Estrada ou caminho?
Por Jeverton “Magrão”
O ser humano vive suas constantes indagações num mundo apressado, questionador e cheio de cobranças por resultados. Persiste o sentimento de que ainda falta alguma coisa. Continuamos correndo e seguindo pela estrada onde tudo se torna urgente. Mas onde estão nossas reais prioridades? Será que nos esquecemos do que realmente importa?
Há anos tenho buscado entender essa dinâmica e fazer o exercício de seguir pelo caminho que nos permite apreciar a paisagem, as pessoas, suas realidades, sentimentos, emoções, desejos e sonhos.
Quando era pequeno, eu viajava sentado no banco de trás do carro. Contrariando a ordem de dirigir alta velocidade, papai ia mais devagar para que eu pudesse contemplar toda beleza por trás daquela viagem.
A estrada impõe velocidade e não sobra tempo para a contemplação, a observação e o encontro. Quando não passamos em largo e decidimos realmente caminhar, somos surpreendidos pelo outro, o outro que por vezes está a espera de socorro.
Confesso que por vezes ainda me vejo pegando a estrada que me afasta, me fecha no pequeno espaço do “eu”. Me questiono se, ao escolher a estrada, eu não me distancio da minha humanidade e começo a perder a capacidade de sentir. Me volto apenas para as minhas próprias buscas e desejos numa corrida alucinante e desenfreada para preencher algo dentro de mim que jamais conseguirei. A estrada pode ser o acesso mais rápido, mas com certeza corremos o risco de ir para lugares indesejados.
É tempo de rever o caminho e escolher a direção que nos conduzirá a um lugar seguro. Esse lugar não eliminará todos os meus questionamentos, mas me permitirá ter esse encontro com o real, com o que, de fato, importa e um melhor conhecimento do “eu” que vive em constante conflito interno.
Desligue-se da correria. Viva, contemple o céu, o mar, as flores. Chega de tantas cobranças, permita-se viver dias lindos e leves.
• Jeverton “Magrão” Ledo é missionário e pastor de jovens.
Angela
Maravilhoso, esse artigo!!! Vem de encontro ao que tenho pensado ultimamente. Em tudo o que mais tem me importado, o que mais tenho valorizado, e o que na verdade DEUS quer que eu priorize. Gostei muiiiiiito!! Parabéns pelo artigo. Estamos precisado refletir sobre isso e tomarmos algumas atitudes!!!
elias feitosa
excelente amigo, louvo a Deus pela sua vida. dei uma lição sobre esse assuno domingo. q possamos passar’ mais perto’ das pessoas e situações q nos cercam, e compartilhar a cruz e graça q liberta.
Caroline Ribeiro do Valle
muito bom…adorei
Eduardo (Dudu Ébano(
Estradas existem várias, mas caminho é um só.
Josiane Daniel
Ótima reflexão! Creio que esse é um conflito que todos enfrentamos em algum momento.
Deus abençoe, Magrão!!
Gabriela
Bom dia Jeverton,
Adorei o artigo, tem muito a vê com que eu e meu esposo pensamos, e foi meio a estes questionamentos, que decidimos fazer um blog, explicando um pouco sobre estas mudanças, que nos fazem tão bem, que nos liberta para ai sim vivermos livres.
Parabens. Abs Gabriela http://www.gosteiepostei.com.br
Rodrigo Santos
Muito bom Magrão
continue assim!!
Lucas Santos
Viver e sobreviver! qual a diferença? Em que realidade conduzimos nossa vida! Essa reflexão responde categoricamente, em que o Magrão foi muito feliz em dizer sobre o tempo e como estamos gastando nosso tempo pois a vida é muito passageira e quando o trem da vida chegar na ultima estação não adianta abrir as janelas para tentar enxergar o que perdeu? muito boa mesmo!
fabricio
Magrão muito bom, vou ler de novo ouvindo esperar é caminhar. O tempo da vida não nos deixar contemplar os pequenos detalhes e esperarmos em Deus, a agilidade está nos tornando auto suficientes.
Mayra do Prado
Muito bom mesmo, Magrão! Sempre bom ter alguém com essa sensibilidade pra nos “acordar”. Eu também “Me questiono se, ao escolher a estrada, eu não me distancio da minha humanidade e começo a perder a capacidade de sentir”. Por outro lado, quantas vezes me questiono se não estou escolhendo o caminho e me comportando como se estivesse em uma estrada!
Juliana Castelo Branco Vilas Boas
“Me questiono se, ao escolher a estrada, eu não me distancio da minha humanidade e começo a perder a capacidade de sentir.” Magrão! Essa frase em especial fez bastante sentido para mim. É um questionamento que faz parte do conflito humano. Me leva a pensar na humanidade de Jeremias, em seus lamentos e sua sensibilidade diante do mundo. Em como são necessárias pessoas que assim como ele, foram bem sucedidas diante de Deus, apesar do aparente fracasso perante o mundo.