O Triplo Conhecimento

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“Qual é o seu único consolo, na vida e na morte?”

O meu único consolo é meu fiel Salvador Jesus Cristo […].

“O que você deve saber para viver e morrer neste consolo?”

Primeiro: como são grandes os meus pecados e a minha miséria

Segundo: como sou salvo de meus pecados e de minha miséria

Terceiro: como devo ser grato a Deus por tal salvação.

Muitos “Saberes”

A segunda pergunta do catecismo de Heidelberg é uma pergunta sobre o que se deve saber.

Há no mundo da experiência humana uma variedade de tipos de conhecimento, e não devemos confundi-los. É um erro fundamentalista recorrente a sugestão de que o conhecimento religioso é o único conhecimento certo, desqualificando outras formas de saber, como o senso comum e a ciência. E é um erro grave, também, tentar formatar todos os saberes em termos cientificistas, como muitos já tentaram no século passado e continuam tentando hoje.

Em termos mais simples: eu erro se tento colocar o conhecimento da minha esposa na mesma categoria do conhecimento de objetos físicos ou do conhecimento do teorema de Pitágoras. Considere, por exemplo, um buraco na areia. Se eu lhe disser que há uma antiga e rara moeda de ouro lá dentro (e houver!) você enfiará a mão com entusiasmo. Mas não terá tanto entusiasmo se descobrir que lá há uma cobra muito rara; ou ao menos, não enfiará a mão ali. Porque a natureza do objeto altera o modo de aproximação. (mais…)

O Chão que me Sustenta

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“- Qual é o seu único conforto, na vida e na morte?”

“- O meu único conforto é meu fiel Salvador Jesus Cristo.”

Com estas palavras abre-se o catecismo de Heidelberg, que em janeiro completou 450 anos e é reconhecidamente um dos mais importantes símbolos confessionais do protestantismo. Não apenas seu caráter Cristocêntrico, como também seu profundo sentido espiritual revelam-se ao longo de todo o primeiro artigo:

“- A Ele pertenço, em corpo e alma, na vida e na morte, e não pertenço a mim mesmo. Com seu precioso sangue Ele pagou por todos os meus pecados e me libertou de todo o domínio do diabo. Agora Ele me protege de tal maneira que, sem a vontade do meu Pai do céu, não perderei nem um fio de cabelo. Além disto, tudo coopera para o meu bem. Por isso, pelo Espírito Santo, Ele também me garante a vida eterna e me torna disposto a viver para Ele, daqui em diante, de todo o coração.”

Captura a minha atenção, nesse primeiro artigo do catecismo, a conexão imediata entre a doutrina e a existência. O texto não fala de algo abstrato, puramente teológico, mas de algo dramático, duma questão de vida e morte. O que pode ser tão amplo que abarque a vida e também a morte? E não apenas amplo mas também urgente, já que a vida está o tempo inteiro à beira da morte? (mais…)

Louvai a Fonte da Fé e do Saber – Thomas Troeger

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Louvai a fonte da fé e do saber
que à mente faiscando atiçou,
de paixão pelo compreender,
como este mundo Ela desenhou.
O senso de maravilha fluindo
das maravilhas que investigamos,
nossa fé sempre progredindo
aumentando o desejo enquanto oramos:

Deus sábio, nós reconhecemos
que a nossa ciência e a nossa arte
e enquanto homens, tudo o que sabemos
da verdade toda é pequena parte.
Jaz muito além da especulação
insondável a nós, o profundo;
Ali guardas o plano da criação,
e o pulso de vida do mundo.

Como no rio uma e outra corrente,
as duas submersas se dão em combate
té convergirem na mesma torrente,
na calma coerência dum curso constante,
ajunta ó Deus, nossa fé e saber!
que possam se unir numa só torrente,
e enquanto se casam a ti devolver
louvores e graças pois és a Nascente.

