Conflitos, aprendizados, perdas e ganhos: família
Por Jeverton “Magrão” Ledo
Por onde devo começar? Família é tudo igual ou será que nossas histórias familiares se confundem e se cruzam pelo simples fato de todas as relações pessoais estarem em descompasso com a essência do projeto?
Projeto família pode ser um bom ponto de partida. Afinal, todos somos envolvidos nesse núcleo composto por um elenco com seus mais diferentes papéis. Os papéis aqui são bem definidos, e devem executar o script com todas as nuances e detalhes para que o enredo tenha um “le grand finale“!
Infelizmente, nem tudo que por vezes começa bem terá o final esperado, e sim, isso causa frustração e desgaste ao longo do restante de uma caminhada.
O pano de fundo é o amor. Carregado do desejo de construir um ambiente onde todos os envolvidos cresçam e assim sigam dando continuidade a um ciclo. Esse deve perdurar, pois a família é o equilíbrio dessa pirâmide.
Me permita perguntar: qual é sua história familiar? Ok, isso é pessoal, mas cabe refletir! Penso eu que ainda há tempo para resgatar, reconciliar, e acima de tudo perdoar. Por vezes, e porque não dizer na maioria das vezes, a si mesmo.
Minha própria história me deixou aprendizados que jamais se apagarão de minha memória. Como tantos outros, sim, vivi conflitos, questionamentos. Por vezes e vezes, não entendia o posicionamento de meus pais. Sobrevivemos, superamos. E que doces lembranças dos dias que não voltam mais.
A família é um presente, mas sim, eu sei que muitas histórias estão marcadas por dor, desconfiança, traições e uma total e completa desilusão.
O recomeço e o escrever de um novo capítulo sempre será possível quando não se perde a esperança e a fé coerente. Fé essa que nos posiciona como falhos, limitados e incapazes de administrar tudo com margem de erro zero.
Mas sim, creia que a construção de uma nova família não precisa ser a reprodução daquilo que por vezes muitos de nós tenhamos outrora experimentado em algum momento dessa caminhada.
Restauração, construção, peças em um tabuleiro que devem se permitir ser mexidas pelo Criador, arquiteto e idealizador da família.
Para finalizar, com saudade das terras de Minas, onde por alguns anos vivi, digo Família: “Ô trem bão sô”.
- Jeverton “Magrão” Ledo é missionário e trabalha com juventude. Ele e a esposa estão na Bélgica, onde vão morar por um tempo.
Antonia Leonora van der Meer
Boa reflexão do Magrão. Família raramente é ideal, mas vale a pena investir, perdoar e amar e continuarão a ser bênção e apoio real para nossas vidas, quer estejam vivos, quer nas lembranças que nunca morrem. Tonica