Por Jeverton Ledo [Magrão]

Correria, conflitos, buzinas, filhos, caos, tarefas, você, trabalho, eu…

Interessante como passamos a maior parte de nosso tempo “ligados em 220 volts”. É tanto barulho que não nos encontramos mais com o silêncio da alma, habitat de nossas emoções e sentimentos. Você tem tempo com você mesmo? Tem estado com Deus?

No silêncio, seja ele contemplativo ou reflexivo, temos verdadeiros encontros com nossa essência. Jesus teve momentos a sós, momentos do mais profundo silêncio interior. O que será que se passava internamente com o filho de Deus? Essa pergunta não é pertinente em dias como os nossos? Ando acordando na madrugada e fico em silêncio como que buscando me conhecer, entender o real propósito de minha caminhada, o que tenho feito com meus dias e o que os quarenta anos de idade me ensinaram. Você já viajou assim?

E Jesus, o filho de Deus, precisava se conhecer e entender sua caminhada? Terá a “solidão” um lado bom? O exercício de ficar sozinho traz benefícios? Jesus deixa claro que sim, afinal de contas o mestre cumpriu sua missão. E nós, os ligados na tomada do imediatismo, temos decifrado o enigma da nossa existência?

Silenciar e olhar para dentro de si requer um desejo profundo de dar sentido a vida. Entender o que temos que cumprir é tarefa individual, acontece em encontros pessoais, nos momentos em que tudo parece ter sumido de nossas vistas e a vida parece não ter sentido nenhum. É nessas horas que, assim como Jesus, nos entregamos e compreendemos que a estrada continua. A vida nos chama a compartilhar e descobrir a cada instante algo novo, inspirador e que, como um belo quadro que parte de uma tela em branco nas mãos do artista, se revelará uma obra de arte.

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Jeverton “Magrão” Ledo é missionário e capelão escolar.

  1. E é este Deus maravilhoso que nos ensina a sermos RELACINAIS.
    E nos ensina que para participar desta dança gostosa é preciso EU estar pleno e em equilibrio, movimento que o Senhor Espirito Santo nos libera.
    Este silencio está lá no meu mais profundo, no meu mistério, no meu sagrado, onde somente eu e Deus temos autoridade para entrar. É preciso exercitarmos…
    Gosto de seus escritos, Magrão.

  2. Como conhecer a si mesmo com tanto barulho? Concordo com o amigo Clóvis acima, “A pressa é o que mais nos cansa.” E como temos nos cansado de barulho e de pressa, e deixado para depois nosso silêncio…

  3. Magrão!

    “Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração” Oséias 2:14.

    Ir para o deserto no primeiro momento significa dor, sofrimento, mas depois quando paramos TUDO e passamos a ouvir a voz de Deus e a dizer “Senhor, o que tens para mim?”, então começamos a refletir e a entender os Seus planos, a Sua vontade e a Sua paz inunda o nosso Ser.

    Sabemos que justo não é aquele que nunca errou, mas aquele que é justificado pelo Senhor.

    Que Deus o aguarde,

    Ótimo artigo,
    Leo.

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