O grito dos jovens
[Ariovaldo Ramos]
“Jovens, eu vos escrevi porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno”
Paulo, um dos grandes articuladores do movimento cristão, experimentou um fenômeno social curioso. Ele e o seu companheiro de propagação, foram protagonistas de um ato extraordinário, numa das cidades da Ásia Menor, foram tidos como deuses, e os queriam homenagear, eles resistiram, deixando claro a visão que estavam a compartilhar.
Pouco tempo depois, adversários de Paulo chegaram à cidade e, contra todas as expectativas, convenceram a multidão que, a pouco, queria homenagear Paulo a matá-lo a pedradas. Isso é o que pode acontecer quando estamos a mexer com a multidão.
Jovens, vocês estão nas ruas. E estão por uma ótima causa: o bem do país. Porém, cuidado! Tudo que tem a ver com multidão pode ser subvertido. Paulo foi apedrejado e quase morre, ele viu a força da massa quando ela perde o foco e se deixa influenciar pelos que querem a destruição. Lembrem-se, destruição não é um propósito, destruição é o fim de todo o propósito.
Jovens, não percam a palavra da construção de uma nova sociedade: justa, com controle social, onde haja tolerância zero para a corrupção. Jovens, não se deixem corromper!
Por outro lado, se as autoridades não derem mostras de audição ativa, haverá o perigo do apedrejamento movido por aproveitadores, para quem todo o propósito é o fim de qualquer proposição.
Autoridades, ouçam o grito das ruas, o grito dos jovens, e listem as reivindicações, e tornem tais clamores em programa de governo.
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Ariovaldo Ramos é pastor e um dos pensadores da Teologia da Missão Integral. É também presidente da Visão Mundial Brasil e colunista da revista Ultimato.
Pedro
Ah, claro. Esqueci que a gente vive em Pasárgada…