Por Camila Nogueira

Durante a tarde dessa sexta-feira (22), segundo dia de programação do Vocare2016, em Maringá (PR), os participantes puderam escolher e participar de oficinas especiais e variadas, com temas relacionados à missão e vocação, que buscaram intrigar e impactar os jovens congressistas.

Um dos arcos das Oficinas foi chamado de “Global”, e ofereceu temas sobre missão transcultural, relatos sobre países e culturas totalmente diferentes, além de desafios e dificuldades da vida de missionários que seguem esse campo. Nesse arco, sete oficinas foram oferecidas aos participantes.

Na Oficina “África: Minha história, minha vida”, Ana Elisa Messias Nunes contou algumas de suas experiências como missionária da MIAF (Missão para o Interior da África). Ana contou sobre seu chamado missionário, sentido aos 13 anos de idade, e como soube desde o começo para onde deveria ir. “Eu sentia uma grande paixão pela África. E tinha muito amor no meu coração pelas mulheres muçulmanas e africanas”, revelou.

A jovem missionária também alertou para a necessidade de se ouvir com atenção o que Deus está falando sobre o chamado. “Muitas vezes a gente ouve só a nossa voz, para onde nós queremos ir, o que nós queremos fazer, e não ficamos atentos ao que o Senhor de fato tem para nós”, afirmou. Entre fotos e lembranças, Ana Elisa compartilhou suas experiências e também encorajou e fortaleceu os jovens presentes sobre o chamado missionário.

Na sala ao lado era possível ter uma experiência diferente. André e Mayra, da Missão Compassiva, realizaram uma pequena encenação, para que os participantes sentissem o clima do tema “Levando o refúgio sempre presente”, que envolveu experiências com refugiados de países em guerra e atingidos por catástrofes.

Ao simular uma situação de perseguição, eles mostraram aos jovens como é a sensação de estar nesses países, e de ser uma pessoa que busca refúgio. “Dá um sentimento de impotência”, relatou um dos participantes. André e Mayra dividiram experiências e contaram o quanto Deus age através de missionários que se dispõe a ajudar esses grupos, através de programas como o LAR (Levando Ajuda ao Refugiado).

Na oficina “Desromantização da vida missionária – Realidade Nua e Crua”, Tonica e Marcia Torres, da AMTB – CIM (Cuidado Integral do Missionário da Associação de Missões Transculturais Brasileiras) não perderam tempo e levaram a realidade da vida de missão aos jovens interessados. “Existem diferenças sociais, culturais, de religião, de idiomas, de alimentação e tantas outras. Além de dificuldades pelas quais você poderá passar, como a pobreza, que às vezes não está só no campo, mas na vida do missionário também”, relataram.

Marcos Amado, da Martuero, dividiu experiências e opiniões na oficina “Jihad Cristã? Nossa missão e o desafio do radicalismo islâmico” sobre a difícil evangelização nas áreas e países de religião islâmica. Os jovens participantes ouviam com atenção os relatos de Marcos e as orientações para que se consiga alcançar essas pessoas.

Marcos falou sobre umas das dificuldades de se lidar com essa cultura, que não existe por causa deles, mas por causa do “outro lado”. “A Igreja e o povo brasileiro foram aceitando e comprando essa imagem que a mídia expõe, de que os muçulmanos são todos iguais, perigosos e terroristas. As pessoas acham que todos os árabes são iguais”, afirmou.

E aí? Ficou interessado? Amanhã (23) você pode conferir mais detalhes sobre os outros temas de missão transcultural aqui no Ultimato Jovem.

 

• Camila Nogueira é estudante de Jornalismo e integra a equipe de comunicação da Ultimato no Vocare 2016.

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