 

“Louvai a fonte da fé e do Saber”, por Thomas Troeger. Tradução minha para o livro Test of Faith (Ultimato, forthcoming 2013)

“Ode à Glória de Deus”

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O firmamento nos altos, pródigo,

e inteiro o intangível céu índigo,

onde nuvens se espargem: moldura brilhante,

do seu grande Original anunciante;

O sol infatigável, dia após dia,

do Autor excelso os poderes irradia,

e publica a cada povo e nação,

a obra da onipotente mão.

Se noturnas sombras vêm caindo,

surge logo a lua com seu conto estupendo,

noite após noite à terra que a escuta,

do seu nascimento a história reconta;

Enquanto estrelas tantas orlam o seu clarão,

até os planetas todos no mesmo rodeio vão,

com as alvíssaras no passeio confirmando,

de um polo ao outro a verdade alastrando.

Que importa se redor do globo escuro,

movam-se todos em silêncio tão austero?

Que importa se som ou voz realmente

nenhuma se ouve em toda orbe resplandecente?

Pois todos celebram, aos ouvidos da razão,

por vozes alegres em gloriosa expressão,

Com suma radiância em canto imortal:

“A mão que nos fez é a mão divinal!”

 

Tradução minha do poema de Joseph Addison, ‘Ode à Glória de Deus’, primeiramente publicado em The Spectator, no. 465, 1712. Inspirado no Salmo 19.

O poema acima aparecerá no livro “O Teste da Fé: Jornadas Espirituais com Cientistas”, lançamento da Ultimato para 2013!

 

Conferência sobre Rookmaaker em Novembro!

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“Crazy for God”: Francis Schaeffer segundo Franky Schaeffer

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Por Rodolfo Amorim e Guilherme de Carvalho

O livro Crazy for God, de Frank Schaeffer (2007, Carrol & Graf), causou sensação entre admiradores e críticos do apologista Francis Schaeffer, fundador de L’Abri e pai do autor; mas acima de tudo, entre as pessoas preocupadas com a relação entre política e religião na América do Norte. Produziu também certa curiosidade no Brasil, mas ficou sem tradução (talvez porque a discussão não fizesse muito sentido nessas terras).

Muito embora o frisson já tenha passado, ainda consideramos relevante comentar a obra, mormente porque diz respeito, indiretamente, ao nosso trabalho em L’Abri. (mais…)

Extra Nos (“fora de nós”)

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Em “Surpreendido pela Alegria”, C.S. Lewis apresenta sua longa jornada em direção à fé no que poderíamos descrever como um trabalho divino de extração – “Fui, como dizem, ‘arrancado de dentro de mim mesmo'”, segundo as suas palavras. As experiências com a “alegria”, que tiravam o seu sossego e o forçavam a olhar para além de si mesmo, seriam nada menos que o insistente chamado divino. Lewis precisou até mesmo de uma conversão intelectual para finalmente olhar para fora de sua alma (mais…)

Sociedade Diversificada | Política Reformada

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por Lucas G. Freire

Estado por cima, famílias de um lado, corporações de outro e, dependendo do caso, uma igreja aqui e ali. A sociedade brasileira está monocromática demais. Digo “está”, porque essa não é, nem vai ser, a sua condição permanente.

Mas essa é a situação agora. Uma sociedade muito uniforme, muito agrupada em “grandes blocos”. Uma política muito voltada para servir ao interesse desses blocos, e um padrão de interação social muito pouco criativo. Eu tenho família, trabalho, vou à igreja e confio no governo para o resto.

O resto? O resto é muita coisa!

Continue a leitura no link abaixo…

Sociedade Diversificada | Política Reformada.

Teaser do novo álbum do Palavrantiga: “Sobre o Mesmo Chão”!

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A Teologia Natural e a tarefa do artista cristão contemporâneo

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Palestra apresentada no III Congresso de Religião, Teologia e Igreja do Mackenzie, em Maio de 2012

Teologia Natural e o Artista Contemporâneo

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