O Atomismo Social segundo Charles Taylor, e a Espiritualidade Cristã
3Do Contra
Não é de hoje que procuro meios eficientes e interessantes de criticar a experiência moderna de autonomia humana. Não que eu rejeite completamente a noção de autonomia ou, falando de forma bem mais abrangente, a idéia de liberdade humana; mas já chega de modernidade, né? Essa coisa não deu certo mesmo (e nem era para dar certo). Seu ideal antropológico – do homem absolutamente autônomo, feliz da vida criando mundos demiurgicamente, “livre” dos constrangimentos da autoridade, da tradição, e da religião não passa de um mito naturalizado, que já está comendo o próprio rabo faz tempo. (mais…)
Pequena Homilia Antilibertária
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Soberania: inicialmente, como o expôs Kuyper, um conceito simples e intuitivo. Soberania é o direito de impor a própria vontade. O direito de exercitar a liberdade, nesse sentido; mas de causar, no exercício da liberdade, uma limitação da liberdade. E a partir de seu direito ao poder, a liberdade de exercitá-lo para bloquear toda resistência a si. Nesse sentido, sim, Deus é a fonte de todo o poder. O Deus Trino é o Soberano absoluto, detentor do direito e das energias necessárias para fazer cumprir a sua vontade.
Como poderia ser diferente? Há quem pense hoje que tal noção de Soberania divina seria um reflexo de patriarcalismo, ou uma fonte de intolerância e violência, ou o fruto de uma sensibilidade religiosa doentia, fundada no medo ou no sentimento de culpa. (mais…)
III Congresso de Teologia e Igreja no Mackenzie!
0Caros leitores de Sampa,
em Maio vou apresentar duas palestras no III Congresso de Religião, Teologia e Igreja do Mackenzie. A plenária será sobre “Teologia Natural e a Tarefa do Artista Cristão Contemporâneo”, tratando da possibilidade de uma resistência à secularização por meio da arte; e a oficina foi intitulada “Fé Cristã na Era do Narcisismo”. Segue o convite!
Clique AQUI para saber mais…
Fora da Páscoa não há Esperança
0Segundo o filósofo ateu André Comte-Sponville, a esperança é “a maior tortura que existe”, e a felicidade real deve ser “desesperada” e sem sonhos. Mas a esperança só é tortura para quem não compreende que Jesus ressuscitou, e que isso definiu o destino do mundo. Esperança é tortura para quem não tem nem quer ter esperança. (mais…)
Páscoa: Porque Lembrar é Ser
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Porque é importante celebrar a páscoa?
O ser humano é aquele que se lembra. É porque temos memória que temos identidade. O animal pode ser algo diferente a cada momento em que acorda de novo sem nem mesmo saber a razão da mudança, pois ele não carrega o seu passado consigo. Ele não pensa sobre o seu passado, sobre o que foi, e a relação disso com o que ele é, e com o que ele será amanhã. Mas o ser humano não é assim. (mais…)
Pensar na morte aumenta fé de ateus, diz estudo – Ciência – Notícia – VEJA.com
0Pensar na morte aumenta fé de ateus, diz estudo – Ciência – Notícia – VEJA.com.
Interessante exemplo de como a crença/descrença não é absoluta mas admite gradação. É claro que do ponto de vista lógico uma crença é aceita como verdadeira ou não; mas a crença é sustentada por uma pessoa, e a condição geral dessa pessoa – biopsíquica, moral, social, etc – interfere na relação que ela tem com essa crença.
Enfim, dúvidas não são privilégio de “religiosos”…
Retiro L’Abri em Maio: Esgotamento Espiritual
0Medo de ver Deus
2Passeando entre as interpretações do filme “A Árvore da Vida” de Malick topei com essa (no “Uol Entretenimento”):
Como assistir “A Árvore da Vida” de Terrence Malick
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Guilherme de Carvalho – L’Abri Brasil[1]
“Árvore da Vida” (The Tree of Life, 2011) não é uma unanimidade. Em Cannes foi criticado por metade da plateia e aplaudido pela outra metade. Levou a Palme D’Or em Cannes (2011) e não levou nada no Oscar (2012), a despeito das indicações. Foi assistido quatro, cinco, seis vezes pelos fãs, e abandonado na metade ou antes por quase a metade do publico (ao menos na sala de cinema aonde eu estava). Pelo que ouvi, quase sempre no mesmo ponto (a parte do “dinossauro”).
Pessoalmente, considero este filme como uma das grandes obras-primas da história do cinema, e como uma das maiores peças de arte religiosa desde que a sétima arte foi inventada. E muita gente diria amém, seja pela sua qualidade técnica e artística, seja por sua profundidade espiritual.
Que tipo de filme poderia levar cristãos e não cristãos a “cuspir” sobre ele e ao mesmo tempo em que um ateu professo como o apresentador da Globo Zeca Camargo chega a reconhecer publicamente que seu ateísmo foi abalado pela película? (Veja o seu artigo, “O Cômico e o Cósmico”).
PORQUE MUITA GENTE NÃO ENTENDEU MALICK
Com a licença dos leitores, vou agora ferir nervos sensíveis: exceto, talvez, por uma estreita faixa da assistência que não gostou do filme por razões genuinamente técnicas ou ideológicas, suspeito que a maior parte dos cristãos e não cristãos que viram e não gostaram (mais…)
Bíblia, Ciência e Contradições Aparentes (Vern Poythress)
0Caros leitores,
segue um trecho muito claro e útil de Vern Poythress, matemático, teólogo e professor do Westminster nos EUA.
“Assim, quando encontramos discrepâncias entre a Bíblia e a ciência, precisamos descobrir aonde perdemos o fio da meada. Alguém, em algum lugar, interpretou mal as coisas – seja interpretando mal a Escritura, seja interpretando mal o mundo dos estudos científicos, seja interpretando mal os dois! A tarefa de lidar com discrepâncias pode não ser fácil, porque não sabemos antecipadamente onde os enganos entraram. (mais…)