Devaneios de uma mente qualquer
Mentes sempre me intrigaram. Principalmente a minha, nas noites onde, sozinho, no escuro de mim mesmo, boa música de fundo, me permito “viajar”. O que será que se passa e se passava nas milhares de mentes de ontem, de hoje e das do amanhã? O que será que Paulo, José, o carpinteiro, e o próprio Cristo pensavam em suas noites de solitude? Permitiam-se “viajar”, sonhar, ser outro alguém?
E você, concede a si mesmo licenças para determinadas “viagens” que o levem a outros lugares; lugares esses cheios de uma atmosfera capaz de transformar eu e você naquele general a frente de seu próprio exército, no conquistador de mares bravios, ou quem sabe até no príncipe libertador da mais bela das princesas?
Nessas noites, além do forte desejo de escrever, fico pensando em quantos milhares de pessoas simples, comuns, verdadeiras, sinceras, confusas, criativas estão enclausuradas em si mesmas e sozinhas. Experimentam solidão, e não solitude. Vivem cercadas de seres, alguns humanos, gente como a gente e não desfrutam, por vezes, da companhia de um só desses seres.
A solidão é um mal cercado de amargura, mágoa e desesperança. Já o exercício do silêncio da alma, da solitude que abre sua mente, seu coração e seu olhar te inunda do vigor necessário para voltar a realidade e enfrentar os desafios que querem roubar sua paz.
Quando me sinto “sozinho”, experimento o vazio e o “medo” do Cristo que suplica que o real não cumpra seu propósito. Mas como tudo nessa vida tem um porque quer entendamos ou não curta sua solitude, permita-se o esvaziamento, o encontro com você mesmo, o prazer de ser, por instantes que sejam, o herói que vence o mundo. Ao acordar você vai estar novamente vivo e certo de que nem mesmo o filho de Deus deixou de enfrentar o real, e nos marcou com a vitória final.
Uma boa viagem e um retorno melhor ainda, pois temos uma vida inteira pela frente.
• Jeverton “Magrão” Ledo é missionário e pastor de jovens.
sayonara caetano
Boa reflexão! A solitude refresca e areja o quarto mofado dentro de nós.