Por Amanda Almeida

Quanto mais conheço gente, e as diferentes histórias que as pessoas carregam consigo, mais vejo o quão diversas nossas vivências familiares podem ser. Família é tudo igual, mas ao mesmo tempo tão diferente.

Sei de histórias de amor incondicional entre mães e filhos. Geralmente é sobre elas que falamos nas datas comemorativas. Dos sacrifícios, da doação, do cuidado.

Mas sei também de histórias de quem foi abandonado pela mãe e criado só pelo pai. Sei de gente que, mesmo morando a vida inteira com a mãe, não sente que possa confiar nela. Sei de gente que ficou profundamente machucado porque a mãe passava a mão na cabeça de um filho em detrimento dos outros.

E sei que você também conhece várias outras histórias maternas que não entrariam num comercial de dia das mães. Talvez seja até protagonista de uma delas.

Pensar nas mães da Bíblia é pensar em Maria, que esteve disposta a enfrentar os julgamentos que receberia por engravidar de Jesus antes de se casar, e pensar em tantas outras mulheres que clamavam por um filho, em gestações tão desejadas, como os casos de Ana, Lia, Sara, Isabel.

Mas é também pensar que existem os casos de mães como Jezabel, que tinha o coração perverso (I Re 21.7:25), e como Atalia, que usurpou o trono do rei de Judá (II Re 11:11). Não é à toa que em Salmo 27:10 está escrito que “mesmo que meu pai e minha mãe me abandonem, o Senhor me acolherá”. Histórias assim acontecem. E Deus sabe, Deus vê. Deus acolhe seus filhos.

Dia desses ouvi uma moça falando sobre como, quando queremos algo, dói ver quem já tem aquilo não dando o devido valor. Acho que isso se aplica bastante às relações familiares. Se você tem um bom relacionamento com sua mãe, valorize-a. Demonstre esse amor, agradeça, celebre, e, se possível, ofereça mais lugares à mesa pra quem precisar.

E se você, por qualquer motivo que seja, não tem uma boa relação com sua mãe, descanse nessa verdade:  Deus acolhe seus filhos. Você pode não ser capaz de mudar as ações e motivações de sua mãe, mas é capaz de mudar as suas próprias. O sacrifício de Cristo nos livra do pecado, e assim somos verdadeiramente livres para perdoar. Deus nos ordena a honrar nossos pais, e em muitos casos, essa honra passa pelo perdão.

Mesmo nas relações saudáveis, nenhuma família vive um comercial de margarina os todos dias. Todos os filhos e todos os pais terão inúmeros motivos pra se chatear uns com os outros. Que a partir de vidas redimidas por Cristo, cada uma dessas relações seja marcada pelo perdão.

  • Amanda Almeida, 26 anos. É formada em Comunicação Social e mestre em Estudos de Linguagens.

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