Por Amanda Alves

ondaNo mar da vida o desejo de todo ser humano é de sempre nadar em águas tranquilas, pois águas agitadas geram instabilidade e medo do desconhecido, afinal, quem é que se sente confortável em meio a uma situação na qual não se tem o controle?

Sejamos francos, quantas vezes oramos a noite para que o Senhor nos direcione e nos ajude a encontrar uma solução, mas no dia seguinte, levantamos cheios de planos, atalhos, jeitinhos…? A verdade é que sempre encontramos uma forma de nos aventurarmos em mares distantes, às vezes por curiosidade apenas, outras por ansiedade e vontade de achar um caminho mais prático, ou ainda por teimosia, desobediência.

Deus nos proíbe de nadar em determinadas águas porque ele sabe que tal atitude implica em autodestruição. Não são poucas as vezes que julgamos ser experientes o bastante e então saímos por aí nadando nas nossas próprias escolhas. Tudo acontece de forma tão sutil que, sem perceber, negligenciamos pouco a pouco a “boia salva vidas”, a palavra de Deus. Deixamos nos levar pelas fortes correntezas dos desejos, sonhos, projetos pessoais e convicções humanas.

De repente, encontramo-nos como verdadeiros náufragos!

Cedo ou tarde as tempestades nos alcançam e a sensação é que nossa vida vira de cabeça para baixo, circunstâncias adversas se levantam contra nós e algumas certezas que possuíamos são levadas pelo vento. Nessas horas já não sabemos como resolver ou o que fazer para cessar tamanha chuva.

Quando sentimos que estamos naufragando, o pânico toma conta do nosso ser, a nossa visão torna-se embaçada, o frio insuportável penetra a nossa pele e nos tornamos incapacitados de enxergar a mão do Senhor estendida em nossa direção. É por isso que, em alguns momentos, é necessário que Deus permita que nos afoguemos para aprendermos a nos assegurar unicamente nele. Tal atitude faz parte do cuidado de um Pai para com os seus filhos.

Está cansado de nadar pelas suas próprias forças? Pare e Confie! O mar está violento? Olhe apenas para Cristo!

Ao ler Mateus 14.25-32, percebemos que Pedro conseguiu dar algumas passadas sobre as águas enquanto estava focado unicamente no Senhor Jesus, porém, quando ele olhou para as circunstâncias em sua volta, o temor dominou seu coração e então, como o texto muito bem apresenta, ele afundou. Quem nunca foi um Pedro nas tribulações da vida? Encontramo-nos tão desesperados que só sabemos gritar: Salva-me! Mas a fé verdadeira, onde está?

Fé é uma palavra de uma sílaba só, duas letras apenas, que firmadas naquele que subsisti para todo sempre reproduz consequências eternas. É esta fé que nos faz contemplar naquele imenso mar escuro e tempestuoso um farol reluzente que norteia a nosso caminho de volta, fazendo com que os perdidos sejam achados. Portanto, independente de como as nossas vidas encontram-se nesse momento é para esta luz que devemos fitar os olhos, pois é no nosso Senhor que encontramos segurança em meio às crises, fé para superarmos as barreiras do medo, esperança de que a chuva cesse, e certeza de que por traz das nuvens negras existe um sol que brilha.

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Amanda Alves tem 22 anos, mora em Campina Grande, Paraíba. É membro da Igreja Cristã Nova Vida.

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