Por Calebe Ribeiro

Ult_jovem_15_04_15_para_com_Calebe_RibeiroExistem pelo menos dois estilos de líderes de jovem: aquele que trabalha para a juventude e aquele que trabalha com a juventude. A princípio parece não haver muita diferença, mas uma preposição muda tudo.

O líder que trabalha “para” a juventude está sempre buscando se afirmar como líder, dando pouco espaço para os outros brilharem e constantemente com medo de perder seu cargo de liderança, sente um forte medo de se tornar desnecessário.

O líder que trabalha “com” a juventude caminha pelos bastidores abrindo espaço para que outros brilhem e desenvolvam seus talentos e dons, sem medo de se tornar um líder desnecessário, ou substituível, na realidade esse é um dos seus objetivos.

Um líder que trabalha “para” a juventude centraliza tudo em si e está constantemente preocupado com o resultado final, ou aquilo que poderá ser posto em relatório ou contabilizado em uma planilha.

Um líder que trabalha “com” a juventude compartilha as tarefas e também as congratulações, focando não apenas no resultado final, mas também no processo, visualizando os resultados que não podem ser quantificados.

Trabalhar “para” a juventude é não estar inserido no meio da galera e dá o que se quer dá, sem saber se é isso o que ela realmente precisa; preocupa-se minimamente com os detalhes e esquece o essencial.

Trabalhar “com” a juventude é estar mais do lado de dentro que de fora, buscando esclarecer o desejo da junventude para construir uma programação em conjunto, onde todos se tornam participantes e protagonistas.

Conversando com muitos outros líderes de grande experiência na área, pude perceber que um ministério de jovens eficiente tem pouco a ver com números e grandes programações, mas sim com estar junto. Não que as grandes programações ou os números sejam negativos, pelo contrário, é legal ter um ministério com programações dinâmicas e modernas, que falam a linguagem do jovem e também um grupo com bastante gente. Isso tudo é bom, mas não é o essencial. Não deve ser o foco principal nem o objetivo final.

Jovens engajados no reino e comprometido com Jesus, que busquem cada vez mais conhecê-lo e servi-lo. Esse sim deve ser o objetivo daqueles que se dedicam a estar à frente da moçada. Esse desafio se alcança em conjunto, não é uma imposição da liderança sobre o liderado. Por essa razão, penso que o caminho é muito mais pela via do “com” do que “para”. É buscar ser um líder que está trabalhando com a juventude e não apenas para a juventude.

  • Calebe Ribeiro é um dos pastores de jovens da Igreja Presbiteriana do Recreio, no Rio de Janeiro (RJ). É também missionário da Missão Jovens da Verdade.

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