne diariamente, o mundo e o diabo e saquear as vidas do inferno), agiremos com este descaso e passividade com nossa vida de discípulos de Cristo.

  2. É sempre muito bom ler textos assim que nos levam a refletir sobre o que de fato temos feito da nossa vida secular e esspiritual se temos agradado mais a Deus ou a nós mesmos ou se na verdade não temos feito nehum dos dois!?

  3. Excente o seu artigo, Alan. Mas permita-me ser um pouquinho pessimista: Trabalho com jovens há alguns anos e tenho percebido que, quanto mais o tempo passa, mais os jovens perdem o interesse na leitura. Uma pena que muitos jovens não tenham paciência para ler um parágrafo sequer!

  4. Penso eu, que podemos ter jovens comprometidos com o Reino de Deus, se tivermos pais envolvidos com este grande projeto.
    Temos ouvido que temos que ensinar o caminho, quando na verdade é no caminho. (Pv. 22:6)
    O pais precisam andar no caminho (Jesus), para ensinar os filhos nesta caminhada santa.
    Os pais não oram mais com os filhos, ou pelos filhos. A não ser quando os mesmos já estão encrencados e longe da igreja, somente neste caso começam as famosas campanhas de oração para o retorno dos filhos, quando os mesmo não deveriam estar do lado de fora.
    Que os jovens de hoje que são pais ou serão, possam ensinar os seus amados filhos no caminho conforme Dt. 6:4-9.

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