O mês de setembro é marcado por campanhas relacionadas à saúde mental. Em 2025 não deveria mais ser necessário pontuar o quão relevante e necessária é essa pauta, inclusive, e ouso dizer – principalmente, no meio cristão.

Romanos 12:15 diz: “Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram”. Já ouvi algumas vezes que é muito mais fácil chorar com os que chora do que se alegrar com os que se alegram, mas entendo que as duas posturas apresentam suas dificuldades, e é por isso que temos esse chamado de Paulo nas Escrituras.

O que devemos de fato nos perguntar é: qual o motivo do nosso choro?

Inúmeras dores e sofrimentos nos atravessam neste mundo caído, marcado pelo pecado. Alguns choram por saudades de um familiar que já foi promovido aos Céus, outros choram porque se encontram desesperados com questões financeiras, há o choro de lamento pelas desilusões e mudanças bruscas da vida, entre tantas outras.

Mas aqui, não quero focar em quem chora por um motivo, quero me deter sobre a última vez que choramos com um irmão ou irmã. E não aquelas lágrimas por se tratar de uma história triste, mas porque a dor do outro é tão real que ela nos deixa sem palavras e a única coisa possível a ser feita é chorar.

Saiba, essas lágrimas podem ser poderosas, não porque solucionarão a situação, mas porque a outra pessoa poderá se sentir vista, validada e acolhida em suas dores.

“Carreguem o fardo uns dos outros” (Gálatas 6:2), “Chorem com os que choram” (Romanos 12:15) – esses são os comandos bíblicos. Estejamos presentes em mensagens, cafés, oração, e principalmente em lágrimas. Jesus chorou (João 11:35). Imitemos seu exemplo.

Nesse setembro amarelo, proponho um convite ao choro, com gotas que reguem corações fracos com esperança de que um dia Ele enxugará toda lágrima (Apocalipse 21:4).

• Talita Raíssa, filha amada de Deus, filha do Rev. Luiz Fernando Dos Santos (in memoriam) e Regina. Advogada e pesquisadora. Compartilha reflexões sobre a caminhada com Cristo no perfil @aqmve (Aquele que me vê) no Instagram.

Imagem: Pixabay

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