Por Dani Marçal

Um público em alta no momento é a “juventude global secularizada”. Trata-se de jovens com espírito revolucionário, embora não saibam ao certo pelo quê lutar, que não acreditam em uma única verdade, pluralistas, relativistas, cansados da religião, mas sempre abertos para ouvir uma boa mensagem, principalmente que transmita amor. Segundo Israel Gomes Daniel, do projeto “A Porta”, de Curitiba: “essa geração, que podemos chamar de rede social, está aberta não só para relacionamento, mas para convivência”.

Para ganhar o direito de ser ouvido por esta geração, presente em todo o mundo, inclusive no mundo mulçumano, é necessário ter estratégia, criatividade e falar a mesma língua, sem preconceitos e julgamentos, ou seja, criar uma “embalagem” propícia para transmitir o mais importante: o Evangelho.

Segundo Patrícia Souza, São Paulo, “o que me atrai é o lance de poder levar a verdadeira mensagem para pessoas que jamais entrariam na igreja”. Para Thayane Nolasco, Tocantins, “pregar o cristianismo puro e simples sem o peso da religiosidade imposta entre as quatro paredes”, afinal, esses jovens não entram em uma igreja convencional caso a mensagem não esteja entendida e aceita.

Dentro desta visão, a Missão Steiger, sob a liderança de David Pierce, prepara e envia missionários para alcançar essa juventude. No Radical MissionSchool deste ano, coordenado por Jodi Pierce e Luke Greenwood em Krogis, na Alemanha, cerca de 42 alunos, dentre eles ucranianos, americanos, poloneses, ingleses, russos e treze brasileiros, são preparados, ensinados e, em alguns casos, convidados a fazer parte desta missão. Não se trata de entretenimento e sim de estratégia e visão dada por Deus para que o evangelho seja pregado aos jovens de todo o mundo, através de música, artes circenses, pinturas e atuações que contam a história de Cristo e da humanidade de maneira criativa, levando à reflexão e abrindo espaço para conversas francas e sinceras que muitas vezes levam ao processo da conversão.

A Steiger está presente no Brasil por meio do Projeto 242 (Sandro Baggio), Banda Alegórica (Luke Greenwood), e por muitos outros jovens brasileiros, chamados por Deus para ser luz entre sua própria geração.

Deus nos deu dons, talentos e habilidades para usarmos de maneira criativa na missão que nos chamou para participar, ou seja, podemos e devemos usar “uma embalagem” na apresentação do Evangelho, não nos esquecendo que ela não é a essência, mas a maneira de ganhar o direto de ser ouvido. Então, usemos tudo o que Deus nos deu em sua missão, afinal, somos “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, povo adquirido para anunciar as grandezas daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pe 2.9).

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Daniela Marçal é de Campo Limpo (SP) e estuda no CEM, Viçosa (MG)

  1. Gostei muito do artigo e me alegro com essa galera criativa que busca e alcança jovens de várias culturas, mas que tem também preocupações e tendências em comum. Que bom saber que podemos envolver a mensagem preciosa do amor de Jesus em embalagens diferentes…
    Tonica

  2. Dani, gostei muito e é a pura realidade o seu artigo. Penso que não só os jovens, mas uma grande maioria que estão “nas trevas” querem e precisam de pessoas que “andem” com elas, que sejam sinceras e realmente amigas e não uma amizade fingida pra tentar levá-los pra dentro de uma igreja, como se as “paredes” da igreja é que teriam a obrigação de discipular e amar essas almas. Parabéns!
    Eliana

  3. Irmã linda, feliz pela sua publicação! Vai totalmente de encontro com o lema da MPC (Mocidade Para Cristo): “Ao compasso dos tempos, mas ancorada na Rocha”!
    Vou usar seu texto para o Treinamento Estudantes em Ação que vamos promover esse sábado agora aqui no Rio, dando os devidos créditos… Posso?! 🙂
    Beijo!

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