Posts tagged Apologética

O Secularismo e a Introversão da Mente Moderna

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“Lá dentro está o nosso futuro! Lá dentro… está o nosso destino!”
Kevin Flynn (Tron: the Legacy, 2011)1
“A mente dele se move num círculo perfeito, porém reduzido. Um círculo pequeno é exatamente tão infinito quanto um círculo grande; mas embora seja exatamente tão infinito, não é tão grande.”
G. K. Chesterton (Ortodoxia)


Essa era a fé e a loucura de Kevin Flynn, dono da megacorporação tecnológica ENCOM, quando ele criavaClu, uma espécie de clone digital de si mesmo encarregado de criar o sistema perfeito no interior da Grade, um universo paralelo gerado digitalmente. Flynn acreditava ser possível levar a perfeição desse universo para o mundo externo, devido às infinitas possibilidades que ele oferecia: “uma fronteira digital para remodelar a condição humana”. Mas enquanto eles trabalhavam um milagre aconteceu: seres vivos digitais (ISO’s) emergiram dentro desse universo, alterando completamente os planos de Flynn. Agora ele desejava proteger os ISO’s com a ajuda de Clu e de Tron, o protetor dos “usuários”, uma versão digital do amigo e colega de Flynn, Alan Bradley que foi transportada do antigo sistema (do primeiro filme, Tron, de ) para o novo sistema.

LEIA A CONTINUAÇÃO DO ARTIGO NA REVISTA “TEOLOGIA BRASILEIRA”

 

Tempo e Felicidade: contra o presentismo ateu de André Comte-Sponville

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O artigo abaixo é o texto da palestra apresentada na Fnac-BH na noite de 22 de Janeiro deste ano; prometi à audiência e aos amigos de L’Abri que disponibilizaria o texto inteiro; daí o formato “paper”; mas, enfim, sendo caridoso comigo mesmo, meu blog sempre teve um formato muito pessoal. Bom proveito!

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Segundo o filósofo francês Gilles Lipovetsky, “a felicidade é o valor central, o grande ideal celebrado sem tréguas pela civilização consumista” [1]. É certo que se trata de um grande tema contemporâneo: temos filmes, livros de autoajuda, programas de TV, teorias administrativas, projetos partidários e até políticas publicas destinadas a aumentar a felicidade geral. Há toda uma esfera da sociedade contemporânea, descrita pela socióloga Eva Illouz como o “campo afetivo”, interessada na criação e manutenção do bem estar; e dentro dela temos até mesmo uma “ciência da felicidade”, promovida pelo movimento da “psicologia positiva”. (mais…)

Cristianismo e Secularismo: o que fazer quando o diálogo “acaba”?

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O que fazemos quando o diálogo com o secularismo aparentemente acaba (ou, ao menos, se esgota temporariamente)?

Certamente há limites para o diálogo. Andei pensando nisso diante dos debates atuais sobre o “estado laico”. Há muito fundamentalismo religioso para o qual “pluralismo” é um palavrão. Mas de modo geral o campo religioso brasileiro me parece extremamente plural e tolerante com a divergência. A sensação que muitos cristãos tem e expressam em conversas privadas (ou as não tão privadas assim na internet) é a de que a militância secularista é o fenômeno religioso mais agressivo dos últimos tempos (veja um exemplo interessante AQUI). O clima mudou, definitivamente.

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Bíblia, Ciência e Contradições Aparentes (Vern Poythress)

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Caros leitores,

segue um trecho muito claro e útil de Vern Poythress, matemático, teólogo e professor do Westminster nos EUA.

