Por Lucas Peterson Magalhães

Viver em sociedade implica relacionar-se com outras pessoas com opiniões, posturas, “filosofias de vida”, times de futebol, religiões, dietas alimentares, opções sexuais, condições financeiras, séries preferidas na Netflix, orientações políticas e cortes de cabelos diferentes.

Ao contrário do que se diz hoje, a exposição ao diferente agrega e qualifica a sua visão de mundo. Desconfio demais de quem prega a tolerância, mas não se dispõe a ouvir o diferente, aquele que de fato traz incômodo.

Não existe unfollow na vida real! Deixar de ser amigo de alguém “na vida verdadeira” demanda muito mais do que um clique. Às vezes dói. Às vezes leva anos. É um processo muito mais longo e difícil. Antes de tudo, perder um amigo é perder uma parte de si.

Por tudo isso, escolho em insistir nos meus amigos – mesmos esses virtuais.

Procuro aprender a ser tolerante com as opiniões diferentes da minha, até aquelas, a meu ver, indefensáveis. Ao me deparar com essas últimas, deixo as pedras de lado e lembro-me do amigo.

Vacilo de amigo não se trata com pedrada, mas com cuidado. Com afeto, um café e um par de horas de conversa pra ajustar as ideias.

  • Lucas Peterson Magalhães, 26 anos. Formado em Direito, participa da Comunidade Evangélica em São Bernardo do Campo (SP).

 

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