Somos todos olímpicos?
Por Cássia de Oliveira
De quatro em quatro anos, quando chega a época das Olimpíadas, conhecemos os atletas de tantas modalidades (que não dá nem para contar!) vindos de vários países para competir. Na TV e na internet eles parecem heróis, preparados para defender sua nação na batalha pelo ouro. São tantos músculos, tanta agilidade, equilíbrio, força, velocidade, fôlego, que cada competição se torna um perfeito espetáculo em que a plateia e os espectadores vão ao delírio. É tudo tão impressionante, tão sobre-humano, que arrebata nossas emoções.
Mas, o que ninguém para para pensar é nos quatro anos anteriores de treinamento duro, sacrifícios e renúncias que o atleta de alto rendimento teve que fazer para chegar em uma Olimpíada. Quando entrevistei uma patinadora artística profissional, fiquei impressionada que por trás de toda aquela expressão, beleza, todo aquele equilíbrio e elasticidade em cima de quatro rodinhas, existem 5 horas diárias de treino, investimento financeiro, sacrifício da vida social e dieta rígidas, e de vez em quando, uma lesão no joelho. A patinadora que, apesar dos diversos títulos que já conquistou, não recebe nenhum tipo de patrocínio, me disse: “A minha vida é a patinação”.
Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios no capítulo 9, compara o cristão com um atleta e lembra aos irmãos de Corinto que, na nossa corrida cristã, o prêmio de quem cruza a linha final não é uma coroa de louro, mas a coroa da vida, que nos foi conquistada pela morte de Jesus Cristo no Calvário. Uma coroa que não é corruptível como aquelas que os atletas conquistam com muito sacrifício aqui na Terra. A coroa que Deus prepara para seus filhos é uma coroa incorruptível, uma coroa de glória, a vida eterna.
O que Paulo estava querendo dizer é que todo atleta que está treinando aguenta exercícios duros porque quer receber um prêmio, uma medalha, que não dura para sempre, assim como sua glória entre os homens e seu vigor físico.
Como nós, crentes alcançados pela grande graça de um Deus misericordioso, podemos deixar de lutar por uma coroa que já foi conquistada para nós? “Eu trato meu corpo duramente e o abrigo a ser completamente controlado para que, depois de ter chamado outros para entrarem na luta, eu mesmo não venha a ser eliminado dela.” (v.27).
Paulo, que viu as Olimpíadas nasceram na Grécia, concluiu que valia a pena negar sua vontade, negar o pecado e o mundo, e viver uma vida consagrada a Deus, mesmo que isso fosse tão difícil e sacrificado como a vida de um grande atleta. Porque, ao final de tudo isso, ele poderia dizer: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça, me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem sua vinda”. Será que somos todos olímpicos na corrida cristã?
- Cássia de Oliveira, Jornalista pela UFRGS e repórter da AD Guaíba. Atua na área de comunicação cristã e como colunista. Noticiando boas novas.
Marcos Antonio
Quero viver rumo ao alvo; para o que diante de mim está…,
Parece uma guerra interminável, e é mesmo uma luta constante…
Temos que buscar a santidade comunicada a nós pelo Espírito Santo mas também temos que lutar para sermos santos…
Essa luta tanto tem a participação de DEUS quanto de nós mesmos…
Artigo interessante… PARABÉNS Cássia!!!