 

“Assim, quando encontramos discrepâncias entre a Bíblia e a ciência, precisamos descobrir aonde perdemos o fio da meada. Alguém, em algum lugar, interpretou mal as coisas – seja interpretando mal a Escritura, seja interpretando mal o mundo dos estudos científicos, seja interpretando mal os dois! A tarefa de lidar com discrepâncias pode não ser fácil, porque não sabemos antecipadamente onde os enganos entraram. (mais…)

Chesterton e a Epistemologia da Ortodoxia

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Se você discutir com um louco, é extremamente provável que leve a pior; pois sob muitos aspectos a mente dele se move muito mais rápido por não se atrapalhar com coisas que costumam acompanhar o bom juízo. Ele não é embaraçado pelo senso de humor ou pela caridade, ou pelas tolas certezas da experiência. Ele é muito mais lógico por perder certos afetos da sanidade. De fato, a explicação comum para a insanidade nesse respeito é enganadora. O louco não é um homem que perdeu a razão. O louco é um homem que perdeu tudo exceto a razão. (mais…)

Todo mundo é crente. Até quem não é…

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“Creio em Deus Pai, todo-poderoso, Criador do céu e da terra.

Creio em Jesus Cristo, seu único Filho nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, donde há de vir julgar os vivos e mortos.

Creio no Espírito Santo, na santa Igreja católica (ou universal), na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, e na vida eterna.”

 

O “Credo” Apostólico, que remonta aos primeiros séculos do cristianismo, começa (obviamente) com o verbo “crer”, como observa quase toda introdução que se escreve a ele. É claro que o Credo é antes de tudo uma confissão a respeito da fé, mas nada podemos falar do ato da Confissão sem antes considerar a natureza da crença.

Sob certo ângulo, é verdade que ocupar-se demasiado do “crer” enquanto verbo, ação e posicionamento do homem pode nos tirar completamente do foco, uma vez que o Credo jamais foi a celebração ou anúncio de uma condição subjetiva do indivíduo; pelo contrário, ele está completamente absorvido pelo objeto da crença, exatamente como o estado de crer é um estado voltado para fora, extático, intencional, tanto que enquanto falamos do interior da crença, não temos consciência de sua força ou estrutura, e sim de seu interesse.

E talvez pudéssemos nos mover diretamente para isso que é o nosso interesse comum, não fosse “a crença” em geral e “a crença religiosa”, em particular, uma questão tão controversa no mundo de hoje. E na verdade a natureza do ato de fé é realmente algo confuso na cabeça dos próprios cristãos. De modo que não há como seguir sem tocar no assunto. (mais…)

Francis Schaeffer para o Século 21

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Na semana passada um dos mais importantes personagens evangélicos do século XX fez o seu aniversário de cem anos: Francis August Schaeffer. Nascido em 30 de Janeiro de 1912 em Germantown, Pennsylvania, num lar completamente secularizado, Schaeffer viria a exemplificar uma espécie nova e, para muitos, incompreensível de vivência da fé evangélica, tornando-se o “apóstolo dos intelectuais”, como foi descrito pela revista Times em 11 de Janeiro de 1960, e para muitos um profeta para o cristianismo do século 21. (mais…)

Por que usar a ciência para testar Deus?

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No dia 9 de abril Ian Sample, correspondente de ciência do “The Guardian”, publicou um comentário juntamente com o áudio da entrevista concedida a ele por John Polkinghorne, físico-matemático e sacerdote anglicano, autor de diversos livros de referência sobre o diálogo entre ciência e religião. A entrevista fora motivada pelo lançamento recente do livro “Questions of Truth: God, Science and Belief”,de Polkinghorne, no qual vários aspectos do debate sobre ciência e religião são tratados em forma de pergunta e resposta. (mais…)

Religião: se discute ou não?

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“Pode enriquecer-se através de um ofício que não lhe agrada, pode ser curado de uma doença por remédio nos quais não confia; mas não pode ser salvo mediante religião na qual não confia, ou por um culto que não lhe agrada […] Seja qual for a religião discutida, é certo, porém, que nenhuma religião pode ser útil e verdadeira se não se acredita nela como verdadeira.” (John Locke, em “Carta Acerca da Tolerância”)

É um lugar-comum ouvir pessoas afirmando que religião, como futebol, não é bom assunto para discussão. Mas há quem escape de cair vez por outra nesse “pecado”? (mais…)

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