Planeta Terra, vida sem vida. Temor, terror. Descaso. Religar, religião. Sensação, emoção.

A vida, esfera, gira. Afetada pela intervenção, manipulação, exploração. Leva condenados à destruição de si. Em si mesmo o ser humano, desumano, buscando interesses próprios.

Desmatando, devastando, sujando, minando sem pudor o clamor inocente da nascente que aborta a vida que brota. O amanhecer da esperança do resgate, da redenção, regeneração.

Regenera, reinventa, recria. Será o fim do recomeço consciente, coerente, do ser sensível? Remanescente escutador do clamor?

Clamor que chama, conclama a relação com Deus, entre o ser e a beleza da natureza. Criação perfeita, chorosa, até quando estarei de costas, caminhando como um só. Vagando, esperando.

Esperar não podemos mais. Sensibilizados pela dor que arde junto ao outro, no desejo pulsante de inundar de graça a desgraça do descaso.

Chega! Basta! Quero viver, respirar, voltar a exalar o perfume das flores fora das redomas.

Mergulhar na imensidão das águas que desaguam e banham, renovando o ciclo da natureza, amiga e parceira.

Parceria inocente, sem pretensão de ganho. Se ganhamos, ganhamos todos. Ganhamos uma sobrevida, um fôlego novo.

Se te chamo, se escutas, desperta. Alerta, denuncia e pratica as lições deixadas.

Pegadas marcadas não na areia, mas na consciência.

Se agora conscientes, reaberto está o espaço da reflexão, da construção, da mobilização.

Mobilização sugere ação, uma nova largada vislumbrando agora chegar.

Chegar sim, e chega de “nãos”. Vamos dizer um sonoro “sim” à vida.

Vida viva, pintada e desejada pelo autor, arquiteto, construtor, paisagista, designer de vidas.

Como diz o poeta, navegar é preciso. No entanto, reciclar aqui não se torna refrão, mas mandamento. Na rima, no tom na canção.

  • Jeverton “Magrão” Ledo é missionário e trabalha com juventude. Ele e a esposa estão na Bélgica, onde vão morar por um tempo.

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